sábado, 5 de abril de 2014

Portugal, daqui para a frente? Safa-se? Ou a caminho do fundo?
Andam para aí uns pândegos, melhor, continuam a andar, uns já muito de ontem, muitos outros mais recentes mas tão ordinariamente iguais, que se esquecem que "competência sem autoridade é tão ineficaz como autoridade sem competência". E que "a grandeza de uma função está, antes de tudo, em unir as pessoas". Tal como se vê cá pelo burgo!!
Andam sempre a arrotar com "estratégia", para renegociar a dívida, para reestruturar a dita, ou para negar tudo isto, ou para salvar o estado social, enquanto outros dizem que exactamente pela boa estratégia prosseguida ele está óptimo. Etc!
Estratégia? Têm é arrogância, autismo, prosápia, incompetência, irresponsabilidade, compadrio mafioso e de lojeca, ausência completa de vergonha. Deixo por agora de parte a corrupção (material, imaterial, jurídica, moral).
Esquecem, não, não sabem, que em estratégia não há certezas absolutas.
Desconhecem as origens da estratégia. Desconhecem o que é coordenar, e dirigir todos os recursos da Nação. Minimizar riscos.
Não têm arte nem competência para desenvolver e usar os poderes, político económico e psicológico, que não seja para fins obscuros. Saliente-se que, muitos dos quais, nem têm sido assim tão ás escuras, são mesmo à descarada, perante a passiva bovinidade geral.
Sabem lá o que são factores do poder nacional, o que é o interesse nacional, os interesses nacionais, os objectivos nacionais, os ingredientes da estratégia e os seus elementos. Estratégia global e estratégias gerais.
Não sabem, não estudam. Nem o que formalmente é da respectiva competência.
Não sabem que a estratégia pode ser entendida como arte ou ciência, actividade, mas talvez mais, um método articulado de pensamento e de planeamento a longo prazo!
Como isto anda, está-se mesmo a ver o método!!! Embora prossigam com cada método!!
Estratégia, para a cambada que nos esmaga há décadas, cada um do seu jeito colorido, entendem-na como actividade para o frenesim mediático, para o fracturante. Basta atentar nas gritarias na AR, nos berros dos cartazes aldrabões. Não sabem quase mais nada.
Não sabem explicar as coisas ás pessoas, ao cidadão comum. Distantes das realidades. TODOS.
Não conseguem, não sabem, explicar como estão as nossas vidas em termos de, riscos, de ameaças (não se trata de guerra bélica/ militar), de coacção, de vontade nacional, de consequências para cada possível cenário ou situação concreta.
Não sabem explicar, com meridiana clareza, a "canalização" dos empréstimos externos, e o que isso nos esmaga como sociedade. Não sabem, não estudam, um desastre enfim!
Até quando isto vai durar? Até quando esta assustadora bovinidade portuguesa vai durar?
Até quando se suportará, a arrogância, a pesporrência, a ignorância, a alarvidade dos que se queixam que felizmente não vivem só da reforma (mais de 9000,00), a chico-esperteza aparelhística, as negociatas com os amigalhaços, as nomeações sempre dentro do sistema, as inanidades de tantos falsos cultos e de tantos extremistas que tratam é de assegurar as pensões milionárias, e arranjar tachos na Europa que, com tanta mágoa uns anos depois, têm de abandonar?
Não é com invasões de ministérios, com vidros partidos, com subidas de escadarias, com insultos, com gritos, com manifestações ordeiras ou não. Não.
Faltem todos os portugueses, para começar, à votação ás eleições europeias. Arranje-se pelo menos uma abstenção para aí de 95%.
Mas claro que nenhum partido, mas nenhum, defende isto, querem todos o tachinho em SBento. Os que estão na AR e todos os outros grupelhos que para aí andam. Grupelhos que, se pudessem, queriam ser eles a ir comer as famosas sandes de SBento por meia dúzia de cêntimos.
Haja esperança.
Continuo seguro, seguro não, bolas, CONVICTO, que só com a brutal violência que recomendo acima, depois também nas legislativas, se poderia abanar o "estado a que isto chegou".
Continuo convicto de que:

".....quem faz injúria vil e sem-razão,
com forças e poder em que está posto, 
não vence; que a vitória verdadeira 
é saber ter justiça, nua e inteira."

(Luís de Camões, Canto X, LVIII, Lusíadas).

AC

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