sexta-feira, 30 de junho de 2017

FRASES,...................curiosas
Hoje em dia, eu se formasse governo, ia por um método contrário: passava a desconfiar de toda a gente. Hoje em dia já não sei em quem é que se pode confiar neste país, com base em tudo o que lemos”. (atribuída a Santana Lopes)
Eu diria até mais, se toda esta gentinha que nos desgraça desde há pelo menos 30 anos os comprasse e os tivesse em casa, e neles se mirasse diariamente, a industria vidreira estaria florescente.
Até por uma razão, muitos dos espelhos, senão mesmo a maioria, quebrava cada vez que um mariola se lhes colocasse na frente.
AC
DO  PORTUGAL QUE VAI DESAPARECENDO
Aqui deixo um exemplo, bem ilustrativo.
António Cabral (AC)
POR AÍ

AC
NÃO SERÁ UM SINTOMA DESTE PANTANAL ?
Segundo parece, uma das preocupações imediatas do governo após a tragédia iniciada em 17 de Junho foi fazer uma rápida investigação para apurar se a tragédia terá afectado a popularidade deste actual Primeiro-Ministro.
Posso estar enganado, mas nesta prioridade não está bem reflectida a pouca vergonha, o nojo deste pantanal imundo que nos desgraça há décadas?
E, pelo que parece, muitos dos funcionários nos media estão nele atolados, ou não?
AC

DEMISSÃO ?
Demissão - Acto ou efeito de demitir ou de se demitir; exoneração.
Culpa - acto repreensível ou criminoso; desleixo; delito.
Culpável - a quem se pode atribuir culpa; censurável. 
Não vale a pena listar mais palavras.
Desconhecem-nas, ou melhor, conhecem mas fingem que não. Sabem que apeados do poder as coisas são sempre mais complicadas. Logo, fincar bem os pés!!!!
Nem António Costa, nem a sua ministra Constança, e por aí fora, são culpados directos, repito directos, pela tragédia iniciada a 17 de Junho passado.
Mas tem actualmente (cerca de 18 meses) a responsabilidade pelo poder executivo, de onde, têm a responsabilidade política.
Marcelo Rebelo de Sousa entendeu, creio que em nome do Estado, ter lá ido num ápice antes de quase todos e lá voltar de novo, distribuindo afectos, tentando confortar pessoas. 
Não creio que seja errado, mas gostava de lhe ter ouvido nas TV, em directo, pelo menos e em vez da famosa frase fez-se tudo
= como Presidente da República, em nome do Estado, lamento profundamente o que aconteceu, o que está a acontecer, e em nome do Estado presto aqui a minha homenagem ás vítimas desta tragédia, e esta homenagem tem o sentido do pesar e de que o Estado assumirá as suas responsabilidades perante as pessoas = 
António Costa, governantes e outros, chegaram depois.
Sobretudo António Costa, político hábil, já devia ter dito, publicamente ou ao menos ontem na AR, palavras simples como por exemplo estas: 
= Ainda que não tendo culpa ou responsabilidade directa na tragédia que se desenrolou há poucos dias, em meu nome e do Governo lamento profundamente o que aconteceu, e nesta expressão de pesar ás famílias das vítimas desta tragédia está intrínseca a assunção das responsabilidades do Estado perante os cidadãos =.
Até hoje, que eu tenha reparado, nada parecido com isto ocorreu.
O que me parece, sintomático da saúde democrática no presente, eloquente demonstração da tal ética republicana permanentemente arrotada.
Demitir-se alguém? 
Por razões de ética e políticas, muito provavelmente devia ter acontecido. 
Irá ser alguém demitido dentro dos próximos 60 dias? Provavelmente............ sim, mas um pequenininho.
Porquê?
Constança, creio que está há anos com Costa, conhece a "coisa" por dentro, os processos, os concursos, as nomeações, o SIRESP, as articulações, os esquemas, as promoções. 
Terá de certeza muita informação!!!!! Estará bem respaldada. Para o fundo nunca irá sozinha.
O actual responsável máximo da ANPC creio que também gravita há muito à volta de Costa. Quem o colocou na ANPC ? Costa, Constança, quem? 
Depois, na estrutura da ANPC, a maioria das chefias mais importantes ainda pouco aqueceram o lugar, diz-se por aí que alguns foram nomeados em Abril passado.
O cenário patético, senão repugnante, a que se está a assistir de acusações/ negações/ contraditórios/ silêncios/ entre diferentes departamentos do MAI parece-me bem evidente daquilo que, no plano formal, se pode designar por desagregação ou sintomatologia da falência do Estado ou de pelo menos de alguns organismos.
Mas, creio bem, que é mais do que isso, e não começou com este governo. A podridão, o pantanal vem de há décadas, nas nomeações, no amiguismo,  na aparente corrupção, na promiscuidade absoluta em quase tudo.
Por exemplo, uns dizem, o SIRESP está sempre a falhar.
Então, vamos lá a saber, quando informaram disso, formalmente, preto no branco, o MAI e o PM? 
Quando o fizeram a PSP, a GNR, a ANPC, os bombeiros, mencionando formalmente os casos, como o estádio, o centro comercial, o incêndio, etc?
E isto para não falar por agora na compatibilidade (???) dos sistemas de comunicações, internas, entre PSP, GNR, SEF, Polícia Marítima, etc. Catastrófico, "I presume". 
A coisa não tem gravidade especial, evidentemente, só morreram 64 pessoas, e leio que há apenas 250 pessoas feridas e, aborrecidamente, algumas com gravidade.
Aguardemos.
AC

PS: posso estar enganado, mas ver e ouvir o que se passou na AR, por um lado parece-me que confirma muitas das minhas suposições e apreensões; por outro lado, obrigou-me a ir várias vezes à casa de banho..................vomitar.
PS 1: cereja em cima deste bolo podre, desaparecem pistolas na PSP há tempos e silêncio absoluto sobre o estado desse assunto; questões com explosivos idem; agora roubaram, ao que parece, umas granadazitas e umas balazitas, mas podemos estar descansados: o ministro já disse que é uma coisa grave e, por outro lado, a polícia judiciária militar já está a investigar o aparecimento de um buraco na rede!!

quarta-feira, 28 de junho de 2017

O SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE (SNS)
Como sempre, em Portugal, uns quantos dizem maravilhas sobre ele, muitos outros afirmam horrores e, sobretudo o criador e os seus apóstolos, apesar de ateus e/ ou agnósticos, louvam os Céus pelo bem fazer do SNS.
Respeito todas as opiniões, respeitem por favor a minha.
Sem nomes de pessoas e de instituições de saúde volto a falar do SNS. Porquê? A propósito dos meus, de amigos e de um caso em desenvolvimento na Alemanha com uma concidadã que bem conheço.
SNS, estou convicto, foi uma belíssima e feliz criação pois o nosso País também nessa área estava uma desgraça.
O SNS não é de certeza o melhor do mundo e certamente que poderá ombrear com muitos dos seus congéneres lá fora. 
Mas está com muitos problemas. 
O actual ministro talvez pudesse concentrar-se ainda mais nos problemas da sua área, em vez de ir fazer trabalhinho político a Sintra para ouvir o anúncio de um novo hospital que, ouvi Basílio dizer na TSF, não é um hospital.
As minhas experiências?
O meu falecido pai, quase a fazer seis anos que nos deixou, foi sempre muito bem atendido. Concretamente, e neste blogue e em outro o escrevi no passado, foi sempre carinhosamente tratado pelo pessoal das ambulâncias do INEM, as quais nunca demoraram mais de 15 minutos a chegar lá a casa depois das chamadas de emergência. Transportaram-no para Lisboa por diversas vezes para as suas grandes aflições oncológicas, onde foi sempre pronta e atenciosamente tratado. Relativamente aos problemas de visão da minha idosa mãe tenho queixas várias quanto a uma instituição de saúde mas, por outro lado, muitos elogios quanto a outra instituição.
Mas o meu pai tinha uma caricata pensão (estava dispensado de pagar taxas) e a minha viúva mãe ficou com metade daquela fortuna, um bocado inferior aos tais 440,00 € que vejo nos jornais como sendo o sustento de Vale e Azevedo.
Porque, e aqui o meu principal ponto, uma pessoa que não tenha uma pensão tão miserável mas ainda assim baixinha, está desgraçado.
Por exemplo, é capaz de andar desde o início deste ano para ser encaminhado para um urgente tratamento de radioterapia num hospital do SNS.
E quanto ao estrangeiro, onde como cá há bom e muito mau, conheço muito bem quem na Alemanha está a viver um drama crescente, em função do seu terrível problema oncológico. 
As descrições que nos chegam dão bem conta daquele SNS Alemão.
A saúde é o único euromilhões.
Mas quando ela começa a falhar, a falta de euros lixa tudo. 
E eu não tenho, para na privada poder ajudar um dos meus melhores amigos.
O SNS custa dinheiro, e precisava de custar mais. 
Basta conhecer como se desenrolam certos casos na privada e comparar.
Agora, o SNS acorre a muitos (os meus pais são um exemplo) mas quem está quase a meio, quem é da classe média/ baixa, está bem tramado.
Como ele disse ontem, "morro na mesma".
AC
POIS TÁ CLARO.............
Oh querido, não te aflijas, o teu nariz comparado com os que por aí se encontram é uma formosura!

 Além disso não acredites nisto que se costuma dizer sobre a mentira.  É só para implicarem contigo.
Sabes, nesta época remota não eram precisos, SIRESP, Canadaires, carros de bombeiros, telemóveis, ANPC, etc.

O quê? Ah,....isso também é verdade, os vários amigos dos poderosos políticos, de todas as cores,  ainda não tinham nascido.
Sim eu sei, no teu tempo já havia muitos que começavam a vidinha a ser padrinhos deste e daquele, .....sim....eu sei,.....padrinhos de casamento.
Ah,....pois,..........tens razão, nessa tua altura também lixavam um qualquer pequenino.
Quê?........sim,......agora andam a ver se arranjam um pequenote, talvez da ANPC para lixar e ver se o Marcelo fica satisfeito.
É, tens razão, continua tudo mais ou menos como na tua época.
A única diferença é que, no teu tempo, atiravam o conteúdo dos penicos pelas janelas, agora abrem a boca.
AC


A PROPÓSITO DE CASTELOS

AC

terça-feira, 27 de junho de 2017

POLÍTICOS e PROSTITUTAS
Contava-se um bom bocado antes do 25 de Abril de 1974 uma anedota brejeira acerca do alentejano humilde que, um dia, lá conseguiu arranjar uns patacos para vir à capital e onde tencionava passar por umas tascas e visitar uma casa de "meninas",  de que lhe tinham falado. Se planeado estava, assim foi fazendo.
Mas, homem azarado, quando à noite na tal casa já estava, de ceroulas, entrou uma rusga da polícia e toca de perguntar a cada "menina"o que eram e estavam ali a fazer.
Uma a uma, as desditosas coitadas foram debitando o rosário habitual, costureira, criada, lavadeira, secretária, modista, mulher a dias, etc.
E estando já quase todas interrogadas, o pobre do alentejano em ceroulas e aflito com a cena, murmurou - querem ver que aqui a puta ainda sou eu!!

Lembrei-me disto perante o nojo crescente do que se está a passar na sequência da tragédia dos incêndios recentes. 
Está TUDO a ser apurado, mas mesmo TUDO.
De momento e para já, das conclusões que vejo por aí tiradas, não falhou o SIRESP, não falhou o governo, não falhou o intrujão-mor, não falhou a ministra Constança, não deve ter falhado a ANPC, não deve ter falhado ninguém da estrutura do MAI e, sem espanto, também não falhou a oposição com verdadeiros dislates.
Não existem portanto razões para se apresentar DESCULPA à sociedade, aos cidadãos, aos familiares que perderam entes queridos, 
FALHARAM, obviamente, os parvalhões dos bombeiros que não apagam fogos em poucos minutos, a estúpida da água que não apagou logo as chamas, as pessoas que tinham casas humildes em vez de as ter construído com todos os requintes da técnica moderna anti-sismo, anti-inundação e anti-fogo.
Que raio de gente esta, os governantes a esforçarem-se tanto, a lutar diariamente pela causa pública, pelo bem comum. 
Que vergonha de gente. 
Louvados sejam os governantes, estes e muitos dos anteriores, e muitos dos seus assessores e adjuntos, vários dos quais têm chegado, por mérito próprio, a ministro, ou CEO ou vogal em empresas e bancos. 
Mais uma gloriosa fase, deste desgraçado País.
AC
PRAIAS E ANIMAIS DOMÉSTICOS
Ainda no Domingo passado, nas praias da Parede e de SPedro do Estoril verifiquei o à vontade, a displicência e sobretudo o desrespeito pelos outros e pela lei, por parte de uns quantos concidadãos com os seus cães junto à borda de água. Os sinais de proibição estão bem à vista, mas os meninos e as meninas estão-se borrifando para isso.
Autoridades à vista ZERO.  
Designadamente Polícia Marítima e GNR.
Os concessionários também nada fazem, não chamam à atenção, pois não querem que os "banhistas" deixem de ir comprar-lhes as bebidas os gelados as sandes e os bolos.
Este é o Portugal moderno!!!
Vejo periodicamente quem se insurja contra isto, eu também me insurgi já no passado, e não desisto. 
Mas aos jornais ou a blogues civilizados e assertivos como o DO ninguém liga quanto mais a anónimos e simples cidadãos como eu.
Quando uns dizem que as coisas já estiveram piores, incluindo nas cidades, eu concordo. 
Mas continua por aí muito delinquente cívico, respaldado na sua pesporrência e falta de educação cívica e falta de respeito pelo que é de todos.
Muitos donos já ajudam, mas muitos continuam os mesmos execráveis energúmenos.
AC
PAÍSES e..............países........
Uma Vila Muito Especial na Holanda
Pela mão de uma amiga fiquei a saber de um exemplo curioso existente na Holanda.
A vila holandesa de Hogeweyk parece um pacato vilarejo comum. Com lojas, restaurantes, parques e até mesmo um teatro, não se suspeitaria que esta "cidadezinha" é um lar para idosos que sofrem de demência e Alzheimer. Os 152 residentes que ali vivem desfrutam de total liberdade e privacidade, tendo assistência 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Os moradores mais jovens da cidade são enfermeiros e enfermeiras especialistas em geriatria, que trabalham para dar aos residentes uma vida mais fácil e natural. 

Usam roupas comuns para que os moradores se sintam mais confortáveis e cumprem atividades do dia-a-dia tal como numa cidade, por exemplo caixas no mercado, funcionários do correio e na mercearia. Para os moradores, eles parecem ser vizinhos gentis ou pessoal contratado pelos estabelecimentos comerciais.
A vila foi especialmente projetada para não parecer uma instituição e fazer os moradores sentirem-se mais autónomos e confortáveis. 

Existem 23 casas com estilos variados.
Não há trancas nas portas e os moradores são livres para passearem pela aldeia a pé ou de bicicleta. Uma equipa de muitos funcionários está sempre por perto para garantir que eles tenham assistência pronta e segura. 

Existem outras instalações de lazer, como um café, restaurante, teatro e bar, para fazer com que a rotina quotidiana seja bem próxima da vida real de uma comunidade.
Em cada casa, os moradores têm o seu próprio quarto e compartilham a sala de estar, a sala de jantar e a cozinha com 6 outros residentes.
Os residentes administram suas próprias moradias, com o apoio de prestadores de cuidados. Em casa, eles são responsáveis por cozinhar, lavar e limpar.
Os moradores podem fazer as suas compras no supermercado de Hogeweyk. Não há circulação de dinheiro na vila. O stress com o custo de vida é removido da vida dos moradores, pois todas as despesas são cobertas pelo seu pagamento mensal à instituição que administra o local. Que, diga-se de passagem, não deve ser pouco. E que não consegui apurar.

AC
   
TÓXICO ou MAMARRACHO?
Ricardo Dixit - "Os bancos portugueses portaram-se bem, não investiram nos "produtos tóxicos" que estão por trás da crise".
À vista, é mais que tóxico, é um mamarracho! Ou não será?
Um pequeno exemplo de como bem derreter dinheiro.
 AC
PELO CAMPO
As 3ª e 4ª fotografias são resultado de um incêndio há três anos.
AC
TIRADAS EXEMPLARES do NOSSO PRESENTE (??)
> Tudo, mas mesmo tudo apurado
> Tempo de apurar tudo sem limites nem medos
> O cabal esclarecimento sobre falhas do SIRESP
> É preciso um choque de gestão no território florestal
> Os jornalistas não são abutres
> Já assumi combates no passado
> Seria mais cómodo o sacrifício mediático
> Voltar a apresentar aos portugueses uma proposta motivadora e de futuro
> Vai ser um hospital,..........que não é um hospital
> Manipulava as regras da contratação pública
> Tenho 250 milhões de dívida que não consigo resolver
> Corrupção na energia é um profundo disparate
> Processo de revitalização para selar reestruturação de dívida
> Defende-se, dizendo que a lei está a ser cumprida
> Temos de ser exigentes e esclarecer tudo
> Há situações que têm de ser apuradas até ao limite
> estrada da morte não foi cortada por falta de meios
> pessoas ter-se-ão suicidado desesperadas (???!!!)
> naturalmente tirarei as devidas ilações

O chorrilho de tiradas, e asneiras, e poeira para o ar, parece uma torneira aberta, diariamente, não tem fim.
Ao que apurei, nenhuma carinha dos autores corou, ou lhe caiu um dentinho, ou cresceu o nariz.
Bom senso? Contenção? Humildade? Confirmação de eventuais factos? Desvio de atenções?
Meus prezados leitores e amigos, deixo para vós as conclusões.
A par da minha perplexidade pela tragédia recente e outras inacreditáveis notícias e eventos e factos, ainda não parei de ir à casa de banho vomitar.
Estamos SELADOS e bem SELADOS!
António Cabral (AC)

segunda-feira, 26 de junho de 2017

ABOLIÇÃO da PENA de MORTE em PORTUGAL
Passam 150 anos.
O rei D. Luís assinou o decreto de 26 de Junho de 1867 aprovando  uma reforma penal e de prisões, e abolindo a pena de morte. 
Por exemplo, na "História de Portugal em Datas", da Temas e Debates Lda, e autores, coordenada por António Simões Rodrigues, está expresso que a abolição  da pena de morte foi para os crimes civis.
1867 é o ano em que  foi publicado a mais relevante reforma jurídica do século XIX português, o Código Civil do Visconde de Seabra. Entrou também em vigor o Código administrativo. 
As rodas de enjeitados foram substituídas por hospícios destinados a admitir também crianças abandonadas.
AC
OH  PATEGO,.......OLHÓ  BALÃO
Esta frase popularucha tem cada vez mais aplicação no momento da vida nacional.
Não me refiro aos balões de S.João ou outros de feiras que os petizes tanto apreciam.
Lembrei-me dela ao passar em revista estes últimos dias e a barragem tonitruante montada pelos actuais inquilinos de Belém, de S.Bento e vários outros habilidosos da nossa praça e, consciente ou inconscientemente, também por muitos jornalistas. 
Basta ir rever entrevistas declarações e artigos e imagens, para ficar com a sensação que estão muitos com as perninhas a tremer.
Tentam afanosamente desde o final do Sábado trágico montar uma teia de distração onde, lamentavelmente, muitos cairão. 
Ficam muitos consternados como que a olhar para o ar a observar bonitos balões e tentam que nos esqueçamos do pantanal nauseabundo onde, "só por acaso, não é" ficaram até agora pelo menos 64  dos nossos mais desamparados e desprotegidos concidadãos. 
Dizem para aí haver 12 desaparecidos; oxalá não seja verdade.
PAZ é aquilo que todos procuram alcançar na vida.
Que paz podem ter as famílias destroçadas?
Que lhes vão fazer os titulares dos órgãos de soberania, Presidência da República, Governo, Assembleia da República? E os autarcas?
Aprendi, há décadas, que quando se vai para qualquer lado, na guerra, ou na paz, levando outros consigo, no regresso contam-se os que foram connosco. Se não regressam todos, há que prestar contas, dar satisfações, falar clarinho, há uma inultrapassável questão de responsabilidade.
Que paz podemos ter com esta gentinha toda, esta gentinha quase toda de há cerca de trinta anos para cá?
Cá estarei, se Deus quiser, para ir observando como esta gentinha se vai remexendo nas cadeiras, enxotando as moscas e varejeiras.
AC

sábado, 24 de junho de 2017

A POUCA VERGONHA na CMLISBOA CONTINUA
Aparentemente, pelo que se lê, os complementos de reforma dos trabalhadores da Carris, um extra sobre a pensão, vão passar a ser assumidos pela Caixa Geral de Aposentações.
Sendo assim, será mais um óptimo negócio para o gerente (pois herdou-a, não a ganhou) da CML. 
Com o beneplácito do camarada socialista no governo. 
PAGA CONTRIBUINTE GALEGO.
AC
AGRICULTURA, FNA 2017
A FNA, feira nacional de agricultura realizada recentemente, pelo que se pode ver consultando os media, no meu caso foi no ECO online, constata-se que o ministro CAPOULAS esteve em Santarém 5 vezes. A feira durou 9 dias.
Aqui está um exemplo claro comprovativo em como o homem defende e apoia denodadamente a agricultura nacional.
Temos homem, a lutar pelo interesse nacional. Ele e não só.
AC






UM EXEMPLO,  ENTRE DEZENAS DE MILHARES
A propósito das tragédias iniciadas à oito dias, vieram-me à memória coisas várias, e a minha indignação a crescer. 
Lembro a A23 cortada nos incêndios de 2003 e os desvios que todos tivemos então que cumprir, recordo as minhas fotografias, ás centenas e centenas, ilustrativas deste degradado e desgraçado Portugal.
Deixo aqui um exemplo, dos menos relevantes, daquilo que se passa por todo o País, não é uma aldeia pequenina, mas pode ver-se claramente que as árvores estão junto das estradas, árvores rodeiam casas. Não publico as confrangedoras.
Legislação relativa a espaços entre árvores, distâncias a casas e infra-estruturas, distâncias ás estradas,.....POIS!
Qual o presidente de Câmara que impõe, respaldado na lei, o cumprimento da dita? E os presidentes de juntas de freguesia, em que alguns nem mandar tapar um buraco na estrada da aldeia são capazes de fazer cumprir, mesmo quando informados cara a cara? Quais os agentes das forças de segurança a actuar de moto próprio ou por determinação superior? Quais foram os ministros que desencadearam a obrigatoriedade do cumprimento da legislação em vigor? Arrisco, NENHUM, por mais que uma patética criatura anos a fio nisto, venha gritar nas televisões.
Quais as câmaras que têm actualizadas as áreas do seu concelho, no que respeita a propriedade, cumprimentos da legislação diversa? Não cobram receitas de taxas e impostos?
Mas agora é que vai ser, TUDO, mas mesmo TUDO
Valentes políticos e excelsos titulares de órgãos de soberania, que fingem nunca ter sido chefes de partidos,  nunca terem feito pareceres, nunca terem sido deputados, nunca terem assessorado, nunca terem saltado das cadeiras públicas para as privadas e retornado aquelas, enfim, a pouca vergonha e lata enorme estampadas nas caras destas poucas centenas sempre conluiadas e que se governam para aí há trinta anos e nos desgraçam paulatinamente, e que deviam ter tido agora alguém daquelas zonas desgraçadas a borrar-lhes os fácies com as cinzas dos incêndios.
Portugal está muito doente, cada vez mais, mas fingem que não.
AC



FRAGMENTOS DO QUOTIDIANO
AC

sexta-feira, 23 de junho de 2017

OS POLÍTICOS (CÁ E LÁ FORA) E OS JORNALISTAS
Como em tudo na vida existem excepções.
Cingindo-me à prata da casa portuguesa, cada vez mais estou convicto que uma grande parte dos jornalistas não tem preparação, não faz por isso (talvez também em muitos casos não tenha oportunidade ou possibilidade), e a realidade a que se assiste é  um sem número de coisas despropositadas, histéricas, desajustadas, desequilibradas.
Tenho escassa experiência de contactos com os media, mas quanto à que tive estou crente que nunca me saí mal pois, caso contrário, bem teria sido zurzido pela hierarquia da instituição que representava.
Lembro-me até de um período em que senti claramente quão sedentos de fazer sangue estavam umas certas criaturas. Adiante.
O que aqui me importa é os jornalistas e, da minha experiência, quando para uma entrevista o entrevistado está bem preparado e não se excita com entrevistas nem microfones ou câmaras de TV, conhece bem as suas responsabilidades, e faz diariamente o seu trabalho, mas conhece igualmente muito bem as responsabilidades dos outros, por exemplo, as de um governo regional, claro que o entrevistador fica boquiaberto com certas respostas frontais e fundamentadas e, mais claro ainda, à noite no noticiário, os temas quentes que não eram da responsabilidade do entrevistado nem da instituição que representava, obviamente não foram passados. Sintomático.
Aprendi muito nessa altura. Nada me espanta no presente.
AC
POR  AÍ
Apesar de magníficos candeeiros por toda a cidade, ruas e avenidas muito bem iluminadas, a "luz" misturada com juízo não entra nas cabacinhas de certa gentinha. Entretêm-se a partilhar bicicletas; isto deve vir na senda dos "outdoors" da  cidade partilhada.
AC

quinta-feira, 22 de junho de 2017

POR AÍ

AC

Sempre me dei bem com este princípio

= Se tentaste fazer algum coisa e falhaste, estás bem melhor se tentaste nada fazer e conseguiste =

Olho para a vida nacional, .......particularmente desde 1991, ............percebe-se bem porque estamos na situação presente........ou não??..........
António Cabral (AC)
FONTES DE CIÊNCIA EXACTA
Um cidadão bem formado e bem informado deve respeitar as instituições do seu País. Dever cívico.
Órgãos de soberania, Forças Armadas, e por aí fora.
Por formação familiar e depois profissional sempre procurei e procuro cumprir esse dever cívico. 
Mas há limites e, avaliando as acções de outrem, creio que me assiste não só o direito à indignação como o da manifestação do meu assertivo desagrado de cidadão.
Um dos problemas do meu desgraçado País é que aumenta em exponencial o número de casos em que titulares das instituições não se dão ao respeito e se esquecem da instituição que representam num dado momento da vida nacional.
E, depois, dão azo a críticas, justas. Algumas vezes até, parece já  descortinar-se aqui e ali o querer o regresso do respeitinho bafiento, à antiga.
Mas os tiros nos pés prosseguem.
Casos recentes?
O actual Presidente da República, em que a palavra TUDO tem no seu discurso  um peso relevante. Ora foi feito TUDO ora é para fazer agora TUDO, mas TUDO.
Assembleia da República, com as habituais reviravoltas e voltas nos seus trabalhos e nos seus atrasos e desleixos de décadas, quando se lhe exige pela nossa CRP ser um órgão actuante e fiscalizador e não caixa de ressonância seja de que partido for.
Polícia Judiciária, relevante e determinante instituição na sociedade que, em menos de 24 horas, encontrou uma árvore rachada demonstrativa do raio ignidor das tragédias desencadeadas no Sábado passado. 
Tenho estado tentado a pedir à PJ uma fotografia dessa árvore para emoldurar.

Tudo visto e ponderado, não será que tenho algum direito de duvidar e desconfiar desta gente toda?
Parece-me que eles todos se lembram do caso de Vale e Azevedo que, mal saiu do Benfica, começou a ser preso. Portanto, ninguém corre o risco de se demitir. SAFA, já dizia Cavaco Silva.
O PR não quer demissões de governo muito menos do PM pois isso seria para si um trabalhoso sarilho.
E, claro, António Costa nunca se demitirá, conclua-se o que se vier a concluir. Está há muitos anos a "virar frangos", desde o início da teia construída para dominar a FAUL décadas atrás. 
Ele dirá, sempre, não está agarrado ao lugar, luta pela causa pública, é para bem do país, da estabilidade. Pois!
Que se demita a Constança, e mais alguém na ANPC. SAFA.
É o que temos. Entretanto ardemos, e morrem concidadãos.
AC
COISAS CURIOSAS
Fui fazer a minha caminhada pela praia, bastante cedo.
Quando regressei, informaram-me, olha o "COSTA" era para falar ás 1000 horas, já passam 40 minutos e NADA.
Bom, quando comecei a escrever este post, o balão cheio de ar, IMPANTE, como de costume, parece que tinha dado...........uma pequenina bufa! Parece, não sei que não estive atento, que a cara do PM António Costa nunca afinal apareceu nos televisores em casa dos portugueses. Dizem-me que terá sido Capoulas Santos. Repito, não sei, não tenho seguido as notícias. Mas se foi assim, confirma-se que, quando aflito, .....foge.
Há coisas curiosas neste mundo socialista.
A coisa deve estar a correr muito mal.
Entre outras porque, talvez, AGORA, FINALMENTE, MAIS A FUNDO, por exemplo, uma podridão começada no final do governo (????) Santana Lopes (não diz nada?) mas muito "tratada" por António Costa e seus amigos e dá pela sigla SIRESP, seja mais escalpelizada e venham à superfície as aparentes pouca vergonhas do contrato inerente, do sistema em si, dos milhões dados a ganhar, e quem está por trás disto tudo. Certos escritórios, amiguinhos do peito....
Porque, parecendo certo que no final do tal governo Santana é que a coisa começou, foi delineada, com aparentes ligações a BPN/ SLN, parece igualmente certo que foi no governo Sócrates que a coisa ganhou velocidade de cruzeiro, entre cancelamentos e reactivações. E o tal contracto parece ser uma delícia!
Mas, por outro lado, também se pode dar o caso de, em vários locais e a chegar ás redações, esteja muita GENTINHA numa azáfama na sombra a, desesperadamente, fazer operações de rescaldo e arrefecimento,  para não se descobrir muita porcaria.
AGUARDEMOS, designadamente para aferir mais uma vez o estado de domínio sobre os media.
AC

CRONOMETRAGEM
Será que o presidente da AR comprou um cronómetro novo para os trabalhos na AR?
É que é legítimo pensar que, 
> em alguns casos, algum trabalho tem ficado parado porque o relógio e o cronómetro estariam avariados
> com a chegada do novo equipamento a coisa demorou, segundo os "media"..................1 hora!!!!!
Creio que assim os eleitos merecem  beijinhos e abracinhos!!
AC

quarta-feira, 21 de junho de 2017

EM PORTUGAL  É CADA VEZ MAIS DRAMÁTICO
O quê?
Ouvir os insuportáveis ACPN!!
O que é um ACPN?
Eu explico, é uma Autoridade Competente de Porra Nenhuma!!
AC
COISAS  CURIOSAS
No meu poste desta passada 3ª feira - REALIDADES TRÁGICAS - na parte final  listei umas referências aos PM e ministros da Administração Interna e da Agricultura desde 1983.
Estive há pouco a reler. 
E achei estranho agora, passou-me na altura, Rui Pereira ser a cara, fotografia, SEMPRE, que se vê nos governos Sócrates como MAI.
Ora António Costa foi MAI, ele próprio, na TV, o refere.
E isso verifica-se quando se abre outra janela, na pesquisa dos governos constitucionais, na parte do 1º governo Sócrates.
Mas na primeira janela está Rui Pereira.
Engraçados estes lapsos.
AC
EM RESPEITO 
Pelos meus concidadãos. Muito particularmente pelos tragicamente  ceifados, pelos feridos, pelos mais desprotegidos em aldeias, onde alguma coisa conheço. 
E nada, mas mesmo nada, têm a ver com Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, etc.
A primeira que conheci, algures no Verão de 1955, foi Alcafache, a SE de Viseu, onde estive salvo erro cerca de 15 dias; a quinta não tinha electricidade. 
Depois, particularmente a partir de 1969, conhecendo boa parte da Madeira Porto Santo e as ilhas dos Açores, calcorreei sobretudo pelo Continente. As rodas e os sapatos andaram por exemplo (lista infindável, em mapas apontamentos e fotografias, já tenho alguma idade), Soajo, Brufe, Pitães das Júnias, Arcos (entre Montalegre e Chaves), Rio de Onor, Lamas de Mouro, Ínsua, Granjal, Ucanha, Alfaiates, Vila da Ponte, Sortelha, Eugénia, Monsanto, Medelim, Idanha-a-Velha, Paul, Candal, Gondramaz, Lavacolhos, Tinalhas, Bemposta, Proença-a-Velha, Flor da Rosa, Barranco do Velho, Cachopo, Alte, Ciborro, Amieira, Lentiscais, Foz do Cobrão, Juncal, etc, etc, etc.
Em algumas, não vi ninguém (i.e. Arcos), em outras só residentes idosos (i.e. 3 no Juncal).
Ainda hoje lá não devem ter chegado, a WEB Summit, emissões do Prós e Contras, as presidências abertas (dos anteriores PR), as múltiplas coisas do Portugal "faz de conta moderno", nem as preocupações dos CEO em mudar o nome dos respectivos bancos e...........também........etc.
Enquanto puder, saúde e financeiramente, irei calcorreando, e comparando esse Portugal real com o descrito nos discursos patéticos.
António Cabral  (AC)

terça-feira, 20 de junho de 2017

REALIDADES TRÁGICAS
Ao longo dos anos com especial ênfase de 1991 para cá, de alguns dos meus amigos e de alguns dos conhecidos mais chegados fui recebendo entusiásticos encómios pelas minhas posições assertivas, enquanto na vida activa dentro da minha profissão e, a partir de 2007 já na fase inicial de vida distendida, quer durante conversas em encontros quer quanto ao que ao longo dos anos fui escrevendo na "blogoesfera". 
Quem me conhece sabe bem, porque o escrevi reconhecendo-o e agora repito, que algumas vezes não terei sido completamente justo como me é exigível, até porque como a maioria de nós sou especialista apenas em algumas áreas específicas. 
Mas, sendo um ser imperfeito, procuro sempre encontrar contraditórios, pesquisar, etc.
E nunca avaliei e avalio pessoas pelo rosto, pelas promessas que lhes ouço, mas sempre pelas aldrabices evidenciadas, pelas acções omissões e inações.
E se as circunstâncias da vida me proporcionaram ter conhecimento seguro de comportamentos de certa gentinha que nos desgoverna há décadas tenho isso bem em conta.
Por exemplo, se um conhecido político premeditadamente se esquece de com clareza indicar como começou a carreira política muito novinho à conta dos conhecimentos do papá porque isso é  no presente um pouco incómodo ser referido, fica bem definido o retrato do sujeito.

Vem tudo isto a propósito da tragédia que se desenrola no centro do Continente.
Já salientei em post anterior que, sem margem para dúvidas, são sempre os PM os responsáveis primeiros pela política respeitante à protecção civil. Olhando por exemplo à lei de bases da protecção civil isso é claríssimo.
Aliás, quem se quiser dar ao trabalho de percorrer por exemplo o articulado dos artigos daquela lei nºs, 31º a 46º, fica com a noção exacta das responsabilidades a vários níveis, AR, governo, PM, ministros, autarquias, forças de segurança. 
Por exemplo, a Assembleia da República contribui para enquadrar a política de proteção civil e para fiscalizar a sua execução, além de que deve ser com regularidade informada pelo governo quanto à protecção civil.
Podem colocar-se dezenas de perguntas, mesmo que o rei dos afectos não queira, e por exemplo estas:
> onde estão os planos municipais de ordenamento do território?
> onde estão e como estão todos os PDM em vigor?
> Onde estão os planos municipais de emergência?
> quantos PDM não existem e há quanto tempo estão pendentes no/s governo/s ?
> onde estão os planos especiais de ordenamento do território?
> onde estão os instrumentos de gestão territorial?
> onde estão os relatórios dos exercícios nacionais de protecção civil, quer na vertente dos incêndios, que na vertente da ocorrência de sismos, quer na vertente de outras catástrofes como as cheias e as derrocadas? E qual tem sido a periodicidade desses exercícios?
Ou não têm sido executados?
> onde estão os relatórios circunstanciados relativos ao SIRESP?
> onde estão os eventuais relatórios das forças de segurança quanto à eficácia ou não do SIRESP?
> onde estão as decisões da Assembleia da República ao longo dos anos sobre todas estas matérias?

Vou ficar por aqui, pois alguém pode fazer chegar ao Presidente da República isto e o resto que tenho escrito ao longo do tempo, e ele ficar um bocadinho zangado comigo. 
Corria até o risco que ele me querer dar um abraço como fez a Constança Urbano de Sousa ou a Marta Soares. SAFA, como dizia Cavaco Silva.
Mas não, não vai haver problema, primeiro porque não lhe vão fazer chegar nada e, depois, creio bem, o actual PR também me está a parecer não apreciar muito que em privado lhe digam as verdades todas. Portanto não iria querer ouvir-me até na vertente profissional que bem conheço.
É que em privado, aos meus chefes e subordinados, sempre disse o que me parecia, e nunca o fiz em público ou fora de tempo.

O post já vai longo, mas vou deixar aos meus estimados visitantes e leitores e amigos uns detalhes mais. Todos sabemos quem foram os PM desde 1983 (indico entre parêntesis tempo aproximado de cargo total, porque alguns estiveram em governos distintos): Mário Soares (2), Cavaco Silva (10), António Guterres (7, depois fugiu), Durão Barroso (2, depois fugiu), Santana Lopes (não aqueceu cadeira), José Sócrates (6), Passos Coelho (4, depois não aqueceu cadeira), António Costa (já leva 1,5).
Mas tendo há pouco ocasionalmente ouvido um senhor chamado Capoulas Santos a debitar coisas que nem merecem comentário, deixo uma indicação quanto a MAI (administração interna)  e MA (agricultura) indicando totais aproximados de cargo, e presumo que todos saberão a proveniência partidária de cada um:
MAI - Eduardo Pereira (2), Eurico de Melo (2), Manuel Pereira (4), Dias Loureiro (4), Jorge Coelho (4), Severiano Teixeira (3), Figueiredo Lopes (2), Daniel Sanches (não aqueceu cadeira, mas saiu-se bem....), Rui Pereira (6), Anabela Rodrigues (4), Constança Urbano de Sousa (leva1,5).  
MA - Álvaro Barreto (4), Arlindo Cunha (4), Duarte Silva (4), Capoulas Santos (7, e lá leva mais 1,5), Sevinate Pinto (2), Costa Neves (não aqueceu cadeira), Jaime Silva (4), António Serrano (2), Assunção Cristas (4).  PS = 14,5,   PSD = 18
Sublinho a vermelho os casos que me parecem mais interessantes, para quem quiser pesquisar, matutar no assunto.
António Cabral



POR AÍ
E lá ao fundo, 24ºC
AC
SIRESP
Esta sigla, de um sistema que  deve ter funcionado maravilhosamente durante a tragédia que se vive no centro do País Continental, poderá ser lida assim?
SIRESP  =   Simplesmente Irresponsabilidade

António Cabral (AC)
TRAGÉDIA HUMANA
Leio no Expresso, Nicolau Santos, que a MAI se deve demitir designadamente por razões políticas.
Vários dos argumentos aduzidos pelo jornalista têm a minha concordância. É até interessante que tenha ido buscar o triste caso da Ponte de Entre-os-Rios e o então famoso (??) MAI Jorge Coelho. Lembrou aliás, de uma forma curiosamente MUITO SUAVE (certamente por acaso, ??) que esse político das ameaças trauliteiras tinha informação antes daquele desastre e que a devia ter tido em conta, imediatamente. 
Mas isso passou nos pingos da chuva, foi tratar da vidinha, e muitas pessoas recordam o que ele disse e fez, "demito-me", porque a culpa não pode ficar solteira. Adiante.
Voltando a Constança Urbano de Sousa, que não me inspira qualquer confiança, é plausível que se possam demonstrar com facilidade inépcias várias da senhora, nomeadamente quanto aquilo a que anualmente e pateticamente se designa pela época de combate aos incêndios ou lá o que é e, portanto, como bem diz Nicolau, haverá responsabilidades políticas a ponderar.
Mas, mal que pergunte, e as do PM? António Costa, responsável primeiro como estabelece a CRP (Artº 191º)? 
Não têm responsabilidades políticas?
E quero concretamente referir-me a esta coisa execrável (e muito mania portuguesa para salvar chefes) de se procurar arranjar sempre uns "fusíveis" para salvar a cara dos sucessivos PM.
E quero concretamente referir-me a todos os anteriores PM e a todos os anteriores MAI, e a todos os anteriores governantes e políticos. Por aquilo que adiante acrescento.

Perante o que ocorreu e se está a passar há suficientes responsabilidades políticas e civis que levem a demissões? 
É provável, devia vir a ser muito bem escalpelizado.
Mas também é provável que em parte a coisa se venha a esbater depois de passadas as primeiras semanas sobre esta tragédia.
Também é provável que Constança venha a colocar o lugar à disposição para salvar a imagem deste governo e sobretudo a de António Costa. Sim, porque a este PM bem como a todos os anteriores, cabe-lhe/cabia-lhes a responsabilidade primeira na matéria em apreço. Basta ver o que está expresso na Lei de Bases da Protecção Civil:
Artigo 33º
Primeiro-Ministro 

1 - O Primeiro-Ministro é responsável pela direção da política de proteção civil, competindo-lhe, designadamente:
a) Coordenar e orientar a ação dos membros do Governo nos assuntos relacionados com a proteção civil;
b) Garantir o cumprimento das competências previstas no artigo 32º. 

2 - O Primeiro-Ministro pode delegar as competências referidas no número anterior no Ministro da Administração Interna, com possibilidade de subdelegação.

Portanto, temos delegação e subdelegação, sim porque PM e muitas vezes os ministros, têm é que andar a passear muito pelo país, a passear no tal de trabalho...... político. 
Quem trata das coisinhas? A mão na massa? Ah, para isso arranjam-se boys, girls, correligionários, sobrinhos, noras, cunhados, genros, filhos.

O que se ouve, como de costume, há décadas?
Mato seco, não limpeza das matas, da floresta, ventos fortes, falhas de comunicação, os meios aéreos não puderam actuar, não há meios aéreos, conjugação terrível de vários factores, evolução das medidas para no terreno assegurar a segurança de populações e património, implementados sistemas de alerta, que ignição deu origem ao fogo, não foi feita a prevenção no inverno, o fogo é imprevisível, 75% dos incêndios tem origem criminosa,  foi tudo de repente, e por aí fora.

REALIDADES,olhando aos últimos 40 anos:
> acabaram com os serviços e guardas florestais;
> não há vigilância de matas;
> acelerado despovoamento do território Continental a Leste de uma linha de 70 km a partir do litoral;
> desapareceu a pastorícia e a agricultura tradicional;
> cada vez temos mais condições de clima propícias a fogos florestais;
> o ministro da agricultura a querer domesticar os mercados; é aliás patético ler o que está lá pelo "sítio" do MA;
> ausência de competitividade de grande parte do sector florestal;
> discussões políticas recorrentes completamente vazias;
> políticos como certos bloquistas a não aceitar no passado justificações para o flagelo dos fogos e agora é o que se vê;
> monocultura extensiva do eucalipto; onde já vi isto? ah, uma notícia de Janeiro passado, com o anúncio de uns milhões para eucaliptos, o tal petróleo anunciado por Mira Amaral anos atrás;
> o PR Marcelo Rebelo de Sousa a afirmar que era impossível fazer-se mais; é a chamada ciência exacta de Belém.

MAS, no plano das realidades temos ainda, por exemplo:
> comissão para antecipar medidas de combate aos efeitos da seca;
> protocolo para o estabelecimento de condições de financiamento especial de apoio ás actividades do sector agrícola e florestal;
> uma extensa lei de bases da protecção civil;
> um sistema integrado de operações de protecção e socorro;
> uma organização dos serviços municipais de protecção civil;
> o regulamento de funcionamento dos centros de coordenação operacional;
> critérios e normas técnicas para a elaboração de planos de emergência de protecção civil;
> uma estratégia nacional de conservação da natureza e da biodiversidade;
> O Instituto da Conservação  da Natureza e das Florestas (que obviamente não pertencem à natureza!!!);
> lei de bases da política florestal;
> os apoiantes da doutrina da supressão do fogo e os da sua gestão;
> uma estratégia nacional para a floresta tendo aparecido uma nova em 2015;
> bases de política do ambiente;
> e, CLARO, como definido na CRP, tudo ao longo dos anos sempre coordenado e orientado pelos sucessivos PM.

Ah, e finalmente,  temos ainda o excelente SIRESP, que tem atrás um lastro de podridão e de gente podre, alguns que agora por aí se passeiam como se nada tivessem tido a ver com a coisa.
Além de presumíveis negociatas inicialmente imputadas ao tempo do BPN/ SLN mas que creio que por ali não se ficaram,  e muitos arquivamentos do MP e silêncios, este Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal é " um sistema único, baseado numa só infra-estrutura de telecomunicações nacional, partilhado, que deve assegurar a satisfação das necessidades de comunicações, permite, em caso de emergência, a centralização do comando e da coordenação das diversas forças de emergência e de segurança, satisfazendo a intercomunicação, a interoperabilidade, a fiabilidade, racionalização de meios, recursos e custos. O SIRESP é uma rede 2G na variante de tecnologia Tetra caracterizada pela particularidade de chamadas em grupo e na funcionalidade walkie-talkie. Foi construído fazendo uso do modelo de financiamento PPP (Parceria Público-Privada) em que o parceiro privado é a empresa Siresp SA.  A Siresp SA é a operadora que gere a rede, construída por si e seus parceiros de negócio. Do lado do estado existe o modelo da Entidade Gestora que supervisiona os níveis de serviço e gere o contrato assinado com o parceiro privado, a Secretaria Geral do MAI.
Os utilizadores da rede são todas as entidades do MAI, como a GNR, PSP, SEF, ANSR e ANPC. De outros ministérios como a PJ, a AMN, Serviços Prisionais, etc. Ainda outros parceiros como os Corpos de Bombeiros, Serviços de Protecção Civil Regionais e Municipais, Metro de Lisboa, etc.
A estratégia actual passa por quatro linhas directoras: 
I. Grau de Serviço e Cobertura – Probabilidade dos serviços móveis da rede SIRESP estarem disponíveis para um utilizador em qualquer lugar, hora e situação. Capacidade de resposta da rede SIRESP a situações de variação da carga resultante de cenários operacionais. 
II. Segurança – Prevenção, gestão e redução dos riscos para a segurança da rede SIRESP. Segurança da informação e integridade das comunicações em situações criticas de confidencialidade. 
III. Resiliência – Capacidade de recuperação das funções da rede para proporcionar e manter um nível aceitável de serviço em resposta a situações de falhas. 
IV. Utilização – Aumentar significativamente o número de utilizadores da rede e permitir a integração operacional entre entidades em situações reais de emergência e segurança nacional

Leiam outra vez esta coisa do SIRESP. 
Isto dá que pensar, ou não? E nesta tragédia, estava operacional?
O que sugiro: pensem nisto tudo. Tenham a paciência de passar os olhos (garanto que é esgotante e dá vómitos) pela enormidade de legislação (enormidade também pelos conteúdos). Recordem as pouca vergonhas que se arrastam há anos acerca dos processos dos meios aéreos. Lembrem-se da completa ausência das Forças Armadas de uma participação complementar aos meios civis (agora lá chamaram) por exclusiva responsabilidade de sucessivos governos e partidos. Revejam as conversas e arengas sistemáticas dos dinossauros há décadas a assumirem-se como representantes (??) dos bombeiros e, a este propósito, vão aos "sítios" da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais e Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais, e Liga dos Bombeiros Portugueses. Recordam-se de ver entrar pelos televisores, há décadas, sempre os mesmos 3 nomes ligados aos bombeiros a saber, Duarte Caldeira, Marta Soares, Fernando Curto?  
Depois de tudo isto, facilmente vão chegar à conclusão que vamos continuar a ser consumidos pelas chamas, e vamos continuar a ouvir críticas aos governantes que não sejam da cor de comentadores e políticos histéricos, caladinhos no presente, e que vamos continuar a ouvir patéticos jornalistas, masculinos e femininos, com a sua retórica sensacionalista e despropositada.  Visitem também o centro nevrálgico da ANPC em Carnaxide, e folheiem as revistas normalmente à vista na entrada do edifício!!!
O Presidente da República diz que ainda não é tempo de......
Entretanto, ano após ano,  concidadãos do interior a sucumbirem a esta pouca vergonha nacional!
António Cabral (AC)