segunda-feira, 26 de junho de 2017

OH  PATEGO,.......OLHÓ  BALÃO
Esta frase popularucha tem cada vez mais aplicação no momento da vida nacional.
Não me refiro aos balões de S.João ou outros de feiras que os petizes tanto apreciam.
Lembrei-me dela ao passar em revista estes últimos dias e a barragem tonitruante montada pelos actuais inquilinos de Belém, de S.Bento e vários outros habilidosos da nossa praça e, consciente ou inconscientemente, também por muitos jornalistas. 
Basta ir rever entrevistas declarações e artigos e imagens, para ficar com a sensação que estão muitos com as perninhas a tremer.
Tentam afanosamente desde o final do Sábado trágico montar uma teia de distração onde, lamentavelmente, muitos cairão. 
Ficam muitos consternados como que a olhar para o ar a observar bonitos balões e tentam que nos esqueçamos do pantanal nauseabundo onde, "só por acaso, não é" ficaram até agora pelo menos 64  dos nossos mais desamparados e desprotegidos concidadãos. 
Dizem para aí haver 12 desaparecidos; oxalá não seja verdade.
PAZ é aquilo que todos procuram alcançar na vida.
Que paz podem ter as famílias destroçadas?
Que lhes vão fazer os titulares dos órgãos de soberania, Presidência da República, Governo, Assembleia da República? E os autarcas?
Aprendi, há décadas, que quando se vai para qualquer lado, na guerra, ou na paz, levando outros consigo, no regresso contam-se os que foram connosco. Se não regressam todos, há que prestar contas, dar satisfações, falar clarinho, há uma inultrapassável questão de responsabilidade.
Que paz podemos ter com esta gentinha toda, esta gentinha quase toda de há cerca de trinta anos para cá?
Cá estarei, se Deus quiser, para ir observando como esta gentinha se vai remexendo nas cadeiras, enxotando as moscas e varejeiras.
AC

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