terça-feira, 27 de junho de 2017

POLÍTICOS e PROSTITUTAS
Contava-se um bom bocado antes do 25 de Abril de 1974 uma anedota brejeira acerca do alentejano humilde que, um dia, lá conseguiu arranjar uns patacos para vir à capital e onde tencionava passar por umas tascas e visitar uma casa de "meninas",  de que lhe tinham falado. Se planeado estava, assim foi fazendo.
Mas, homem azarado, quando à noite na tal casa já estava, de ceroulas, entrou uma rusga da polícia e toca de perguntar a cada "menina"o que eram e estavam ali a fazer.
Uma a uma, as desditosas coitadas foram debitando o rosário habitual, costureira, criada, lavadeira, secretária, modista, mulher a dias, etc.
E estando já quase todas interrogadas, o pobre do alentejano em ceroulas e aflito com a cena, murmurou - querem ver que aqui a puta ainda sou eu!!

Lembrei-me disto perante o nojo crescente do que se está a passar na sequência da tragédia dos incêndios recentes. 
Está TUDO a ser apurado, mas mesmo TUDO.
De momento e para já, das conclusões que vejo por aí tiradas, não falhou o SIRESP, não falhou o governo, não falhou o intrujão-mor, não falhou a ministra Constança, não deve ter falhado a ANPC, não deve ter falhado ninguém da estrutura do MAI e, sem espanto, também não falhou a oposição com verdadeiros dislates.
Não existem portanto razões para se apresentar DESCULPA à sociedade, aos cidadãos, aos familiares que perderam entes queridos, 
FALHARAM, obviamente, os parvalhões dos bombeiros que não apagam fogos em poucos minutos, a estúpida da água que não apagou logo as chamas, as pessoas que tinham casas humildes em vez de as ter construído com todos os requintes da técnica moderna anti-sismo, anti-inundação e anti-fogo.
Que raio de gente esta, os governantes a esforçarem-se tanto, a lutar diariamente pela causa pública, pelo bem comum. 
Que vergonha de gente. 
Louvados sejam os governantes, estes e muitos dos anteriores, e muitos dos seus assessores e adjuntos, vários dos quais têm chegado, por mérito próprio, a ministro, ou CEO ou vogal em empresas e bancos. 
Mais uma gloriosa fase, deste desgraçado País.
AC

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