sábado, 24 de junho de 2017

UM EXEMPLO,  ENTRE DEZENAS DE MILHARES
A propósito das tragédias iniciadas à oito dias, vieram-me à memória coisas várias, e a minha indignação a crescer. 
Lembro a A23 cortada nos incêndios de 2003 e os desvios que todos tivemos então que cumprir, recordo as minhas fotografias, ás centenas e centenas, ilustrativas deste degradado e desgraçado Portugal.
Deixo aqui um exemplo, dos menos relevantes, daquilo que se passa por todo o País, não é uma aldeia pequenina, mas pode ver-se claramente que as árvores estão junto das estradas, árvores rodeiam casas. Não publico as confrangedoras.
Legislação relativa a espaços entre árvores, distâncias a casas e infra-estruturas, distâncias ás estradas,.....POIS!
Qual o presidente de Câmara que impõe, respaldado na lei, o cumprimento da dita? E os presidentes de juntas de freguesia, em que alguns nem mandar tapar um buraco na estrada da aldeia são capazes de fazer cumprir, mesmo quando informados cara a cara? Quais os agentes das forças de segurança a actuar de moto próprio ou por determinação superior? Quais foram os ministros que desencadearam a obrigatoriedade do cumprimento da legislação em vigor? Arrisco, NENHUM, por mais que uma patética criatura anos a fio nisto, venha gritar nas televisões.
Quais as câmaras que têm actualizadas as áreas do seu concelho, no que respeita a propriedade, cumprimentos da legislação diversa? Não cobram receitas de taxas e impostos?
Mas agora é que vai ser, TUDO, mas mesmo TUDO
Valentes políticos e excelsos titulares de órgãos de soberania, que fingem nunca ter sido chefes de partidos,  nunca terem feito pareceres, nunca terem sido deputados, nunca terem assessorado, nunca terem saltado das cadeiras públicas para as privadas e retornado aquelas, enfim, a pouca vergonha e lata enorme estampadas nas caras destas poucas centenas sempre conluiadas e que se governam para aí há trinta anos e nos desgraçam paulatinamente, e que deviam ter tido agora alguém daquelas zonas desgraçadas a borrar-lhes os fácies com as cinzas dos incêndios.
Portugal está muito doente, cada vez mais, mas fingem que não.
AC



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