domingo, 4 de junho de 2017

PORTUGAL CONTEMPORÂNEO
Portugal, apesar de contas marteladas para "Épater lés Bourgeois de Bruxelles", Portugal dos afectos e contentamentos prossegue entre o encantado (??) e o encantador (???).
Professores dos sindicatos vários, forças de segurança dos sindicatos múltiplos, os bombeiros com os seus dirigentes do costume designadamente o ex-autarca dinossauro que se entretém também pelo futebol e o de cabelo branco escrevinhador de panfleto conhecido, os arqueólogos, os cineastas, os cantores, os enfermeiros, os médicos, os das cabinas da SATA, outros da cultura, as preocupações do DIAP por eventuais agressões entre gente que aparece nas tais chamadas revistas cor-de-rosa, ah e naturalmente os juízes, são a demonstração cabal  de que Portugal virou a página.
Não, não tenho nenhumas saudades do ex-PM Passos Coelho nem de algumas das suas decisões e menos ainda dos salteadores seus amigos. Nem saudades, nem sou amigo dele. 
Mas algumas coisas apreciei nesse governo. E o que agora escrevo foi sendo afirmado de forma semelhante lá muito para trás.
Em vez de me entusiasmar com baldaias serranos e companhia, ou seja, com as companhias de Lisboa, Porto ou Coimbra, vou colecionando as minhas percepções de muitos lugares de Portugal Continental.
E tenho sempre presente certas elites civis (estou a ficar preocupado pois uns quantos estão a ficar arguidos) e certos chefes militares deste tempo novo (vários se acoitavam encantados no tempo velho) que prometem e anseiam fazer muito mais com muito menos. Valentes.
O PCP, qual medusa de tentáculos longos, tem em marcha todo o seu programa, incluindo nas áreas a que darão secundária importância mas não descuidam como por exemplo os sindicatos de forças de segurança e forças da autoridade marítima.
Mas fiquemos no caso dos juízes.
Os tais que não são trabalhadores por conta de outrem (dá gosto ouvir a presidente do dito sindicato...!!..) e se arrogam o direito de, se tal acharem legítimo, paralisar ainda mais quer o sistema de justiça quer outros aspectos da vida em sociedade formalmente um estado de direito.
O que diz a criatura que está temporariamente em S. Bento sempre com os olhos em Belém ?? (para ver o que de lá sai, e pensando um dia lá morar) Nada, naturalmente, sempre com os olhos na popularidade, mantendo-se alegre, enquanto insulta outros.
O que diz a criatura temporariamente em Belém ?? (nada, naturalmente, sempre com os olhos nos afectos e na popularidade, até porque se trata de uma questão de órgão de soberania, melhor, acerca dos titulares de órgão de soberania e, portanto, como bom jurista, respeito absoluto pela separação de poderes; isto está em contradição com outras coisas e atitudes e comentários? Estão a acumular-se contradições? NÁ!!!!)
Quais dignidades, da função presidencial, governamental, da função judicial, autoridade do Estado, respeito pelo sistema constitucional, regular funcionamento das instituições, , interessa muito é o conforto, muita medalha, muito nariz encarnado, muita inauguração, muita selfie,  muita viagem, muito 10 de Junho na estranja,  que isto não vai durar sempre.
Acima mencionei percepções. Pois é, o que me vai parecendo quando ando em muitos lugares do Minho, Trás-os-Montes, Douro, Beira-Baixa, Alentejo, Algarve, comparativamente com o que clamam a "comentadoria" de Lisboa e Porto? 
Muito pouco e em muitos casos mesmo NADA. Mas eles  andam contentes.
Ah, claro que nos meus ligeiramente mais de 32 000 Km calcorreados em pouco mais de 11 meses sou eu que estou completamente enganado.
É como em relação à pessoa do concelho que conheço razoavelmente bem e que aparece num cartaz ao lado do intrujão-mor e que agora até dentro do partido porfiam por dizer que ela apesar dos interesses bem conhecidos na região não teve nada a ver com certa legislação (assim, sem vírgulas à Saramago). POIS, diria a irmã do Solnado.
Bom Domingo.  
António Cabral (AC)

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