terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O passado é terrível. E, ainda, o fingimento de falta de memória.
Cada dia que passa se percebe, se percebe ainda melhor confirmando o que se sabia, a desfaçatez mais a pouca vergonha e mais todos os adjectivos mesmo assim insuficientes para qualificar a malandragem.
"Luta que trava para não acontecer a outros" - claro que sim, mas não no sentido com que querem enganar o comum cidadão.
Desde os que não aplicaram a ética republicana em Macau ou nas savanas africanas, até ao rol imenso de "comensais" quer à mesa do orçamento, quer à mesa dos favores de todos os tipos, a tempestuosa e inqualificável investida contra a PGR e os juízes e alguns em particular tem um só objetivo.
Claríssimo, e mais que denunciado em blogues e alguns órgãos de comunicação social.
Li algures, escrito, que Sócrates sofre de défice moral. Concordo totalmente, mas falta acrescentar à lista imensa gentinha, de todos os partidos mas com mais ênfase para alguns tradicionais e para os que se preparam para ser, gentinha dos grandes escritórios, das ordens, das lojinhas, de politiqueiros.
Em português corrente, falta juntar a grande canalha.
AC

sábado, 27 de dezembro de 2014

Como o mundo muda, meu Deus.
Muda. Se muda. Todos os dias. Os glaciares continuam a derreter, coisa a que já assisti. As elites (????) mudam muito, normalmente sempre para pior, os resultados das eleições obrigam a mudar alguma coisa. Envelhecemos a cada instante.
"A coisa pública é minha", dizem uns puros e éticos, "eu é que a criei como ela está agora", continuam os mesmos. "Se agora nesta fase não é minha é porque vocês são uns indecentes", ainda os mesmos!
"Quando a coisa era nossa", dizem os tais, "aí é que era bom, legislar e governar democraticamente como só nós sabemos", suspiram ainda os mesmos.
"É indecente e anti-democrático que nos apliquem certa legislação, só porque fomos nós que a pensámos, propusemos, aprovámos, referendámos", ainda os ditos mesmos.

Perante isto, que concluir? Deixo á consideração de cada um. Por mim há muito que tirei as minhas conclusões. Não de há pouco tempo, vem já de 1991.
AC

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

NATAL 2014
Bom dia.
A todos os meus concidadãos que tiverem a gentileza de me visitar, os meus votos amigos de que tenham tido uma boa consoada junto das vossas Famílias.
Desejo-vos um santo dia de NATAL.
E que 2015 não vos traga aflições, sobretudo no campo da saúde.
Mudando a agulha, reparei que o advogado do ex-Primeiro Ministro declarou que todos devemos estar em liberdade. Não posso estar mais de acordo.
Mas esse senhor advogado, talvez por estar a pensar no jantar de consoada e, depois, porventura, presumindo que tem netos poderia estar a pensar na distribuição das prendas aos mais pequenitos, esqueceu-se de acrescentar que, a meu ver naturalmente, todos devemos gozar de liberdade mas todos nos devemos abster de libertinagem, em todos os sentidos, e particularmente na gestão da coisa pública.
Somos todos da mesma massa. Mas não somos todos da mesma fôrma.
Mas todos devemos ser iguais perante a lei.
Não pode haver excepções. Só assim se pode caminhar para uma sociedade mais equilibrada.
Festas felizes.
AC

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

"Dorso de Monstro a crescer para nós até tomar conta de todo o Céu".
Fernando Namora

AC

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Os OCS que temos.
Um jornal, esta manhã, titulava DE FORMA NO MÍNIMO PECULIAR, um pequeno artigo acerca do actual inquilino do último andar do edifício cor de rosa no Restelo. E dizia, que estava com irmãos de armas.
SÓ DÁ VONTADE DE RIR. Até a própria criatura é capaz de se agarrar à barriga quando estiver sozinho.
AC

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

domingo, 21 de dezembro de 2014

O Direito. A moral. E como eu sinto isto tudo.
Nota prévia: não sou jurista. Sou filho de gente humilde, decente, que me inculcou valores basilares, estruturantes de uma vida sã e digna. E as regras da profissão que abracei fizeram o resto. Outros falaram e falarão de mim.
1. A moral assenta no lado interior das condutas humanas. É uma ordem das consciências. Pretenderá orientar as pessoas para o bem. 
2. O direito é um instrumento capaz de promover mudanças na sociedade. É um sistema complexo, normativo, sem pretender moralizar condutas, sistema de normas de regulação de conduta social, com normas e princípios jurídicos, e assistido por protecção coactiva. Pretende, portanto, o bem comum, a justiça e a segurança.
3. A sociedade por esse mundo fora, em Portugal naturalmente, rodeou-se de um complexo e amplo campo normativo. Existem normas jurídicas aos “pontapés". Normas que são, objectivamente, dispositivos associando à verificação de determinados factos certas consequências a nível do direito. Prescrições gerais de conduta e correspondentes sanções coercivas. 
A ordem jurídica ordena os aspectos mais importantes da convivência social, prosseguindo a justiça e a segurança, para que todos os cidadãos, desejavelmente, olhando à sua envolvente, e cientes embora de que as diferenças sociais e de classe são uma realidade de todos os tempos, constatem no entanto, e fiquem descansados, de que apesar dessas diferenças todos são iguais perante a lei. 
Somos todos da mesma massa, não somos todos da mesma fôrma, mas devemos todos ser iguais perante a lei. 
Assim, todos iguais perante a lei e não, como alguns alarves continuam a dizer e a defender, que “há uns mais iguais que outros. A dizer isto, e por todos os meios obscuros a tentar que assim seja para uns quantos dos seus apaniguados, que muito têm desgraçado Portugal.
4. Sem liberdade não haverá civilização. É assim, ponto.
Mas há, e haverá sempre, criminosos, pessoas que partem montras, ou assaltam casas, que roubam por esticão, ou que oferecem andares a sobrinhos de alguns para que certos terrenos passem a urbanizáveis, ou que agridem a mulher ou o marido ou os sogros, ou que violentam crianças. Há e haverá sempre políticos com pouca memória quanto ao que receberam no passado, políticos de cores várias que legislam para periódicos perdões fiscais, etc. Há, e haverá sempre, pessoas que, dizem que dão/deram (mas não deram) formação nas suas fábricas para depois receberem subsidios da UE, e se tornarem reis das mais valias, comprando em seguida  acções de certas instituições dominando-as, que não pagam contribuições sociais, que fogem ao fisco, e etc. 
5. Por isto e muito mais, se procura sancionar as violações de bens jurídicos que estão relacionados com a organização administrativa da sociedade. Naturalmente, há graduação de ilícitos e, de uma forma pouco técnica e muito simples, ponderação do que fazer perante crimes, perante transgressões ou contra-ordenações. O comum cidadão houve constantemente falar de crimes transgressões e contraordenações, de prisão, de multa, de coima.
Bem, se a “coisa” é bem complexa, acresce que a esmagadora maioria dos cidadãos “acha que”, e pouco ou nada passa daqui. Se olharmos para os OCS a coisa não melhora, pelo contrário, agrava. 
6. A esmagadora maioria dos cidadãos apercebe-se bem, no entanto, das dificuldades da vida, e compara as suas com o que se passa à sua volta. Não será de admirar que se insurjam contra injustiças de tratamento, contra os vários episódios que conhecem na sua freguesia, no seu concelho, em outras zonas do País. Em cima disto tudo cai a questão dos inquéritos preliminares, o segredo de justiça e da falha dele, os mesmos especializados advogados ano após ano. E o cidadão comum o que vê? O que sente? Todos iguais perante a lei? 
7. Estou convicto de que a maioria dos meus concidadãos terá muita dificuldade em, por exemplo, perceber como foi agora arquivado o caso dos submarinos, ao fim de oito anos. Sobretudo depois de lerem nos jornais dos últimos dias, meias confissões acerca de vários offshores e de gentinha vária que diz que se fosse agora não fazia como fizeram anos atrás. A maioria dos meus concidadãos vê o seu dinheiro fugir nos impostos, no supermercado, na farmácia, na electricidade, na água, etc. A maioria dos meus concidadãos vê o dinheiro da malandragem a ser fémea porque dá para comprar tudo e mais alguma coisa, vê concessões de empréstimos que o comum dos mortais nunca obterá, ou vê voar milhões de registos bancários (quando os há) sem culpa de ninguém. Acresce que muitos concidadões não sabem que o dinheiro voa, porque nem sequer lhes entra nos bolsos!
8. Mas é claro que com os esquemas, os códigos, as lojas, os escritórios, as listas de favores em dinheiro ou colocações de familiares, tudo se conjuga para o resultado que se constacta em Portugal - “um continuado exaltar de virtudes democráticas de banditagem” por parte de quem deve favores e, por isso, foi/foram em tempo devido colocado/s para nos azucrinar constantemente os ouvidos e a vista quando se sentam em estúdios de TV. Aliás, são excelentes democratas todos aqueles que não os beliscam nos seus jogos e vigarices, caso contrário, são etiquetados como alguém que precisa de se democratizar. Quando alguém ou alguma instituição procura a real verdade dos factos, e por indícios que se mostram fortes e suspeitíssimos se apontam baterias a certos senhores, há logo “aqui del’ Rei” por parte dos famosos donos da ética republicana (que a não aplicaram em Macau ou na selva africana), 
A triste realidade é que, mesmo pessoas com elevada craveira intelectual e auto-apregoada independência, se esquecem de confrontar parceiros de debate, confrontar amigos. É sempre incómodo colocar questões objectivas, directas, perguntas ásperas que, se respondidas, deveriam explicar o voar de dinheiros, o desaparecimento de documentação (contractual incluída) em que estavam espelhadas as decisões de certa banditagem, não é??
9. Como eu sinto isto tudo? Sinto que prossegue a bandalheira, e os esforços concertados de máfias várias. Sinto que o resultado das alterações a códigos e outra legislação ainda permite dilações, esquemas, etc. Sinto que os esforços e a desinformação que por aí vai por parte de éticos, puros, “e os únicos democratas” de Portugal, vão provavelmente atingir os seus objectivos.
Sinto que não deve ser por acaso que sucessivos ministros da justiça tenham retardado tudo e mais alguma coisa para que hoje, cada vez mais, fique a sensação da continuada falta de meios no MP e na PJ. 
Sinto que a aversão da maioria dos partidos à questão da inversão do ónus da prova (defendida em tempos por Jorge Sampaio) poderá querer dizer, objectivamente, que os deputados e outros politiqueiros e mafiosos vários do sistema se continuam a defender e aos seus. Tudo bons rapazes.
10. De uma forma ampla, a realização do direito deveria dar à sociedade portuguesa o nosso sossego. Temos tido alguns casos, detenções, decisões judiciais de primeira instância pesadas. Mas temos arquivamentos muito esquisitos. Os poderes políticos, melhor dito, os expoentes principais desses poderes políticos de diferentes cores e que formalmente nos têm (des) governado, garantem cada vez menos a nossa segurança, a justiça efectiva e o nosso bem-estar. O resultado da regulação da vida colectiva a que estavam obrigados, através da aprovação de leis e da imposição do seu cumprimento, está bem à vista. Continuam os portugueses a não ser todos iguais perante a lei. Não há direito. Também por isto, creio que de facto “Portugal continua pequeno, mas um torrãozinho de açúcar", como diria o “Brigadeiro Chagas” do tempo do Eça de Queiroz. Eu não gosto deste torto direito.
AC

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

FANTÁSTICA, a justiça em Portugal(!!??!!....)
Ah,.... "ganda" ministério público, "gandas" ex-mandões do ministério público que agora se riem agarrados à barriga. Jacinto Capelo Rego és um "ganda" maroto, topo-te bem, sempre atrasado como o teu mentor, mas de atraso em atraso, de manobra dilatória em manobra dilatória lá te safaste.
Mas olha, oh Jacintinho, nenhum português decente, que os há aos milhões, engole a vigarice que o teu mentor e os da tal famosa entidade em Londres em tempos engendraram.
Só falta mesmo dizerem que a culpa é da Marinha de Guerra Portuguesa.
Oito anos para finalmente arquivarem a trampa que fizeram.
Há que ter esperança, esse e outros velhacos não irão ficar impunes a vida toda.
AC

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Do PAIO ás vítimas disto tudo, passando por criaturas variadas como os donos da ética republicana (não aplicável na savana africana), antes a fotografia.


AC

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O PAIO!
Tenho de admitir que o defeito seja meu.
Assisti a pouco da audição dos senhores que foram à AR para falar acerca do estado actual da RTP. Um estado que se me afigura cada vez mais bolorento. Entre outras pérolas tomei conhecimento do PAIO - Plano de Actividades, Investimento e Orçamento para 2015.
Não é minha intenção ser deselegante nem pretendo ofender a honorabilidade de ninguém, palradores e quem os escutou.
E, insisto, vi pouco, mas do que observei, estou em crer que não estamos perante Paios nenhuns, nem talvez chouriços.
Chouriças rançosas? E nós a pagar.
AC

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A pouca vergonha que grassa.
A seguir ao jantar tive que ir aos "mandados" no supermercado, como diziam os mais antigos. Liguei o rádio do carro e, entre outras preciosidades, ouvi parte de declarações do advogado de José Sócrates, creio que de hoje. Perguntado por um jornalista em que se baseava para considerar ilegal a proibição do detido 44 dar entrevistas respondeu - "em muita coisa"!
Para o comum cidadão isto é de facto esclarecedor. Por que raio, a criatura não identifica ao menos uma razão concreta, de direito, para se basear na indignação?
A menos que de facto não exista, não faço ideia. O que estou convicto é que, entre o que escorre para jornais, entre o que certas comentadeiras escrevem, e com criaturas como este advogado, o comum cidadão fica certamente cada vez mais elucidado.
Porque será tão difícil falar com rigor, e com clareza? Ou existe mesmo muita porcaria, e estão a ver como dar a volta?
Na fotografia abaixo, mostro uma parte de um castelo, construído séculos atrás, está em razoáveis condições, tem muralhas construídas com blocos de granito enormes, e aproveitaram imensos penedos na zona colocados pela mãe natureza. Alguém têm dúvidas?
AC


Uns querem a imagem, outros o reflexo
A realidade nunca é bem como alguns querem. Mesmo quando assinaram as leis. Uns querem que acreditemos no reflexo, outros na realidade. Mas quanto à realidade, informam-nos, pelos mais variados malandros, que o que vemos não é bem o que nos parece. Desculpem a linguagem, CHIÇA!!
AC

sábado, 13 de dezembro de 2014

ESMAGADOR

António Cabral
TROCA-TINTAS
Os troca-tintas partem do principio de que a esmagadora maioria dos portugueses não tem ou tem fraca memória. Já aqui falei de um finório da pior espécie. Volto à mesma criatura, criatura que não se cansa de tentar estoirar com os nossos ouvidos com as arengas que sucessivamente vomita. É preciso ter muita pachorra. Indigna-se com as greves na TAP. Eu também, mas não exactamente por todas as mesmas razões que a criatura berra. Além do mais, e é aqui que coloco o foco, é preciso ter coerência. 
Quem, nos actos concretos e de rotina, despreza instituições como as Forças Armadas, como foi o caso (um dos vários) do enorme atraso com que chegou à cerimónia do Dia da Marinha em 2004, em Viana do Castelo, para já não falar do triste espectáculo com que brindou os portugueses no Verão do ano passado, não merece credibilidade alguma. E não venha com justificações bacocas: um ministro, um presidente, só chegam atrasados se quiserem, pois têm à sua disposição todos os meios do Estado, GNR, batedores, helicóptero, etc.
Um finório da pior espécie. 
AC

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Aves, passarada, passarões, pardalitos!
Garça branca, levantando voo.
Oxalá os passarões continuem a penar!
AC
O estado da justiça em Portugal
A justiça em Portugal melhorou certamente muito comparativamente a tempos atrás.
Há quem se insurja sobre diferentes aspectos, mas sobretudo sempre que se toca, ligeiramente que seja, na banditagem que vai esfacelando a sociedade portuguesa. 
Pela minha parte, neste blogue e noutros tempos mais recuados, por mais de uma vez destilei a minha revolta pelo estado em que ainda estamos.
De uma coisa estou certo, a máquina da justiça é realmente muito lenta. Insuportável, e sempre com a maior desconsideração para com o cidadão comum.
Veja-se um simples aspecto administrativo, por mim vivido.
No início de Maio passado, estive num tribunal do interior de Portugal Continental, convocado por esse tribunal, porque uns meses antes um amigo indicou-me para testemunha num processo em que ele estava envolvido.
Logo na manhã em que cheguei ao tribunal, requeri na respectiva secretaria, ao abrigo do Artº 644º do CPP, que fosse ressarcido das despesas suportadas com a deslocação a que fora obrigado judicialmente. 
Indiquei a quilometragem e as portagens.
Chegou hoje de manhã a carta do tribunal em que indicam o que me vão pagar. 
Sete meses, repito, SETE MESES. Claro que se pode imaginar, podia ser pior. 
Agora (é o que verbalmente me informaram) ainda deve passar pelo menos mais um mês até que o Instituto de Gestão Financeira e Infra-Estruturas da Justiça faça o pagamento definido. Pagam apenas a quilometragem. É o Estado português.
É o estado disto tudo, só bom para os donos disto tudo, das mais varridas cores, embora todos os dias me queiram convencer de que, donos disto tudo, só há de uma cor, ou de uma certa classe social. Os outros estão livres e são todos donos da mais pura ética republicana (que não se aplica na savana africana, claro)
Vão gozar com a tia, como dizia o outro!
Todos uns verdadeiros e genuínos ACPN, Autoridades Competentes de Porra Nenhuma!.
António Cabral

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Dos jornais
"ASSEMBLEIA DA REPUBLICA

Parlamento cheira mal. De novo

EM ATUALIZAÇÃO
O Parlamento voltou a ser invadido por um cheiro intenso a gasolina. O cheiro incomodou os deputados que saíram do plenário, adiando o início dos trabalhos".

Outra vez, e há muito tempo. Mas sobretudo pelo que deviam fazer e não fazem. É só ler o que diz a Constituição da República, por exemplo: Artº159º alínea a), e por aí adiante.
AC

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Culpado disto tudo!
Pois é, decididamente, eu é que sou o culpado disto tudo. Bem, não sou só eu, sou eu e mais uns milhões de portugueses, que temos passado a vida a dar cabo da reputação, bom nome, de alguns concidadãos que, muito justamente, e amargamente, se queixam cada vez mais das malfeitorias que nós, os culpados disto tudo, lhes andamos a fazer há décadas.
Coitadinhos. Que filhos da mãe que eu e os outros milhões de portugueses somos.
No mínimo vamos para o purgatório, merecidamente!
António Cabral

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Coisas curiosas
Estive a folhear aqui na aldeia um belo catálogo da associação "Colher para Semear", e encontrei informação extraordinária. Além disso curiosa, tão curiosa que ás tantas quase me convenci que estava perante certa gentinha que nos esfola e desgoverna há décadas, em vez de hortícolas aromáticas e cereais.
Ora vejam.
"Manjericão", aromática que bem conheço, tem uma variedade - manjericão de folha roxa!
"A borragem", existe a de flor azul e flor branca.
Das variedades de milho, acho piada ao "vermelho de regadio", e ao "zorrinho" de proveniência de SMartinho, Odemira.
Do trigo, existe uma variedade curiosa, o "javardo", de proveniência Algarvia.
De centeio há o "milagres".
Nas variedades de milho encontrei o "relvão" com proveniência da zona de Arouca.
Nas hortícolas de entre variedades várias existem a "porqueira", a "porcineira", a "bacoreira".
Quanto ás alfaces, curiosas a "chaíça rosada", a "orelha de mula".
No alho porro, a "espécie" Aníbal", de proveniência francesa.
Das várias beringelas, uma é a "rosada".
Na categoria das brassicas, encontramos por exemplo, a "couve troncha", "couve nabo", "nabo greleiro", "nabo SMacário".
Já na categoria "melões", são interessantes o "pele de sapo", " trepador" e "rugoso vale da Rosa".
Já nos pepinos há um que me faz as delícias, " o pepino Sampaio", proveniente de Mogadouro, embora ache piada ao "víbora".
Nos pimentos acho notáveis, o "laranja quadrado" e o "vale da rosa".
Nos tomates há espécies que nunca mais acabam, "cor de rosa", "boi escalabitano"," dióspiro da Rússia", "vermelho pequeno", "supositório", "vermelho achatado", "teta de cabra", "coração alegre".
No feijão rasteiro seco, variedades como, "branquinhas", "cascas finório" e "pirata".
Nas oleaginosas, temos por exemplo a "papoila vermelha singela".
Enfim, curioso.
AC

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

TROCA-TINTAS
É uma expressão popular. Houve quem, ao longo dos anos e com legitimidade para tal, entendesse classificar as minhas características com a palavra assertividade, entre outras elogiosas.
Vem isto a propósito de que nunca aceitei que me tratassem por parvo, por cara de parvo que eventualmente possa ter. Mas é uma questão da exclusiva responsabilidade dos meus pais e Deus.
Estas palavras chegam no momento em que verifico nas notícias via NET que o líder do CDS está a cavalgar a onda da reposição do feriado 1º de Dezembro.
Para que fique claro, tenho para mim que, entre os imensos disparates da actual maioria que nos desgoverna, a questão dos feriados é uma das mais curiosas. Pessoalmente, também penso que temos porventura feriados a mais, mas não creio que a questão deva ser associada ao trabalho, à produtividade. Adiante.
O que acho notável é a, para mim, desfaçatez de Paulo Portas. Desfaçatez, palavra que presumo não ofensiva, apenas graduação de comportamento, de carácter, de temperamento, de coerência, de etc.
Claro que só os burros não mudam. Mas nunca apreciei uma criatura que, por exemplo, enquanto foi ministro da defesa nacional, fazia gala em chegar atrasado ás cerimónias a que presidia por dever de função, mas chegava na hora protocolar naquela em que presidia o presidente da República.
Um finório da pior espécie.
AC

domingo, 30 de novembro de 2014

Amigo corvo marinho
Amigo corvo marinho que boas fotografias me tens proporcionado, também tu chafurdas nas águas turvas, em fundos baixos, nas zonas lodosas. Bem sei, não te zangues, não és como muitos, eu sei que é para ver se encontras um peixinho, magrinho que seja, para te matar a fome. Bem sei, não te zangues, o termo chafurdar pode parecer que te estou a confundir com outros peixes de águas profundas que por aí andam. Desculpa, meu amigo corvo marinho.
AC




O tempo que passa

 AC


POIS!
"suum cuique tribuere"
Dos meus longínquos tempos de Faculdade lembrei-me disto.
A tradução é mais ou menos - "a cada um aquilo que lhe é devido"

Mas também me martela constantemente a cabeça, isto - "para os amigos TUDO, para os inimigos nada, para os outros a lei".

Porque será que a minha mente, tortuosa certamente, desde há muito tempo insiste comigo que estou perante frases sinónimas?
E que os últimos meses nacionais, parecem querer confirmar?
AC

sábado, 29 de novembro de 2014

A queda
Será a consequência de não se enfrentar com seriedade os reais e verdadeiros problemas. Empurrem com a barriguita para a frente, empurrem.
AC


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Ai meu Deus......
Ai meu Deus, porque apesar de ser ateu, graças a Deus, estou muito preocupado com o meu País.
Estou muito preocupado com as ameaças à liberdade e aos direitos fundamentais. Nunca estive tão preocupado como agora, agora sim é que sinto atropelos aos nossos interesses, perdão, atropelos ao povo português.
Aquilo que eu disse anos atrás, que se devia inverter o ónus da prova, foi um autêntico disparate. Nenhum democrata aceitaria esta violação da vida privada, dos negócios escuros, perdão, dos interesses protegidos pela Constituição. Até porque depois os escritórios corriam o risco de se ver privados de alguns patrocínios.
Ai meu Deus que isto está a tomar um caminho nada democrático. Onde já se viu, desconfiar-se de pessoas de bem, que são todos os actores políticos e todos os ex titulares de órgãos de soberania.
Apelo à união de todos os democratas!
Apelo ao bom senso de todos os democratas. Estou certo que haverá vida para além desta fase difícil e conturbada que o País atravessa, e que é consequência da Troika, do liberalismo, do neoliberalismo,    e da crise internacional. Nós os democratas exemplares estamos seguros, seguros não, convictos, de que a democracia vencerá. Amén, perdão, bem hajam por me escutarem!
(discurso descodificado da versão criptográfica que por aí circula)
AC

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A porcaria
Volto a colocar estas fotografias, "postadas" em 22NOV passado. Face ás notícias dos últimos dias e em particular as anunciadas na rádio durante a manhã de hoje, desculparão mas parece-me que o meu "amigo" corvo marinho faz gosto em ajudar-me no que penso disto tudo.
AC
 Fez a porcaria, ainda que pareça não ser crime; é uma ave.
 Mas afinal é uma ave especial, um passarão......que se regozija com a porcaria que fez e continua a fazer........
E, pelos vistos, ainda se zanga porque lhe chamam à atenção. Estes passarões que andam por aí à solta!!!!
AC

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Ah……nada disso interessa……dizem alguns

Um módico de decência é requerido, sempre, mais ainda em certas alturas da vida, das pessoas, e da sociedade. Muitos não actuam assim. Todas as opiniões devem ser respeitadas, mas são todas discutíveis. Qualquer cidadão tem o dever de procurar compreender o que o rodeia e formular opinião. Chamar à colação, para construir essa opinião, todo o passado relevante, sobretudo tendo boa memória e arquivos razoáveis. Opinião que, obviamente, deve ter em conta critérios de coerência e de prudência. 
Ah.......nada disso interessa.....

Vai por aí excitação dos politiqueiros e comentadeiras, alguns verdadeiramente histéricos com todos os casos dos últimos meses. Histerismo exacerbado agora com o caso Sócrates.
Jornalistas e comentadores, que têm diferentes responsabilidades e normas de conduta, escreveram e disseram tudo e mais alguma coisa acerca da detenção do ex-PM. A meu ver, de opinião decente e prudente seja a favor ou contra pareceu-me que houve muito pouca. Ficou-me a sensação que nos atiraram com vómitos. 
Vómitos nos casos daqueles que destilam ódio pelo detido o que é lamentável e condenável sobretudo quando são titulares de orgãos de soberania. Vómitos nos casos em que invocam as coisas mais espantosas e distorcidas para o defender e desculpar, o que é também lamentável quando, em concreto, nada ainda se sabe de que vai ser ou não formalmente acusado. Há indícios pelos quais foi entendido dever ficar em prisão preventiva.
Ah……nada disso interessa……

Um comentador do “sistema”, muito indignadinho, atirou "porque devemos pugnar por estarmos todos protegidos e não estamos”, etc etc. Estará preocupado com pessoas como a velhota de 84 anos que é minha vizinha na aldeia Beirã? Ou preocupado com as ameaças aos negócios por baixo das mesas? 
Vejamos. Que podia fazer a D. Celeste (existe mesmo) neste campo? Agora nada. Não aproveitou o tempo em que tinha uma galinha de 15 em 15 dias para dar à família (ela marido e dois rapazes), comia todos os dias sopa de couves pão e azeitona, tinha algum azeite e algum cereal que o patrão ia dando, raramente um pouco de queijo. Muito espaçadamente um porco, aproveitado em tudo. Bom, é claro que a D.Celeste podia ainda tentar aproveitar, como muitos, este tecido jurídico existente, designadamente o resultado da proposta de lei acerca do enriquecimento ilícito ter tido sempre a oposição do PS e ter sido chumbada no TC, e parecer até ter o prazer interior do actual PR. Qual inversão do ónus da prova qual quê. A D.Celeste só tem deitado fora oportunidades na vida!. 
Claro que a D.Celeste também não tem na sua humilde casa paredes que cheguem para pendurar colecções de quadros, ou para estantes para livros. Outros exemplos daqueles muitos que podiam enriquecer rapidamente, se quisessem e se sobretudo fossem empreendedores: agente da PSP, funcionária do tribunal, farmacêutica, professora primária, furriel, enfermeiro, varredor da Câmara municipal, empregado de café! Não deve ser preciso fazer desenho para explicar melhor.
Ah…….nada disso interessa.

O que é lamentável é ver que, por exemplo, na Alemanha, o presidente do maior e mais rico clube de futebol foi dentro, como se sabe e pelas razões que se conhecem. Está também em sarilhos gente ligada à história dos submarinos, e por aí fora.
E por cá? NADA, ou quase NADA até há pouco tempo. Claro que aos figurões que por cá poderão ter coisas por explicar quanto aos submarinos, dá imenso jeito que a senhora eurodeputada Ana Gomes se refugie no não levantamento de imunidade parlamentar. Objectivamente, esses figurões devem estar-lhe agradecidos, pois podem viver calmamente com as arruaças dela, mas o comum do cidadão é que continua a ver passar navios, no caso, submarinos.
No tempo do ex-PM agora em prisão preventiva, se recordo bem, os seus governo partido e grupo parlamentar rejeitaram as propostas Cravinho que visavam temas quentes. Mandaram-no descansar para um "cargo dificil" no estrangeiro.
Por exemplo, como e de onde aparecem há anos as exorbitâncias de dinheiro para as mensalidades dos jogadores dos principais clubes de futebol?
Podia encher páginas com exemplos do passado longínquo e recente.
Uma coisa é certa, apesar de parecer que foram recentemente dados alguns passos para reduzir as imensas manobras processuais que a legislação permitia, por exemplo, em princípio o que actualmente é dito e confessado em interrogatório como os dos últimos três dias já não pode ser deitado para o lixo no julgamento, a realidade é que a canalha continua com a vida muito facilitada. Dizem-me, …..ah….estamos como em outros países, não é diferente. 
e……nada disso interessa……

Vejamos o caso das fraudes fiscais, do enriquecimento sem se perceber de onde veio. Devia acabar-se com esta pouca vergonha de uns pequenotes levarem uma vidoca e rirem-se na cara do cidadão comum, e depois ainda é o Estado que tem que provar que eles fizeram marosca. Continuam aí pequenotes que acham bem a exibição pornográfica de certos padrões de vida e haver depois correspondentes (???)  declarações  fiscais de prejuízo.
Claro que a justiça não pode ser vingança. Mas os arautos que por aí andam, sejam os donos da ética republicana (não aplicável nas savanas africanas) sejam os justiceiros e donos da moralidade, não creio que tenham denunciado e chamado à atenção para a necessidade da actividade bancária dever ser profundamente escrutinada, com legislação apertada, incluindo para a vigilância de movimentos bancários de maior volume e praticados por todos os titulares de orgãos de soberania, por todos os autarcas, por todos aqueles com responsabilidades políticas. E os seus advogados. Repare-se que ainda fica de fora quem possa fazer movimentos e ser pombo-correio!
Claro que para as aves canoras que se “esquecem" de declarar proventos vultosos e depois pedem subsidiozinhos porque estão a levar uma vida difícil, (há quem diga ser difícil viver em Lisboa com 3000,00 €) estas coisas serão um atentado à vida privada e afastará da política os melhores.
Se tivessem um pingo de vergonha na cara deviam calar-se por vários meses.
mas……nada disso interessa……

Trazendo agora para aqui mais uma parvoeira emitida pelo actual primeiro-ministro - "os políticos não são todos iguais" - mais uma vez perdeu uma boa oportunidade para estar calado. 
Porque apesar do gozo interior que legítimamente estará a sentir com a prisão do seu antecessor, a realidade é que se tivesse sentido de Estado estava caladinho. Acresce que o seu passado não parece ser brilhante, pelo menos tem muita falta de memória. Depois, disse um rotundo disparate pois, a meu ver, a frase correcta seria -  "os políticos são quase todos iguais".
Discordo muitas vezes do historiador e comentador Pacheco Pereira, mas creio que as suas declarações quanto ao caso foram bastante acertadas.
Agora, não me falem em arrogância das magistraturas. Discordo completamente destas repetidas cenas das detenções em directo. Mas por outro lado creio compreender a voracidade dos media. Aliás não haverá sociedade saudável e equilibrada sem comunicação social, que se deseja livre e independente. Mas creio faltar nesta questão o equilíbrio.
Ah……bem..........nada disso interessa…… 

Não me falem que estamos perante um caso político. A pouca vergonha dos Gold também é caso político? A Tecnoforma também? Antes era crise de regime, agora é político! Que pachorra!
Neste “folhetim" do momento, para além do que atrás expendi, nada me surpreendeu, no que ao histerismo e seus autores respeita. O ataque à actual PGR está lançado violentamente por Mário Soarese. Não espanta. Lançaram logo vários “meninos” no coro do “chefão”, - "todos os democratas estão imensamente preocupados”. Para Mário Soares, como de costume, só os que pensam como ele são democratas.
Demasiado poder nas mãos de uma só pessoa”, notável esta afirmação. Admitamos que o juiz Carlos Alexandre tinha sido prepotente, incompetente, tirano, etc,…..Pergunta-se, não há avaliação da decisão do juiz, acima dele, perante recurso do detido/seu advogado? O que qualquer pessoa decente pode ler deste tipo de afirmações, e era aquilo a que estavam habituados, “temos é que lá pôr alguém que arquive tudo”!
Decência e justiça, é o que desejo. 
Ah.......ok.......mas nada disso interessa......

A mim e certamente à D. Celeste, preocupa-me pouco que detenham poderosos. Preocupa-me mais que o ónus da prova não seja legalmente modificado. Preocupa-me que se demore tanto tempo a chegar a conclusões. Preocupa-me muito que as pouca vergonhas com PPP’s feitas no tempo de Sócrates não tenham sido atenuadas por este governo, e temo muito que assim continue com o próximo governo. Preocupa-me muito que a comunicação social proceda a este lamentável estardalhaço mediático mas, por exemplo, não estude e aprofunde as coisas, e diga à gente por exemplo, quantas das 50 000,00 casas o grupo Lena já fez e entregou à Venezuela. E por aí adiante.
Preocupa-me a imoralidade que grassa. Colarinho branco de uma camisa cola bem com um comparsa de almoço de barba branca, para paparem na zona do Terreiro do Paço, mas não cola tão bem com os mesmos bitaites de cada um deles mais tarde em canais diferentes de TV. Não defender como era costume José Sócrates e defender o seu condutor cheira-me a grande esturro, mas devo ser só eu que acha estranho. Quem paga a conta modesta que se imagina? Claro que é por aí, pelo condutor,  que vão tentar desmontar o caso.
Ah……nada disso interessa……

Enfim, tens razão Agostinho da Silva - "e se se deixassem de merdas"? Uns e outros?
.......é isto e nada mais...........pintassilgos não são pardais.   Mas anda aí cada passarão.........
AC

Em tempo (26Nov) - interessantes certos factos: primeiro não fomos contactados para o defender; agora a multinacional entende que não pode manter o vínculo com o detido.

Em tempo (26Nov pm) - acabo de chegar a casa, tendo ouvido no rádio do carro partes de declarações de Mário Soares, creio que após visitar o ex-PM agora detido em Évora. Nada de espantar, e não é uma questão da idade. Ele sempre foi assim. Pela minha parte, todos os PM após 25 de Abril fizeram coisas como deve ser e outras criticáveis. Admito que todos estivessem convencidos de estar a pugnar pelo bem do País. Dizer que houve algum ex-PM EXEMPLAR só classifica quem o afirma.

sábado, 22 de novembro de 2014

A porcaria
 Fez a porcaria, ainda que pareça não ser crime; é uma ave.
 Mas afinal é uma ave especial, um passarão......que se regozija com a porcaria que fez e continua a fazer........
E, pelos vistos, ainda se zanga porque lhe chamam à atenção. Estes passarões que andam por aí à solta!!!!
AC
PAVÕES
Este pavão preparava-se para levantar voo; já não foi a tempo, cacei-o!
 Este pavão tem uma cauda linda. Sussurrou-me que era emprestada. Não acreditei.

AC
Senso e ausência de vergonha. O bloco dos interesses.
Ontem ouvi talvez menos de metade da "prestação" (????) do Dr Paulo Portas na AR. O que ouvi nada me espantou. Pelas notícias que de vez em quando pesquiso via NET fiquei a saber que dois senhores (???) do conselho de administração da AR propuseram o regresso de subvenções aos políticos. Pela TSF, hoje, ouvi o provável PM em 2015 dizer que estas coisas só podem avançar quando houver um amplo consenso. Também já percebi que um daqueles senhores (agora com mais ???????????????) anunciou a retirada da proposta, baseando-se em bom senso. Acresce que andam por aí rumores que a coisa até teria sido primeiro falada entre o actual PM e o seu provável sucessor.
Tudo visto e ponderado, restava dizer o que aqui não devo expressar.
Senso? Se algum exemplo fosse preciso para aquilatar do calibre desta gentalha, desta canalha, que vai procurando extinguir Portugal, os últimos dias foram pródigos e demonstrativos da ausência de vergonha destes politiqueiros pequeninos.
Numa coisa Guterres tinha razão, isto é um pântano imenso. Até têm a lata de dizer que concordam com a proposta mas não é uma questão prioritária.
Sabem o que é prioritário? Os portugueses abrirem os olhos, mas infelizmente a esmagadora maioria diverte-se com o futebol e a acreditar em milagreiros. Esperem por Outubro próximo.
AC
PORTAS


Como podem ver por mais estes 3 exemplos, que se seguem a outras fotografias de portas no passado aqui publicadas, andando por aí encontram-se muitas portas, de estilos, perfis, aparência, e estado de manutenção muito diferentes. 
Esta última, ainda que a pintura esteja razoável, quase parecendo fatinho de cerimónia oficial, é mais um caso confirmando que há portas que são mesmo uma vergonha. No mínimo pelo que aparentam. Vá lá saber-se o que por trás se esconderá mais!
AC

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Chapéus há muitos
Temos horas felizes e outras de amargura, tomamos boas decisões por vezes ponderámos pouco as consequências, ás vezes estamos inspirados outras não.
Na sequência do meu cumulativo desejo de publicar fotografias e evitar causar danos no plano do direito ao autor do blogue que durante alguns anos com muita amizade e generosidade acolheu os meus escritos alguns de grande revolta, decidi abrir um blogue só meu, o que fiz a 11 de Dezembro de 2013. Foi preciso escolher nome. Bem ou mal, “Chapéus há muitos” surgiu na sequência de ter revisto um, para mim extraordinário, filme português do passado. E pareceu-me que até assentava bem em relação à minha/ nossa envolvente.
Existem de facto muitos tipos de chapéus. Alguns exemplos: coco, cartola, aba larga, panamás de vários tipos, borsalino, cowboy, trilby, safari. Existem também boinas. Mas quanto aos chapéus, o chapéu tradicional/ clássico tem aba, cone ou copa, laço ou fita e coroa.
Além disso, existem ainda os “chapéus ou barretes" que em sociedade "uns enfiam e outros não". Eu tenho muito bonés e cinco chapéus.
Vem isto tudo sobretudo a propósito da bandalheira que grassa por aí. Vejo muita gentinha pequenina a dizer que não enfiam este ou aquele chapéu mas, olhando bem para essas criaturas, estão sempre de cabeça coberta e, em alguns casos, com o chapéu bem enterrado até ás orelhas. Lamentável a ausência de vergonha e a falta de pudor que têm a lata de ostentar na comunicação social.
Não é crime entrar numa pastelaria ou em casa de alguém com o chapéu na cabeça e mantê-lo. 
Não é crime à face dos códigos do direito mas, para começar, e podem dizer que é dos meus quase 67, é uma enorme falta de educação. Acresce que, não reconhecer a falta de educação, revela bem que não entendem normas de conduta, nunca tiveram ou perderam referências, e como devem ter muitas amizades das mesmas ordinárias maneiras não entendem, ou fingem não entender, os que lhes apontam o dedo. 
Continuam impantes na sua impunidade, pesporrência, amiguismo. Acresce que, lamentavelmente, e este é um ponto decisivo, as fábricas de chapéus acham que lhes basta fazer os chapéus mas não têm o dever de ensinar boas maneiras de conduta em sociedade, distribuindo ao mesmo tempo os guias da boa educação e do respeito para com os outros concidadãos quanto ao uso dos chapéus.
Por isso estamos como estamos.
Boa noite e boa sorte.
AC

A pouca vergonha nos nossos dias
A pouca vergonha abunda, grassa, aumenta. Ainda há pouco, num "zapping" pelos jornais via NET, dei de caras com um video indecoroso, evidenciando os "modos cordiais e educados" entre um secretário de estado e um deputado presidente de uma comissão parlamentar. Um nojo. Tudo isto me remete para o ocaso da sociedade portuguesa, numa progressão que cada vez mais temo seja irreversível. Oxalá me engane. Ao menos a fotografia abaixo creio que é bem mais decente.

......é isto e nada mais................pintassilgos não são pardais!
AC

terça-feira, 18 de novembro de 2014

A propósito dos cantares na comissão parlamentar de inquérito em curso
Ontem não gastei quase nenhum tempo em frente ao canal da AR. Hoje à tarde tenho estado a ver grande parte da prestação do presidente da CMVM, Dr Carlos Tavares. Terá alguma responsabilidade, aqui e ali, poderia ter tido melhor desempenho, aqui e ali. Mas, pessoalmente, tiro-lhe o chapéu.
Arrisco dizer, que estamos na porcaria em que estamos por força da legislaçãozinha ao longo de décadas cozinhada entre escritórios e AR.  Por alguma razão, sendo certo que por lá também muita porcaria existe e subsiste, nos EUA e no Reino Unido tomam diferentes caminhos e "lixam" alguns bandidos. Não todos, é certo. Mas cá, nenhum! Claro que com multas ridículas as quais, ao que foi dito, os tribunais reduzem drasticamente, o lamaçal é para continuar.
Desgraçado País.
AC

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Há quem cante de galo. Outros arrotam postas de pescada. Outros não têm classificação.
Cantas de galo, diz o povão.
Dispus-me a ouvir um pouco o início da comissão de inquérito parlamentar acerca do problema à volta do intitulado (e parece que com muito proveito) dono disto tudo. Desisti ao fim de meia hora. Não me levem a mal.
A meio da tarde, creio que eram quase 1600, voltei ao canal da AR. Voltei a não aguentar muito tempo.
Como a voz popular, cantam (todos) muito bem, mas não me encantam. Ao menos o galo da fotografia não canta, mas tem dignidade. e tem uma boa história, ao contrário da maioria dos que andam pelo parlamento, os do sítio e os que lá vão periodicamente.
Boa noite e boa sorte
AC
Por aí

AC

domingo, 16 de novembro de 2014

Cada vez acho mais piada aos nossos jornalistas de referência
A propósito da demissão do Dr Miguel Macedo, demissão / confirmação a que consegui assistir em directo porque fui chamado à pressa á sala, tenho estado a passar pelas mais variadas notícias e comentários via NET.
E acho por exemplo imensa piada a este tipo de frases - ....."afectou seriamente a credibilidade de uma polícia, de vários serviços do Estado e lançou a confusão nos serviços de informação. E é isso que tem de ser resolvido de uma forma célere".
Acho imensa piada a estes jornalistas. Claro que a situação agora vinda à tona afecta a credibilidade de muita coisa e muita gente. Mas, só agora é que essa credibilidade está afectada?
Tenham vergonha, e vão estudar, estudar as sucessivas alterações aos serviços de informação desde a sua criação, estudem as sucessivas nomeações para esses serviços. Vejam as ligações políticas e outras. Vejam nos sucessivos SIS, SIED, SIEDM, SEF etc a permanência de chefias intermédias e superiores, por exemplo.
E é isso que tem de ser resolvido de uma forma célere. De forma célere? Como assim, corrige-se o que está podre há décadas num abrir e fechar de olhos?
Em Portugal, na sequência do 25 de Abril, criou-se o mito de que, para lá das habituais PSP e GNR, se podia e devia viver sem polícias especializadas, sem instituições de segurança ao mais alto nível do Estado. Depois de um tristemente célebre assassinato salvo erro em 1987 ou 1989, começaram a pensar na segurança de altas individualidades e por aí fora. Mas sempre com jogos de cintura, com compromissos politiqueiros e de lojas, brincando com coisas muito sérias. Que deviam ser muito seriamente encaradas, como no reino Unido por exemplo, se o nosso País não se tivesse transformado numa triste ópera bufa.
O resultado está á vista.
A seguir, deve vir aí com ar de grande estadista o PM indicar que está tudo bem, é só substituir o ministro. Lembrando Agostinho da Silva e perdoem a linguagem menos limpa - e se se deixassem de merdas? E já se vai muito tarde, digo eu.
AC



Por aí.
Que diferente, quando está Sol.

AC
Por aí


AC
Por aí

AC

sábado, 15 de novembro de 2014

Coisas peculiares em Portugal

Neste desgraçado País, quando nos atrevemos a pesquisar notícias na internet, encontramos sempre coisas peculiares. Umas pequeninas outras maiorzinhas.
Fui sempre servidor do Estado, nunca tive quotas em empresas. Mas de certeza que se fosse sócio de alguma, e ainda que sem intervenção directa na gestão corrente, não assobiaria para o ar em relação ao negócio no qual tinha uma quota.

Fui sempre servidor do Estado. Tive chefias várias, agradaram-me mais umas que outras, como presumo acontece em todas as profissões. Mas uma coisa é certa, se me perguntarem com quem comecei a vida activa/profissional, sei dizer quando foi, onde, e o nome do chefe de então. Parece-me curioso haver quem se esqueça do nome daquele que lhe deu a mão no início da carreira profissional/política. Mas o que se vê mais por aí é gentinha miudinha, manhosa, e não agradecida.

A vida proporcionou-me ter uma casa numa aldeia na Beira-Interior. Se eu fosse como certos pantomineiros que por aí andam, quando me interrogassem sobre ela diria - Ah é um pequenino palheiro, que herdei, só dá para guardar umas bicicletas!!

O mais alto magistrado da Nação ( é de facto alto), a propósito da indústria do calçado, pareceu-me que elogiou os empresários, e bem, acho. Talvez tenha visto mal, mas pareceu-me que podia ter dito alguma coisa equivalente quanto aos trabalhadores.

Futebol. Vi que Portugal marcou um golo hoje, sofrido. Ainda bem, e digo isto com sinceridade, apesar de eu ligar pouco ao futebol. Desgosta-me que o considerem quase só o DESPORTO. Temo, que dificilmente nada melhor definirá o terceiro mundismo de um país do que a sobrevalorização do mundo do futebol, no contexto geral dos acontecimentos e problemas da sociedade.
AC

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A propósito das sucessivas broncas neste desgraçado País

Haverá quem se indigne com as broncas dos últimos tempos, ligando-as aos actuais mafiosos no e ligados ao governo. Haverá quem as ligue aos anteriores mafiosos, dos anteriores governos e clientelas. Eu prefiro acreditar que tudo isto, independentemente das cores dos envolvidos nas pouca vergonhas das últimas décadas, tem mais a ver com a vergonha que é o sistema de justiça, com a fraqueza de meios para investigação e a pouca vergonha das sucessivas e cirúrgicas alterações legislativas, cirúrgicas porque ao longo dos anos entre prescrições e outras manobras, foram salvando malandragem sem conta. E depois as posturas mafiosas, baseadas na certeza da impunidade, baseados nos exemplos maus de quem devia dar bons exemplos, como por exemplo ex presidentes da república, tudo junto dá o caldo a que se continua a assistir.
E depois, e que não é de hoje, o interessante e constante cruzamento e colocação de figuras nos mais diferentes patamares da máquina do Estado, com ligações partidárias várias e de negócios e familiares e de alcova. Poucas vergonhas de há décadas. Doutores e doutoras da mula russa! Bem pregava Agostinho da Silva:

Queria que os portugueses
Tivessem senso de humor
E não vissem como génio
Todo aquele que é doutor

Sobretudo se é o próprio
Que se afirma como tal
Só porque sabendo ler
O que lê entende mal.

António Cabral (AC)

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A propósito de economia, investimentos, desenvolvimento.

Alguns, periodicamente regressam aos arquivos pessoais, ou de amigos, pesquisando aleatoriamente ou a propósito de tema específico. No caso, tenho andado a folhear jornais antigos e outros relativamente recentes, disponibilizados por um amigo a propósito de"obras". Há pouco, "encalhei" no suplemento de economia do Expresso de 12 de Abril deste ano, página11.
Lá está o PETI, plano estratégico dos transportes e infraestruturas, uma listagem de investimentos prioritários até 2020.
Pode dizer-se que é uma agendazinha deste governo (pois são só 6 anos)? Não faço ideia.
O que gostava de saber é que estudos profundos foram feitos pelo prisma AEA (de que já falei em posts anteriores) para lançar tudo isto. Deve ser pouco diferente dos estilosos anteriores, há décadas lançando rodovias e outras tretas sem visão profunda pelo País, num todo.
Cereja em cima do bolo, acerca das obras, e olhando à referência já citada, a linha do Norte teve já 17 anos de sucessivas modernizações, com um custo de 1300 milhões de euros, encurtando a viagem Lx-Porto em 55 minutos.
É fazer as contas, como dizia o outro. Dá 23,64 milhões de euros por cada minuto poupado. Leram bem!
Por estas e muitas outras ao longo de décadas é que estamos como estamos. Quase de rastos. Mas sempre deu para gaúdio de pantomineiros darem várias voltas ao planeta no total das suas exóticas viagens!
AC

O guarda-chuva e o RR (Rolls-Royce)

Existe pelo menos um modelo de RR que tem incorporado numa das portas um magnífico guarda-chuva.
Vem isto a propósito daquela marota definição de banqueiro - "o homem que te empresta um guarda-chuva quando faz Sol e to tira quando chove".
Uma grande injustiça, está definição.
Porque, apesar do gc emprestado estar bastante esburacado, ainda assim dá uma protecção residual contra o Sol,  ajudando a prevenir problemas de pele. Tirar-nos o dito gc quando chove é uma boa acção pois, chovendo e com vento, não só ficamos molhados na mesma como podemos arranjar um problema no braço ou no pulso com a força exercida para aguentar tão esburacado utensílio.
Já o banqueiro não tem grande problema com as intempéries ou o Sol, pois o seu gc enfiado na porta do RR não só é leve como tem o condutor para o ajudar a segurar o gc. Claro que, pequeno detalhe, para ter o sofisticado gc é requerido comprar o tal RR. Uma maçada.
Declaração de interesses: a meu ver, sociedade contemporânea, civilizada, desenvolvida, requer sistema bancário sólido, sem o qual a economia se ressente. Mas a mesma sociedade, se for civilizada, desenvolvida, e com políticas claras e concretas no sentido da gradual diminuição das injustiças e desigualdades entre os cidadãos, terá também um forte sistema de justiça e sistema regulatório que, com rapidez e eficácia, meta juízo nas cabeças dos que se tenham por donos disto tudo ou, se necessário, os meta a ver o Sol aos quadradinhos, poupando-os a terem que segurar um guarda-chuva. Como se constata neste desgraçado País.
Somos todos do mesmo barro, mas não da mesma fôrma. Mas devemos ser todos iguais perante a lei.
AC

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Quando deviam nunca falaram verdade, apesar do que sempre apregoam.

"quando um País compra ao estrangeiro muito mais do que aquilo que lhe vende, a diferença tem que ser financiada ou por empréstimos ou pela entrega de activos que nós possuímos, e no passado nós acumulámos grandes desequilíbrios externos" ( PR Cavaco Silva, Nov 2014).

Esta é uma verdade obviamente indesmentível. Mas uma verdade que explicitamente como agora nunca foi duramente dita aos portugueses depois do 25 de Abril.

Mas tal como o PR perguntou a propósito da PT, o que andaram gestores e accionistas a fazer, cabe perguntar porque, enquanto foi primeiro-ministro, nunca colocou desta forma clara as coisas aos portugueses?
E quanto aos antecessores dele enquanto PM nem vale a pena falar, como em relação a todos os PM até ao presente.
Este é, a meu ver, porventura o maior problema deste desgraçado País. Nunca falam verdade na altura própria. Resguardam-se, aldrabam, mentem, saltam para o poleiro, e depois logo se verá. Vão envelhecendo, arranjam manhas de se constituírem "senadores da República".

Já é tarde, já estamos muito atrasados, mas Agostinho da Silva vem mesmo a propósito: é se se deixassem de merdas?
AC
O que fazer?

"What we will do, when we can no longer perform meaningfull work?
There is always management"

Nos partidos, cada vez mais, começam muito cedinho, nenhum "work", apenas "management", da carreirinha, do compadrio, do nepotismo.
Como se resolve isto?
AC

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Sempre a enganarem o pessoal!

"Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo. Podeis mesmo enganar alguns para todo o tempo. Mas não vos será possível enganar sempre toda a gente".

Em Portugal continua quase toda a gente a gostar de ser enganada.
Agora é que vai ser, este sim, vejam as medidas que já tomou,.......o que já explicou.........., o que vai fazer..................

Jeeeeesuuuuuuusssss,   Como dizem os bifes.
AC

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Foge........depressa.........que estão a chegar os russos..............
Foge, olha além Tupolev furtivos, já a voar baixinho,....estão a observar-nos!
................Isto é que vai uma desgraça, só nos faltava acontecer mais esta..........
Mas,.....ahn, .....olha lá,
oh meu pateta,.....SÃO GAIVOTAS!
AC
Ai que eu sou um "ganda" ministro da defesa nacional.
Está com o mesmo à vontade, no gabinete no edifício do Restelo, a ser entrevistado na TV ou mesmo só questionado na rua, ou sentado em Vila Nova de Cerveira como comum cidadão. Mas pelo que vou vendo, inclino-me mais para a displicência inconsciente. Com uns pózinhos de outros defeitos intragáveis.
É muito ufano da sua reforma 2020 mas, se em minha opinião várias coisas eram necessárias fazer na sua formal esfera de acção, salvo melhor opinião, era capaz de ser mais avisado não estar tão ufano.
Vem isto a propósito dos "bitaites" pela jactância com que tem falado sobre a musculação nacional sobre os invasores russos.
Primeiro os F-16, depois a história do navio de investigação russa. Os jornalistas portugueses, com a sua habitual ligeireza, deixam passar tudo em claro.
Primeiro, quanto aos F-16 e intercepções efectuadas. Podiam ter perguntado ao ministro (que, como os antecessores, não é da defesa nacional, é só das forças armadas) quantos aviões estão lá fora (zona da Finlândia?), quantos existem neste momento em Portugal e desses quantos estão operacionais, a sério. Porque sempre houve canibalização. Podiam ter perguntado se é o sistema radar nacional que detecta ou não intrusos no nosso espaço aéreo ou se estamos sempre à espera de alertas da NATO. Enfim podiam ter perguntado tanta coisa!
Quanto a navios, antigamente, eram dadas ou recusadas autorizações para períodos de investigação científica dentro da nossa ZEE. Depois havia vigilância sobre isso, pelos navios de guerra e pelos nossos aviões. Podiam ter perguntado isso ao ministrozinho, e pedir-lhe para explicar se o russo estava a bordejar as 200 milhas, se tinha entrado um bocadinho, se era dos que estava autorizado e estava a abusar mais uns dias depois da licença caducada, etc.
Os jornalistas têm o ministro e interlocutor que merecem, e vice-versa.
Nós, comuns cidadãos, é que merecíamos melhor sorte.
AC

Em tempo: sobre este tema, muito se mais se poderia dizer, pelas mais variadas perspectivas. Mas seria fastidioso e longo, num só texto. Acrescentarei apenas mais umas palavras, para ilustrar mais o meu desgosto pelos politiqueiros nacionais e por vários na Europa.
A meu ver, nunca se deve esquecer que nada é por acaso, nada é tão simples como parece, nada é tão complexo como por vezes se afigura.
E quase tudo se vai desenvolvendo lenta e paulatinamente. Mas isto, claro, do lento e paulatino, só para quem tem pensamento de facto estratégico. Na Europa, e sobretudo depois da queda do muro de Berlim, tudo passou a ser um mar de rosas. E muitos rosáceos engalanaram em arco. E logo surgiu a famosa discursada da paz para sempre, a política europeia de segurança que tantas loas foram ecoando, mas os bons europeus trataram foi de retirar o mais possível o dinheirinho dos respectivos ministérios de defesa nacional.
Por cá, o desastre foi ainda maior, com muitas discursatas e conferências de politiqueiros e militares, com uns "facilitanços" de comissões na estranja, que sempre foi dando para descomprimir os quadros das forças armadas, com os seus fracos vencimentos nacionais, e com o progressivo desinvestimento material.
Tenho Putin na conta de um grande malandro, mas não de parvo.
O resultado das doces intenções desde a queda do muro começa a estar cada vez mais à vista.
Por cá, devem estar à espera de ver um arroto francês do tipo - "la grandeur de la France"....- para darem também uns arrotinhos mais fortes. Entretanto, vão treinando. Basta de facto ouvir o ministrozinho das forças armadas e algumas piedosas comentadeiras.
AC



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Um indicador do nosso atraso?
Como este exemplo, em Lisboa, no casco velho, existem imensos. Em Lisboa, em outras cidades, em vilas, e em aldeias então nem se fala.
Não sou jurista, não sou senhorio, nem inquilino.
Quando ouço e leio os folhetos/ separatas e artigos sobre construção civil, recuperação de imóveis, etc,  recordo que esta conversa da treta decorre há décadas. Naturalmente que se devem acautelar interesses, direitos, de todas as partes.
Mas, então o interesse geral da sociedade, a manutenção de património?
Vim isto a propósito do estado calamitoso a que chegaram edifícios vários, por todo o País, mas também por verificar editais colocados por uma Câmara Municipal de uma vila, nas portas de casas velhas abandonadas. Editais que, creio, mostram que existe legislação suficiente para se actuar contra o desleixo e o abandono. Mas, claro, alguns edis não querem incomodar certos donos de imóveis, vá lá saber-se porquê. De certeza que não é só porque algumas pessoas, infelizmente, estão numa fase difícil e não podem abalançar-se a obras de recuperação. Mas, foi sempre assim?
AC