terça-feira, 31 de maio de 2016

ALMOÇO, caseiro, simples, pelo CHEF cá de casa (cozinha quase tão bem como a cara metade)
Espinafres como acompanhamento; passados por um fio de azeite com dentes de alho, uma pitada (pouca) de sal.
O prato é receita da minha lavra. O que observam é uma espécie de "calzone", uma espécie.
Começo pelo recheio, isto é, REDON (restos de ontem).
Eram fatias de carne assada, que cortei em pedaços pequeninos, e que aqueci com o molho por forma a deixar gorduroso sem ser molhado, pois daria cabo da massa. Depois misturei com o resto dos brócolos de ontem, cortados em pedaços. Em síntese fiz um recheio que ficou húmido sem ser empapado.
Quanto à massa, (de que coloquei uma rodela no fundo da tarteira de silicone, para servir de base ao recheio,  e com outra rodela cobri, dobrando depois a parte de baixo para a de cima de modo a fazer uma espécie de costura) é muito simples:
- farinha em cima da bancada (+/- 1 chávena leite p/almoço), um buraco ao meio para, pouco sal, um ovo inteiro, uma colher de sopa de margarina líquida; mistura-se tudo. Dependendo como a coisa correr, pode usar-se um pouco de água, ás vezes até uma pitada de nata magra, equilibrando com farinha.
O resultado pretendido é uma bola fofa, que não seja demasiado mole e pegajosa nas mãos, nem dura. Frigorífico com ela (30/40 min).
Depois é estender com o rolo da massa (continuo a usar o velho rolo de madeira, prenda de casamento). Arranjar a forra para baixo e para cima como já referido supra.
A companhia, óptima como sempre. O vinho era do Douro; por pudor não digo a marca, mas é extraordinário, menos no escaldante preço. Bom apetite. Ah, atenção, inveja é pecado.
AC
PS: copo branco, de porcelana fina, chávena sem pega, oferta/prenda do filho mais novo, onde se bebem bons chás
Em Tempo: esqueci-me, forno a 190º. Calor por baixo e por cima, tarteira ligeiramente abaixo de meio do forno. Quanto ao tempo, fui controlando pelo vidro, retirei quando a massa estava loira. Assim como se vê na foto, estava estaladiça ao meter a faca. Crocante, como dizem os "espertos".

LEGISLE-SE COM URGÊNCIA
Determine-se por decreto do Governo, com urgência e efeitos imediatos, que a economia passe a ser mais forte e que surjam mais empregos. RÁPIDO!
Ah, e com previsão de penalidades se dentro de três meses isto não estiver com rumo diferente.
A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, afirmou hoje que é muito "tímido" o crescimento da economia no primeiro trimestre e que é preciso uma "economia mais forte" e "mais emprego".
São tao engraçadas estas cachopas.
AC
MAU MAU, MARIA, AI, AI, AI, Sr Ministro da SAÚDE
O senhor Ministro não está imbuído do espirito do tempo novo. Veja lá, tenha cuidado!
Médicos querem horas extraordinárias pagas a 100% e ameaçam com greve. "Não podemos dar tudo a todos ao mesmo tempo", diz o ministro da Saúde.
AC

POR AÍ
AC

segunda-feira, 30 de maio de 2016

BERLIM
Berlim evoca muitas coisas. Era eu menino e moço, há sessenta anos, deliciava-me com umas bolas de Berlim de Cascais, e outras nas praias. Evoca-me o nazismo e horrores perpetrados por Hitler e seus sequazes. Muitas pessoas continuam a considerar que tudo isso se passou como se todo o povo desconhecesse e não colaborasse ou anuísse. A velha história - "ai se eles soubessem".
No presente, Berlim lembra-nos que é o motor económico da Europa, que manda na Europa, por muita azia que cause à "La grandeur de la France" ou à "velha Albion".
Vem isto a propósito da viagem do PR em visita oficial a Berlim.
O PR anda de certa maneira a seguir certas pisadas de Paulo Portas isto é, a fazer viagens de diplomacia económica, em prol da defesa da economia, das exportações, e a lembrar que Portugal voltou a ser bom aluno. Oxalá com diferentes resultados.
Porventura o PR não se esquecerá, não desconhecerá até, as diferenças abissais entre Portugal a Espanha a Itália e a Grécia. Nos planos, geopolítico, geoestratégico, populacional, e económico.
O nosso PR é, certamente, uma pessoa encantadora, simpático, convincente, com enorme poder de argumentação, inteligente, espertalhão, mas isso não é suficiente para compensar os desequilíbrios da balança. E Portugal, é pequenino, um torrãozinho de açúcar Queiroziano, mas não convence. Não chega.
Pelas minhas contas, o que conta, o que vai contar a seguir a 23 de Junho próximo, é se a Espanha se vai inclinar à esquerda. Se isso acontecer, é mais que certo levar com sanções e nós também. Ah, mas Passos Coelho pugnou por aplicar as orientações de Bruxelas. Mas não chegou e, continhas feitas, em 2015 ainda ficámos acima de 3,00‰. O resto são cantigas.
Ah, mas no passado França e Alemanha furaram os 3,00‰. Não interessa.
Em Portugal tende-se a esquecer o passado, a génese do lamentável estado em que continuamos.
A este propósito lembro-me sempre daquele homem humilde, que aforrou, que andava de suspensórios, barba sempre por fazer durante dias e a tratar das suas mercearias e vários armazéns, a trabalhar de Sol a Sol. Mas aforrou, e mandou os filhos estudar para Coimbra. E, um dia até, emprestou dinheiro a um finório da terra, dito fidalgo, mas galdério, das chamadas boas famílias, mas trabalhar isso é que era bom. Claro, um dia a riqueza familiar do passado foi-se. Ajoelhou.
E o humilde, o labrego, andou sempre com a espinha direita. E os filhos formaram-se. E aprenderam a nunca dar passos maiores que as pernas. Não, não é ficção.
Aguardemos pelas eleições em Espanha.
Ah, e já agora, quanto a bancos, os nosso jornalistas económicos, com e sem laço, continuam uns queridos. Entre outras coisas, a nunca se insurgirem contra a pouca vergonha da malandragem ligada aos vários negócios e negociatas, quanto ao desaparecimento de dezenas de milhões de euros há anos, quanto à pouca vergonha de passarem os anos e não há culpados. Da pouca vergonha na CGD estou convicto de que nunca haverá culpados. Foi alguém de Marte. Ah, e como se estas pouca vergonhas não se soubessem em Berlim e, em paralelo com desígnios obscuros de concentração bancária, estes escândalos não incentivassem a isso mesmo.
AC

domingo, 29 de maio de 2016

COISAS do PASSADO RECENTE
Mexer e remexer no que se foi guardando recorda sempre coisas engraçadas. Público, 28Nov1999, artigo de António Barreto, O Mestre das Tangentes, assim designando António Guterres: ".....Seria injusto visar apenas Pina Moura. Ele nada faria que Guterres não quisesse. E tudo faria que pudesse agradar a Guterres. ......O mestre das tangentes e abstenções, de ausências e de silêncios, confia na sua boa estrela. Acredita, piamente, como é seu hábito, na função salvadora do "se ele soubesse". Era já assim do tempo de Salazar.....Havia sempre quem, nas tertúlias dos cafés, perante misérias e opressões, teimava em suspirar: " Se Salazar soubesse, não seria assim!". A verdade é que Guterres sabe.
Um pequeno retrato, que me parece até pecar por defeito, da criatura que o actual PR eleva quase a figura de herói nacional. Como se ter sido um brilhante aluno no Técnico, ser um excelente orador, fossem suficientes para ser um estadista que, claramente, não foi nem é, como comprovam as lamentáveis provas dadas enquanto PM. As voltas que não deve ter dado no caixão o Professor Sousa Franco ao ouvir o que dizem de Guterres.
AC

PS 1: nada disto invalida que eu fique satisfeito se António Guterres conseguir o lugar na ONU
PS 2: tudo isto, do passado, se vai repetindo agora, com nuances. Tal como no passado, António Costa é bem do estilo "se ele soubesse"
UMA DANÇA A DOIS
Há momentos na vida que são muito saborosos. Ontem foi um desses.
Foi muito bom. Uma jovem e querida Senhora, filha de amigos, casou.
A Francisca e o João constituíram Família. Família, conceito que anda tão pontapeado por tanta gentinha. Foi um dia de festa, cheio, alegre e divertido. FELIZ.
Que tenham saúde, longa vida. FELICIDADES.
"Uma dança a dois". Um dia encontraram-se e descobriram que as suas danças dissimelhantes, quando executadas em conjunto, se sincronizavam de forma mágica............Os passos, os movimentos, tudo lhes parecia tão bem sincronizado que estavam convencidos que o nome da dança era AMOR.
AC
FRAGMENTOS do QUOTIDIANO

AC
Do passado recente, mais uma recordação
DN, 28JUN2000, Velhas raposas e uvas verdes, de Óscar Mascarenhas - ........Mário Soares perdeu uma bela ocasião para não mostrar o pior de si: o ressabiamento egocêntrico que se manifesta em epítetos sardónicos que distribui sobre quem pensa ser a causa dos seus males. Ironia do destino: quanto mais sente que se afasta - ou o afastam - do centro do poder, mais parecido ele fica com Cavaco Silva na inconformação e no azedume.....Houvesse dúvidas sobre os méritos da harmonização fiscal conseguida e elas ter-se-iam dissipado por completo depois de ouvir Marcelo rebelo de Sousa, na sua prédica incendiária de Domingo na TVI. Foi um tão grande "ah, mas são verdes" que deixou tudo claro quanto às intenções do raposo.....Em primeiro lugar porque Marcelo abandonou a sua posição de analista para se assumir como um sniper de campanário pronto a abater as duas únicas personalidades políticas que o derrotaram e amarrotaram o seu ego: Jorge Sampaio e António Guterres".........
Mais um exemplo elucidativo e esclarecedor, sobre as verdadeiras razões porque Portugal chegou ao estado a que chegou, à conta desta gentinha toda que se governou/ governa e nos estiola, há décadas, há séculos. E assim continuará, infelizmente!
AC

sábado, 28 de maio de 2016

COERÊNCIA, POIS.
Pacheco Pereira, 20JUL2000 - "O que o PS tem estado alegremente a destruir é a frágil, fragilíssima criação, débil e fugaz como se vê, de tudo o que lembre uma cultura de responsabilidade social e de disciplina autoconsentida. Quem conhece a nossa história moderna sabe que são ideias difíceis para Portugal, que implicam perceber que vivemos acima das posses e que só trabalho pode superar o nosso atraso.Ideias completamente impopulares, naturalmente impopulares nestes tempos de demagogia triunfante. É verdade que, nos últimos anos, o PSD também deu uma considerável contribuição para essa erosão.............
Afinal, Passos Coelho, de que pessoalmente não gosto, é capaz de não ser o autor do "vivemos acima das nossas posses"!!!!!
Como isto tudo é engraçado. Não, não é, é lamentável.
AC
O SISTEMA GUTERRES
Mais uma das recordações: O Sistema Guterres, por Pacheco Pereira, Público, 6JAN2000 - ...."uma das cenas mais ridículas e elucidativas da política portuguesa passou-se na noite de ano novo e, como é costume, passou despercebida pela falta de espírito crítico e pelo conformismo que domina hoje os "media" face ao poder. Trata-se da decisão do nosso primeiro-ministro de ir passar a noite do milénio a caçar o inexistente "bug" do ano 2000 com grande aparato. Por singular coincidência em vez do "bug"  estavam ali por acaso umas câmaras de televisão.......que bom primeiro-ministro temos, que, em vez de ir festejar com a família e amigos, zela por nós.........Tudo foi ridículo......O poder hoje não controla os "media" dando ordens do gabinete, mas escolhendo as pessoas certas para os lugares certos no "serviço público" e tratando os patrões como "empresários" no sector privado........com a regra dos "media", uma das quais é produzir irrelevâncias........mostrando o irrelevante oculta-se o essencial............Pina Moura destrói o Estado e o último pacote de fundos comunitários..........perdendo a última grande oportunidade de fazer as reformas estruturais de que a nossa economia precisava............alguém fala disto?...........Ninguém, tão distraídos que estamos com o "bug"..........o engenheiro, aliás, agradecia que houvesse mais desses grandes "problemas" todos os dias. Pensam que não é assim? Mas todos os que sabem, sabem que é assim, daí este enorme afã para que não saibamos, nem nos preocupemos. Este é o sistema Guterres e já é uma rotina. Verdadeiramente, isto eles fazem bem.
ACTUALÍSSIMO!!
António Cabral (AC)

COISAS do PASSADO RECENTE
Há uma senhora jornalista cujo estilo e pensamento não são do meu agrado, mas respeito; chama-se  Constança Cunha e Sá. Nesta tarefa a que me venho dedicando periodicamente desde há algum tempo, arrumar, pesquisar, dar voltas a arquivos e papeladas, e caixas, em casa e na garagem, encontrei no Público de 15 de Março de 2007 a propósito do inenarrável ex-PM Sócrates, ou Pinto de Sousa como gostava de dizer João Jardim, as seguintes "partes" no artigo dessa jornalista, com o título - O estilo e a substância: "Em Portugal, há uma suave combinação entre o poder e a arrogância que leva invariavelmente ao mito e à hagiografia.........o que impressiona na biografia do eng Sócrates publicada, este fim-de-semana, pelo semanário Sol, é o imenso vazio em que se afundam as inúmeras qualidades atribuídas ao biografado..........José Sócrates, esse estadista de última hora, foi sempre um homem de aparelho, um cacique local que cresceu nos jogos partidários e se distinguiu nos golpes de bastidores..........O estilo do primeiro-ministro confirma apenas a sua falta de substância.
Para o meu gosto e entendimento sobre o que vem acontecendo em Portugal, penso que a senhora jornalista até se conteve muito.
AC

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Fotografia. Por aí


 AC




Um Jantar que recordo
Já foi há uns anos. Desde que rebentou o BPN, coincidência ou não, a vida deles complicou-se, estão divorciados, um divórcio litigioso e em que, à mistura, houve coisas ligadas aquele estoiro.
O jantar em casa desses amigos, agora cada um para seu lado, foi agradável e curioso também por causa de alguns temas de conversa. Os donos da casa, com quem nos continuamos a dar,  agora separadamente, tinham relações com figuras, melhor, alguns figurões, que por aí continuam a andar. Daquele tipo dos que iam frequentemente a certo sítio para depois conseguirem comprar coisas noutro sítio, dando como garantia o que não existia ainda de facto quando choramingavam no primeiro sítio. Por vezes, parece, a ordem de ir aos sítios era /foi inversa. Mas, como digo, o jantar foi gastronomicamente bom, infelizmente o ambiente entre o casal notava-se ser já estranho.
Vem isto a propósito do estado a que isto chegou, na banca nacional.
Explodiu o BPN, explodiu o BPP, explodiu o BES, seguiu-se o BANIF, duvida-se do Montepio, duvida-se do BCP, desconfia-se de outros, etc. Mas no etc, parece-me, a mim simples cidadão comum, pouco ou nada se mete a CGD de forma aberta, explosiva, condenatória.
E, curiosamente, se começarmos a somar os montantes que paulatinamente foram sendo lá enterrados, o resultado da adição dá números estratosféricos. Agora o governo tentará injectar 4000 milhões, e não é cêntimos.
Voltando ao jantar, ali se sabia, toda a gente sabe, a pouca vergonha que se passou e passa na banca, há muitos anos. Naquele jantar o João referiu com todo o à vontade, o tio X, e o outro tio Y. Por toda a gente leia-se, Banco de Portugal, políticos todos incluindo as esquerdas, todos os titulares de órgãos de soberania, todos os jornalistas ditos especializados em economia e finanças. Sim, porque isto de integrar torneios de golfe, ir a certas "vernissages", ir a certos jantares e almoços, botar discurso em fóruns e conferências, tem muito que se lhe diga.
Banca pública e privada, com denominador comum, má gestão. Má gestão dizem os entendidos, eu e provavelmente a maioria dos dez milhões de portugueses diremos - pouca vergonha, casos de polícia.
Para onde voaram milhões e milhões? Para os poucos, só para alguns, que são conhecidos há décadas, e que foram sempre os poucos a entrar nos gabinetes a chorar e apresentar "projectos". Dando sempre excelentes garantias. As tais IMPARIDADES.
À vista o resultado. Melhor, ainda não completamente à vista.
AC
Coisas do Presidente BARACK OBAMA
Para muita gente, de esquerda e não só, o presidente Americano é um farol.
Mas, palpita-me que, à boa e coerente maneira TUGA, discursos como o abaixo citado não passarão de verdadeiros disparates!!

PARA QUE SERVEM OS MILITARES?

"...É graças aos soldados, e não aos sacerdotes, que podemos ter a religião que desejamos.

É graças aos soldados, e não aos jornalistas, que temos liberdade de imprensa.

É graças aos soldados, e não aos poetas, que podemos falar em público.

É graças aos soldados, e não aos professores, que existe liberdade de ensino.

É graças aos soldados, e não aos advogados, que existe o direito a um julgamento justo.

É graças aos soldados, e não aos políticos, que podemos votar..."

BARACK OBAMA num MEMORIAL DAY

António Cabral (AC)

quinta-feira, 26 de maio de 2016

A demora a comentar

O Professor Vital Moreira é um dos mais acérrimos defensores do Estado Constitucionalmente laico. Há anos que escreve sobre isto, Um dos seus escritos interessantes foi até para dar uma estocada em Jorge Sampaio. Por essa razão e outras para mim ainda mais relevantes, sigo com atenção há anos o que ele escreve e diz (por exemplo, ouviu-o a defender o famoso acordo sobre o comércio internacional), ainda que dele discorde imensas vezes. Natural, portanto que eu registe certos detalhes, além de que releio periodicamente, peças suas ao tempo da Constituinte. Pelas minhas contas, VM demorou a saltar a pés juntos sobre esta história da mesquita em Lisboa. Demorou, o que é para mim curioso. Ainda que eu seja um simples e comum cidadão, acho que fez muito bem. O que se está a passar ultrapassa todas as marcas. E estou-me borrifando se um importantão mundialmente conhecido veio a Lisboa eventualmente por causa da mesquita, como me estou a borrifar para a quem esse senhor veio pedir cunhas. Que, para já, estão infelizmente a resultar. Apesar de revoltas várias e do vem na comunicação social há semanas, e de VM e eu próprio, aposto que a coisa vai para a frente. Grande presidente de Câmara.

AC
Já sabíamos, já esperávamos
Muitas vezes demagógico, nem sempre coerente, várias vezes desmentindo-se uns aos outros, reinterpretando constantemente, adaptando aos berros na rua, procurando nunca intervir com certas ferramentas que a lei dispõe como no caso do porto de Lisboa, dizendo muitas vezes meias verdades, mas já esperávamos que assim seria.
Como já esperávamos que desaparecessem de um dia para o outro os autores dos berros e dos insultos acerca dos problemas que subsistem repito, que subsistem, muitos dos quais não começaram com este governo e nem no anterior (embora os PAFianos tenham ajudado a muita porcaria).
É assim, já sabíamos, a tal comunicação social sempre dita que está dominada pela direita, mansa que nem cordeiro.
AC
A Propósito de VACAS
A manutenção de algumas coisas em arquivo tem algumas vantagens, embora ocupe espaço. Por vezes dá risota. Por exemplo: página 15, Única, Expresso, 23 Julho 2005.
Entre outras bonecadas tem duas vacas: a da esquerda com olhos a saltar das órbitas e dizendo - Eu tenho BSE. A da direita com olhos de contentinha e satisfeita e feliz, dizendo - Eu tenho BES!!
Podia lá o Expresso adivinhar nessa altura que a vaca com BSE ainda vive, hoje ?? Talvez, sei lá.
AC

quarta-feira, 25 de maio de 2016

AS 35 HORAS

Como era previsível, esta "dama" defendida pelo novo messias no seu empenhado papel de PM, ainda vai fazer correr muita tinta.
Qualquer garoto já sabendo fazer continhas, percebe uma coisa simples, e repito o que já disse anteriormente: se diminui o nº de horas de serviço, se pretende manter o mesmo nível e qualidade de serviço, então há que ter mais gente para assegurar esse mesmo tipo de serviço.
Portanto, mais vencimentos, mas despesa. Simples, mesmo para um infantil.
Mas não, António Costa QUER 35 horas sem mais despesa. Um querido, este politicozinho!!!
Repito o que já disse em outras ocasiões: não estou a discutir a bondade, a justeza da medida, se concordo ou discordo. Como dizia o outro, é só fazer as contas.
De maneira que, inspirado neste chefinho do executivo, afirmo alto e bom som - apesar do meu vencimento de reformado quero um Porsche 911 4S!!! PRONTOSSSS!!!
AC


ADENDA em 26 MAIO
A saga continua. A dependência da coisa, as medidas de compensação que poderão ser encontradas, etc. Como tudo isto é curioso, porque engraçado não é. Diz-se por aí que o governo está inclinado a dar tempo às pessoas, evitando assim o aumento de despesa. Se forem de férias e ninguém substitui para não haver mais despesa a qualidade do serviço mantêm-se, não é? CLARO!!!!
O meu problema enquanto cidadão, é que este governo está cada vez mais inclinado, e creio que não faltarão muitos meses para acontecer o que se vê suceder aos barquitos que andam a atravessar o Mediterrâneo na candonga de seres humanos. O problema é que quem fica na água à espera de bóia de salvação somos nós e não estes políticos de pacotilha. Impasse. Inclinação. Ausência completa de vergonha na cara. Estes governantes. Os anteriores. E por aí fora.
A lata é imensa - e o primeiro-ministro, António Costa, disse que é mesmo para aplicar na data prevista.
Não saímos disto. Que País desgraçado, há décadas, mas desde 1700.



FERIADOS

Sem pretender insultar o anterior PM, Passos Coelho, uma das várias parvoíces que concretizou foi o acabar com os feriados. Certamente por culpa minha, mas continuo a não encontrar em nenhuma das áreas políticas/ coloridas do nosso firmamento, nenhum estudo sério a elucidar o que se ganha ou perde em função dos feriados. Foi, é a minha opinião, uma das várias burrices PAFianas!!
O novo messias, agora na qualidade de PM, fez bem em repor os ditos.
Mas o que é extraordinário é que os geringonças não conseguem ter uma posição coerente sobre quase nada.
Trouxeram os feriados mas agora, pela boca do inenarrável homem da (IN) Segurança Social, vem dizer que admite juntar feriados aos fins-de-semana. Parece que apontam para os que caírem ás 3Feiras e ás 5Feiras. Então a desgraçada 4Feira? Onde está a equidade? O respeito pela minoria?
Não há pachorra para aturar tanto intrujão, tanto malabarista de pacotilha, tanto incompetente, tanto incontinente!!
AC
ÁGUA
"" Já no largo Oceano navegavam,
As inquietas ondas apartando;
Os ventos brandamente respiravam,
Das naus as velas côncavas inchando;
Da branca escuma os mares se mostravam
Cobertos, onde as provas vão cantando
As marítimas águas consagradas,
Que do gado de Proteu são cortadas. ""

O grande poeta, escreveu muito sobre o mar, as naus, a maritimidade, a epopeia dos descobrimentos.
Como se vê cada vez mais, ter mar é uma chatice. Embora para uns quantos, algumas das já "poucachinhas" estruturas ligadas à economia do mar continuem a servir de nichos do mercado da contestação.
Não saímos disto.
Por culpa de patronatos, de trabalhadores mas, acima de tudo para mim, dos políticos das negociatas e do empurrar os assuntos com a barriga. E alguns e algumas têm-na bem gorda, a barriga, naturalmente!!!!
AC

terça-feira, 24 de maio de 2016

MANHATTAN

Em virtude da carreira, estive pela primeira vez nos EUA em 1994. Uma reunião/ estadia de uma semana. Norfolk, Virginia Beach, o hotel, alguns restaurantes, e os aeroportos em New York e Norfolk, foi o que fugazmente conheci nos intervalos das reuniões de trabalho.
Vem isto a propósito da reviravolta com que me tenho entretido na minha garagem.
Objectos, livros, mapas, documentos, pastas de arquivo, roupas, brinquedos dos outrora miúdos. Memória.
Voltei aos EUA em 1998, 15 de Agosto, estive lá três anos, regressando a Lisboa a 31 de Agosto de 2001, onze dias antes da tragédia.
Costumo dizer em ar de graça/ humor negro, que esperaram que eu regressasse.
Nos mapas, nas fotografias, nos apontamentos, nas anotações sobre museus e passeios, tenho memória de Manhattan, e do que conheci, razoavelmente bem.
Manhattan tem uma conhecida história, e a curiosa passagem para novos senhores da terra.
Mas o nome Manhattan está associado, também, a desenvolvimento tecnológico e, na sua sequência, a eventos trágicos, de consequências verdadeiramente inimagináveis e horríveis.
Em Setembro de 1942, foi criado o "Manhattan Engineer District", que era um organismo de engenharia militar com a missão última de promover o fabrico da bomba atómica.
Laboratórios já anteriormente existentes, designadamente em universidades, vieram a ficar subordinados aquele organismo.
Tudo foi incluído no conhecido programa alargado com o nome "Manhattan Project", que veio a ser um empreendimento gigantesco. GIGANTESCO.
Vieram a ser criados/ implantados 3 centros nucleares: "Oak Ridge", para construir um reactor nuclear piloto, "Los Alamos", para investigação e projecto de bombas atómicas, e "Hanford Engineer Works", para construção de reactores nucleares.
Como se sabe, foram lançadas 3 bombas em 1945: a primeira, foi de ensaio, a 16 de Julho, em Alamogordo, no Novo México. Terá espantado, horrorizado, mas..........
Duas, foram depois largadas sobre cidades no Japão, a 6 e 9 de Agosto salvo erro. Com os efeitos hediondos conhecidos.
AC

VOLTO A PUBLICAR ESTE POST RECENTE

Depois de ler com atenção, com o maior cuidado, designadamente vários artigos sobre os últimos dados da economia, das nossas finanças, acerca do PEC, não posso deixar de colocar de novo este post recente. É sobre a sede do poder. Sobre o fim único.

DESCOBRI A FONTE DE INSPIRAÇÃO

Deve ter sido, só pode ter sido: página 8, livrinho publicado em 1973, Agosto, e que reproduz o relatório do secretário geral do PS, lido e discutido e aprovado no congresso de Maio de 1973.  
""........é um homem pragmático. Para se manter no poder - seu objectivo essencial, a ponto de se transformar numa finalidade em si - procura adaptar-se ás circunstâncias e está disposto a todas as piruetas ideológicas que os tempos lhe requeiram. Sem escrúpulos excessivos de doutrina ou medo de se contradizer: o essencial, para ele, é conservar o poder, custe o que custe, ao serviço dos grandes interesses que o comandam.""

António Cabral (AC)

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Espuma dos dias com, à mistura, sem vergonha na cara

* Os navios parece que não entram nem saem em Lisboa. O Presidente da República disse que era um processo longo. Referia-se ao período de greve? Ou ao facto de que isto dos estivadores e dos operadores portuários, é uma história muito antiga, muito mal contada, como de costume, e com os do costume à mistura, uma vezes disfarçados, outras à descarada?
O Sporting não ganhou o campeonato. Um antigo dirigente Leonino anda envolvido numa história que, para não variar, não andará muito bem contada, nem pelos que antes assinaram contratos, nem por aqueles que agora os contestam.
* A história dos colégios prossegue. Continua tudo entrincheirado. Da parte do Governo vão ver~se aflitos, presumo, porque não publicam tudo tim-tim pot tim-tim; é que aí, se calhar, ficava-se a perceber muita marosca. Do lado dos colégios, procedimento idêntico. Claro.
* O novo messias, no seu papel de PM, quer mais refugiados para cá. Mal que pergunte: e empregozinho? E onde os vão alojar?
* Diz-se por aí que Teixeira dos Santos vai para o banco de Isabel dos Santos. Admiração? Eu? Nenhuma!
* Os putos do 4º e 6º ano vão começar a suar as estopinhas.
Os buraquinhos no BES diz-se por aí, somam 5000 milhões. Sobre os buraquinhos no ex-BNP não têm dito nada. As multas aos figurões do BPP diz-se por aí que irão prescrever lá para o fim do ano. Os buraquinhos do BANIF não devem estar muito bem contabilizados,…ainda. Por falar em buracos, não há para aí nenhum onde eu possa enfiar uns figurões que eu cá sei?
* Na Áustria esteve quase a ganhar um senhor da extrema direita. Pessoalmente, não gosto de extremas, quer direita quer esquerda. Mas acho sempre engraçado, cada vez mais engraçado, que se for de direita os esganiçados e esganiçadas ficam roucos de tanto gritar. Se for de esquerda, é a democracia a funcionar.
* Na Venezuela cada vez está mais “fantástica” a situação. Com tantos culpados pela situação, fui ver a lista mas, desilusão, não encontrei o nome Maduro.
* Quanto à recapitulação da CGD, com mais buracos que o queijo, andam por aí muitos rumores, notícias (??), etc. O senhor Horta Osório já deu uns bitaites sobre a coisa. Ah, e disse que não se devem repetir erros do passado. Que giro!!!
* Os carros continuam uns desgraçados. Em Portugal, para se ter um pagam-se brutalidades de impostos, mesmo sendo um não muito caro. Por aqueles sítios que se sabem, estão constantemente a ser atirados ao ar com explosivos. Umas vezes com pessoas lá dentro, outras não. Em França, há que lhes deitar fogo para mostrar desagrado com o governo. Coitados dos carros.
* Nos Açores as colhidas continuam. O costume. Com mais ou menos corda.
* Um modesto “Bond” à portuguesa foi caçado na falcatrua.
* Mourinho vai continuar a falar inglês.
* BE e PCP parece que vão engolir uma formulação sobre as 35 horas. Aguardemos para ver como vai ser na rua.
AC
O MAR, a MINISTRA (??) do MAR, e a POUCA ou NENHUMA VERGONHA na CARA
No início deste ano a ex-deputada Ana Paulo Vitorino anunciou com alguma pompa e circunstância que as greves no porto de Lisboa tinham acabado. De acordo com o DN de 8 de Janeiro passado, entre as diferentes afirmações da sorridente senhora ficou para a posteridade por exemplo, mas não só - anunciou acordo de paz social entre empresários e trabalhadores do porto de Lisboa * * foi possível voltar a haver entendimento **  deu ainda "a garantia de que não serão feitos mais pré-avisos de greve.
Claro que a senhora nessa altura não se atreveu a dizer o que quer que fosse sobre os outros portos. A ousadia e a imprudência não chegaram a tanto.
Ora bem, está anunciada uma paralisação parece que geral para o período de 2 a 6 de Junho. Todos os portos. Inclusive SINES?
É a democracia a funcionar
Se fosse noutros tempos era o governo mais reacionário etc.
Como é com o governo do novo messias, a comunicação social que a esquerda diz estar dominada pela direita, nada de especial, perscrutador, agressivo, diz. 
Um encanto este País.
Sim, porque os problemas nos portos arrastam-se, e creio bem que existirão razões de queixa de todos os sectores, de há muitos anos. Para acrescentar a esta novela pior que mexicana, hoje foi anunciado por operadores o início do processo de despedimentos colectivos.
E o novo messias nada diz. Deve estar contente com os seus amigos do PCP via CGTP.
AC

O COSTUME

Quando não lhes agrada, as decisões dos tribunais são infelizes. É o caso de Vital Moreira.
Para um dos donos do constitucionalismo, um cidadão ter sido candidato presidencial parece que lhe confere uma categoria especial.
Para os especiais, para os da sua cor política, há aqui del Rei se alguém se atrever a ofender direitos de personalidade universais sobretudo porque os políticos não perdem esse direito. Se forem da cor, claro.
Se não forem da cor, então é a democracia a funcionar.
Uns queridos estes pequenos donos disto tudo e guardiões da pureza do regime.
Evidentemente que me quero referir a Manuel Alegre e ao TCOR Brandão Ferreira.
Começando por este último, o seu estilo de prosador não é o meu mas, acrescento, creio que tem muitas vezes razão quanto a várias das suas indignações. É com certeza um cidadão e um militar peculiar, mas nem por isso diminuído nos seus direitos designadamente quanto à liberdade de expressão.
Quanto a Manuel Alegre, se por um lado tem poemas que gosto, por outro, olhando à sua actividade política desde o 25 de Abril, para mim teve dias.
Quanto ao período em Argel, não conheço os detalhes, mas nada me espanta que tenha sido exactamente como acusa Brandão Ferreira.
O que acho mais lamentável em Vital Moreira é, por exemplo, fazer referência ao TEDH de Estrasburgo mas não referir quanto aos antecedentes de decisões do Tribunal da Relação sobre exactamente o mesmo caso. Nada referir, como se todos fossemos estúpidos.
Aprende-se muito com os "Proto".!!!!!!!
Então lê-los ao tempo da Constituinte é um encanto.
Claro que Bruxelas, Estrasburgo, e outras capitais e salões do mundo ajudam a esbater muita coisa, naturalmente.
AC

domingo, 22 de maio de 2016

O COSTUME

O Orçamento do Estado (OE), ofegante, cansado, deitado, à espera que os "leitõezinhos" do costume voltem à carga. E não saímos disto!!!
AC

TEMPOS do PRESENTE

Por razões diversas de natureza privada, há muito tempo que não ia a um concerto, quer de música clássica quer música ligeira. Aconteceu que, inclusive, fiquei uma vez a "arder" com um bilhete comprado muito tempo antes e chegada a hora surgiu um imprevisto intransponível.
Vem isto a propósito do concerto de ontem. Gostámos muito, tem de facto uma voz muito boa, tem novas músicas notáveis, relaciona-se lindamente com o público.

Vem isto a propósito, também, com a envolvente na MEO Arena. Barreiras, mais barreiras, por toda a zona circundante, muita polícia e muito bem armada. E, claro, para se entrar revista de corpo, apalpadelas rápidas se bem que pouco eficazes se algum bandido quiser levar canivete ou coisa parecida, inspeção visual da mala de senhora. Tempos contemporâneos. Habituem-se!!
AC

sábado, 21 de maio de 2016

As pessoas comunicam entre si? Mesmo?

Creio que entre os meus concidadãos existe a ideia firme de que as pessoas em geral comunicam entre si. E que as redes sociais muito contribuíram para isso.
Tenho sérias dúvidas. Mas posso estar redondamente enganado.
Eu percebo que a tecnologia dos últimos anos contribuiu para dar uma valente machadada na forma tradicional de nos correspondermos, por carta, por postal ilustrado, no País e do estrangeiro.
O telemóvel, a máquina fotográfica e de filmar digitais esmagaram os postais ilustrados.
Mas ainda no tempo em que eu escrevia várias cartas (hoje escrevo bastante menos), com as minhas canetas de tinta permanente, várias pessoas (incluindo familiares e amigos) o não faziam já e em que algumas das razões para tal me deixavam boquiaberto. Adiante.
Ainda não há muitos anos era comum, entregar-se uma prenda acompanhada de um cartão escrito à mão, com texto mais ou menos alargado, desejando felicidades, parabéns, saúde para o bebé, etc.
Raro acontecer hoje. Porquê?
Quando olho para os blogues, vejo por exemplo, algumas pessoas incomodadas porque o seu blogue mudou de orientação, parecendo cismar sobretudo em matérias específicas.
Não sei, tenho pensado bastante neste assunto, não encontro razões consistentes para explicar certas coisas que hoje acontecem.
Aconteceu, telefonarem para darem resposta curta a carta!!!
Acontece, não se devolver um chamada não atendida, seja no telemóvel seja no fixo.
Acontece que há pessoas que não respondem aos mails que recebem.
Acontece que há certas personagens, várias de notoriedade pública, que não agradecem o que recebem, ou o convite que tiveram, ou a colaboração que lhes foi prestada, ou os votos de felicidades na nova função.
Acontece que há pessoas que não têm tempo (dizem) para consultar o que o amigo escreve mas, depois, são apanhadas em contra-pé, a ritmo surpreendente, ap verificar-se que passaram o dia na NET.
Acontece!!!!
Enfim, a sociedade portuguesa está curiosa!!! E alastra a falta de, educação, consideração, e de respeito. Um pantanal lodoso, imenso, imundo.
AC

sexta-feira, 20 de maio de 2016

O Novo Messias



«O primeiro-ministro tem um optimismo crónico e às vezes ligeiramente irritante.»
Marcelo Rebelo de Sousa, ontem, no Porto

Que dizer do sorrizinho?

AC

"ESPANHOLIZAÇÃO"  ?????

Anúncio espanhol, e um símbolo de porco transparente agarrando a Bandeira Nacional.
Aparentemente, o ministro da Agricultura não comentou quando passou por esta "chafarica".
À atenção do Presidente da República!!!!
AC

LIMOUSINE


Mas de quatro patas!!!! E não voa!!!
AC

quinta-feira, 19 de maio de 2016

UNS DESIGNAM ISTO POR TRABALHO POLÍTICO.
OUTROS POR IDEOLOGIA.
O CIDADÃO COMUM DIZ - ALDRABÕES
A propósito da reposição das 35 horas, e creio que pouco noticiado, o "tio" Arménio Carlos não me pareceu muito à vontade e claro quando falou sobre os enfermeiros e a saúde.
Qualquer pessoa decente percebe que se vai haver menos horas, para se manter o mesmo serviço é necessário ter mais gente. Logo, mais despesa pública. Simples.
Aqui a questão não é se concordo ou não com as 35 horas. Não é se o governo "PAFIANO", andou bem ou mal (bastante mais mal que bem).
A questão é só fazer contas. É uma evidência. Negar isto só tem uma expressão: ALDRABÕES.
Como ALBRADÃO é o messias no seu novo papel de PM, ao dizer diferente do Ministro das Finanças que, publicamente, informou que as 35 horas não eram para todos os funcionários.
O PM começar uma conversa de esclarecimento com - O que se propõe, que é do meu conhecimento - e prosseguiu com aquele ar patético que lhe é habitual.
De que massa afinal são os portugueses para ouvirem isto e aturarem isto, e nada acontecer?
Nenhum jornalista denuncia isto? Pois...............porque será?
A propósito de jornalista, ontem ouvi uma parte do discurso explicativo do sr Sérgio Figueiredo da TVI na AR a propósito do BANIF, mas desliguei a TV depois de ele perguntar se o actual PM não podia ser uma "fonte".
Está tudo bem neste pantanal imundo e pestilento.
AC

POR AÍ

A árvore inclinou-se para deixar passar o avião!!!!
 O galo!!
AC

Recordações. 

Hoje, 19 de Maio, pelas 2340 horas, fará 43 anos que, quando o navio onde eu cumpria a minha comissão de serviço em África navegava em ocultação total de luzes e em postos de combate/bordadas, e o meu comandante estava na ponte alta com o comandante dos comandos africanos que levávamos a bordo, fui/ fomos atacados por bombordo no rio Cacheu, na Guiné, hoje Guiné-Bissau. Como outros, que estávamos no exterior do navio, tive muita sorte. Imensa sorte. E tiveram muita sorte, felizmente e sobretudo, o artilheiro e o municiador da peça de vante perto da qual rebentou o projéctil inimigo. Como sorte teve o marinheiro que no pavimento inferior descansava na sua cama, a qual foi atravessada por parte de um projéctil sem o atingir nas pernas. Agostinho, chamava-se.

Estava uma noite de espectacular luar. O que então sucedeu foi um dos muitos acontecimentos de guerra que se seguiram ao assassinato de Amílcar Cabral.
Lamentavelmente morreu um comando africano, junto a quem rebentou o primeiro e único projéctil/ granada lançado pelos então guerrilheiros do PAIGC. Houve feridos, um incêndio, e o navio teve danos vários, inclusive um rombo abaixo da linha de água.
Passadas semanas, um relatório da PIDE/DGS, confirmou a morte de todo o grupo de guerrilheiros atacantes.
Não era de esperar o contrário, pois tinham que infiltrar-se pelas densas árvores junto ao rio e, ainda que sem serem vistos de bordo, a reação de fogo do navio e de todo o pessoal armado que estava no exterior do navio e portanto fora do seu ambiente terrestre natural, e que terá durado para aí um minuto no máximo, varreu com aço, literalmente, toda a zona. Como se viu no local, na manhã seguinte ao ataque, havia uma zona enorme quase circular de árvores zurzidas, sem folhagem, sem ramos mais pequenos, sem casca. Tudo branco. O tempo voa, 43 anos!

Eu não esqueço. Recordo, com emoção, todos os que estavam comigo naquela altura, e não vejo há décadas. Recordo, também, todos os que connosco conviveram naquelas paragens Africanas, de 29 de Outubro de 1971 a 28 de Julho de 1973. Muitos dos que conheci e com quem ao longo dos anos se partilharam experiências, estão felizmente ainda vivos.
Andam para aí muitos que não esquecem nada, porque quase nada ou mesmo nada sabem.

Mas sobretudo não sabem respeitar.
Não respeitam os que, como eu, andaram na guerra e que, felizmente, regressaram quase sem sequelas.
Mas acima de tudo não respeitam os milhares de portugueses que regressaram de África com sequelas, e os familiares dos que tombaram pela Pátria.


Esquecem além disso, o que a Constituição da República Portuguesa (CRP) estabelece, e o que está em letra de lei na legislação que enquadra a Defesa Nacional e a sua componente militar.
Dever de tutela, respeito pela lei, verticalidade, honestidade intelectual, respeito pela história do País, estes e outros valores são lixo para a “gentinha” que desgraça o País, há anos seguidos.

António Cabral (AC)

quarta-feira, 18 de maio de 2016

AS SONDAGENS.  A CONFIANÇA

Que confiança merecem as sondagens em Portugal?
Não sei bem; pessoalmente duvido muito delas. E não só pelos resultados que se têm verificado por ocasião de acto eleitorais. Falta saber quem são os donos, que ligações têm aos partidos, TODOS, etc.
De acordo com a AXIMAGE, recentemente, a confiança dos portugueses nas instituições é baixa.
Parece que se basearam em 600 inquirições. E interrogaram as pessoas acerca de 8 "grupos" a saber, Forças Armadas, escolas e professores, comunicação social e jornalistas, igreja e padres, governo, tribunais e justiça, Assembleia da República.
Por fim, como instituição ???? , perguntaram acerca de conhecidos e colegas"!!!!!!
Não percebo nada deste assunto, mas não me custa admitir que as empresas de sondagem tenham mais um menos um grupo alargado de pessoas a quem periodicamente interroguem sobre os mais diferentes assuntos.
Repito, não percebo nada da matéria mas, 600 é o número importante, decisivo, fiável? E a distribuição pelo País?
O primeiro lugar no "podium" foi atribuído a colegas e conhecidos!!!!!!
lugar para as FA
escolas e professores
A partir daqui tiveram nota negativa, atendendo a que se pretendia classificar de 0 a 20.
comunicação social e jornalistas
governo
igreja católica e padres
Assembleia da República
Tribunais e justiça
Conclusão global, pouca confiança nas instituições. Não será de espantar. Nem as notas negativas.
Interessante também que, segundo a AXIMAGE, sejam eleitores PS que confiam mais em jornalistas.
Depois, "etonant" democratas-cristãos confiarão pouco em padres e igreja católica, e eleitores do Bloco de Esquerda esses sim, confiam em padres e igreja. Interessante, contra-senso?
Repito, nada percebo de sondagens e das técnicas envolvidas.
Isto dito, sempre achei falácia à normalmente elevada consideração pelos Presidentes da República (excepto o cessante, mas não admira), e por todos aqueles que não têm de tomar decisões com imediata repercussão na vida das pessoas.
Além disso, a justiça não são só os tribunais, OCS e jornalistas não é bem a mesma coisa, tal como escolas e professores, tal como igreja e padres.
Bem, pela sondagem, fico ciente que posso um destes dias ver Francisco Louçã e Catarina Martins a comungarem!!!!!
Quanto às Forças Armadas é sempre a mesma coisa, boa posição nas sondagens. Significa o quê? Alguns militares ficam tão contentinhos!!!
CONFIANÇA? A sério, em quê?
AC

OH DIABO!!!!!!

Hoje, como me apercebi que havia uma "cena" sobre a "BANCA", onde iam botar discurso várias das mais variadas personalidades e, designadamente, alguns titulares de órgãos de soberania, gastei algum tempo a ver o que as TV foram mostrando.
Quedo-me num detalhe, que deve ter obrigado a sorrisos amarelos por parte do messias no papel de PM, e de todos os seus esganiçados acólitos, ao mesmo tempo que alguém no PS deve ter ido comprar, à pressa, e distribuir disfarçadamente, pastilhas para a azia.
Não é que o PR, numa linguagem diferente, mais elaborada, mais cuidadosa, mas que, espremida, parecia que estava a falar o jornalista da RTP1 sobre quem, há dias, o PS saltou a pés juntos????
Oh que maçada, não se poder fazer o mesmo ao PR. AINDAAAAA!
AC

ISTO NÃO É O FUTEBOL!!!!!!!!

Ouvi esta expressão a propósito de terem sido detidos elementos diversos ligados, ao que parece, apenas ao mundo do futebol da 2ª liga, creio que é assim designada.
Há pouco tempo, creio ter ouvido dizer que tinham sido detidos elementos ligados ao futebol  na zona de Leiria.
Aqui há tempos recordo ter visto um conhecido senhor, muito do futebol, com o nome entre os principais devedores ao ex-BES, NOVO BANCO.
De vez em quando, consegue-se ver sentadinhos ao lado de senhores do futebol, diversos e diferentes políticos, governantes, autarcas.
Quanto à FIFA e à UEFA, não se sabe quase nada, mas a trampa era tanta que transbordou para a opinião pública mundial.
Apesar das dificuldades na vida nacional, fruta parece que nunca falta nos mercados e supermercados.
NADA DISTO É FUTEBOL!!!!!!
Evidentemente!!!!!!!
AC

terça-feira, 17 de maio de 2016

Bacoritos

AC

ORTODOXIA ou outra coisa?

Cada pessoa, cada português, cada grupo, cada instituição, cada empresa, cada sindicato, cada associação, é livre de opinião própria.
É comum, em discursos vários, acabar por se dar vivas a várias coisas, mas não é invulgar terminar-se dando vivas ao País, viva Portugal.
O sr Arménio Cunha, fez hoje mais um dos seus discursos. Terminou dando vivas vários, e o último foi viva a CGTP.
Eloquente. Acho eu, evidentemente.
AC

segunda-feira, 16 de maio de 2016

SOBRE as NOMEAÇÕES do COSTUME, VALE a PENA LEMBRAR o PROFESSOR HERNANI LOPES

Não há lugar para espanto. O espantoso foi andarem anos a pensar que ele lhes faria o favor.
Vale a pena por isso evocar o saudoso professor Hernani Lopes. 
Ouvi-o pela última vez numa conferência em Setúbal. E tenho alguns "escritos" dele. 
De um deles, a propósito da necessidade imperiosa de Portugal se afirmar, no desenvolvimento das suas ideias Hernani Lopes afirmava que - ""os componentes espaço, tempo, coisas e homens, constituem uma grelha de leitura geral, fornecendo uma orientação para um percurso analítico, de maior ou menor grau de profundidade"".
E, mais à frente, na exposição da sua ideia/ convicção, acerca dos Homens dizia - ""neste último componente importa relevar o papel da classe política e dirigente. Neste âmbito podemos constatar duas lógicas permanentes da história da humanidade e, obviamente, também de Portugal: 
1ª - a lógica do gozo
2 ª - a lógica do dever.
Uma sociedade assente na lógica do gozo não vai longe. Contudo, é segundo esta lógica que Portugal se tem orientado".
Certas notícias de hoje confirmam apenas aquilo que há anos se sabe.  Embora seja só troca de lugares e "pro bono".
Sem qualquer pingo de vergonha, mesmo quando escrevem parecendo que a têm, digo eu.
Hernani Lopes acrescentava: ""Temos de ter presente o peso do Marketing e da tolerância na lógica do gozo: ter direitos sem obrigações é um contrasenso, como ter obrigações sem direitos.
Em suma, a busca de resposta assenta na consciência e na formação da cidadania; tudo o resto são sequelas"".
Portugal está cada vez mais doente, e não é bem por causa de mais um buraco de 60 milhões.
Está cada vez mais doente por causa dos que andam sempre à cata dos milhões.
Um nojo.
AC


domingo, 15 de maio de 2016

Recupero este meu post. Creio que continua actual.

sábado, 3 de maio de 2014


PORTAS
portas e.........portas.
De madeira maciça, folheadas, alumínio, ferro, pintadas, enferrujadas, etc.
Portas bonitas, bem conservadas, outras deixadas ao abandono, sem manutenção. 
Portas nas cidades, nas vilas, nas aldeias, nos lugares.
Portas que contam histórias, e portas de quem se podem contar muitas histórias quase todas verdadeiras.
Portas do interior profundo de Portugal Continental, como podem observar na fotografia.
Portas sem interior, e com profundeza negra.
Portas que nada escondem, abertas ou fechadas que estejam. Portas há que julgam poder esconder mas, mesmo sem as abrir, se sabe facilmente a pouca vergonha que está por trás.
portas e..... portas.
AC

CONSENSOS, ESQUERDA, o PR de CENTRO DIREITA.

Como todas as pessoas, o General Humberto Delgado tinha qualidades e defeitos.
Do que se conhece, na fase final da sua vida, revoltou-se contra Salazar, prosseguiu contra Marcelo Caetano, e acabou tragicamente assassinado por esbirros ao serviço do regime de então. Um degradante episódio da nossa história colectiva.
Mas, vale a pena lembrar, foi um pilar do Salazarismo, e a sua acção na aeronáutica de então juntamente com a sua actividade depois de 1958 terão sido a razão mais que suficiente para o aeroporto da capital ficar com o seu nome.
À esquerda o que conta é a fase final da sua vida. Eu não digo que a primeira fase, servir o salazarismo, devia valer mais. Não valerá, mas foi uma realidade.
Mas o que acho interessante nisto é o seguinte:
1. só se valoriza o que convém a certos senhores; e como havia ligações a Mário Soares, toca de aproveitar e carimbar a ideia.
2. posso estar errado, mas parece-me que o aeroporto não terá antes do nome a palavra "general"; isso lembra tropa, coisa que para a esquerda (excepto PCP, mas por específicas razões) causa muitos pruridos; mas se eu estiver enganado e o novo título do aeroporto levar também "general", peço desde já desculpa.
3. Gago Coutinho, foi um expoente inultrapassável da aeronáutica nacional, da Marinha, e não só. Mas, claro, era almirante, era da tropa, não convinha nada. E, talvez por isso nada de ter almirante, ou general no aeroporto. Estes esquerdistas são uns pândegos.
4. Quanto aos consensos, que o PR diz que é "amplíssimo", é outro aspecto engraçado. Houve consenso, conversa entre os partidos representados na AR? Estou só a perguntar, porque não me lembro. Se houve e todos concordaram, OK.
5. É que se foi uma decisão entre o messias na representação de PM  com o seu sucessor na CML, ou mesmo se o messias teve a ideia ainda na CML, então estamos conversados quanto a consensos. Mas como o PR irradia felicidade acerca disto, está tudo bem. Mais um pequenino passo na vida desligada das realidades das pessoas, das realidades do País. Mas se eles estão satisfeitos e contentes, para que hei-de estar a parecer desmancha prazeres?
Viva Portugal
AC

sábado, 14 de maio de 2016

NA ALDEIA


AC

Porquê ter um blogue?

"Porque sim, porque quero dizer o que me apetecer, porque como aos jornais só chegam os do costume e só de vez em quando deixam passar umas cartas ao director, apetece-me ter um blogue!1 PRONTOS"!!!
É uma justificação possível!
Porque quero dizer o que me apetece, insultar, ofender, agredir, sem consequências! E insultar, depois, sempre sob anonimato, nas caixas de comentários dos outros.
Parece haver muitos em que assenta esta justificação!
Porque quero dar conta de aspectos ligados à cultura, falar de livros, de música, de filmes, de exposições, de autores, de realizadores, falar de tudo o que me apetecer!
É outra justificação possível!
Porque me apetece dizer sempre mal do governo, dos poderes instituídos, de todos os poderes que estiverem no poleiro, sempre, e por sistema! Discordar, sempre, porque sim!
É........de considerar, também, esta possibilidade!
Ah, é porque me apetece vir a ser conhecido, vir a ser apontado por outros blogues, sei lá, um dia nos OCS!
É também uma possibilidade!
Ah, porque o blogue é o meu porto de abrigo.
Outra possibilidade.

A justificação será diversa e, discorde-se de várias, discorde-se, como eu, da manutenção e aceitação do anonimato, seja nojento o nível da maioria dos comentários que se encontram na NET, ter um blogue está na vontade de cada um, tal como ingressar no Twitter, FaceBook, etc. Eu só tenho blogue. Iniciei-me nestas aventuras anos atrás, num blogue de um amigo, que muito respeito.
No meu blogue, e já no blogue do meu amigo, tentei sempre, porventura alguma vezes desajeitadamente, ter presente Miguel Torga - "Recomeça..........se puderes, sem angústia e sem pressa, e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcançares não descanses, de nenhum fruto queiras só metade." Até porque, como fui ensinado, e na profissão ainda mais alicercei o conceito, o valor, existe uma diferença abissal entre homens de corpo inteiro mas sobretudo com cérebro e coluna vertebral, e os pequenotes que pululam por aí, muitos dos quais bem entrincheirados na vida pública e nas instituições e empresas que o erário público suporta.
Infelizmente, são muitos destes que dominam os poderes todos, aliados de escritórios e "donozinhos disto e daquilo". Existem excepções, felizmente, mas são bastante menos que a maioria bafienta.

Não tenho paciência para pessoas mal-educadas. Como se vê nas caixas de comentários, ou os "grosseiros" na pastelaria - "um café", que depois olham para mim e outros, que dizem - "muito bom dia minha senhora, um café e um nata por favor".
No meu blogue e em outro onde também colaboro, procuro ser decente. Talvez não o consiga sempre. Mas tento. Ao tecer as minhas opiniões, sempre discutíveis, um dos meus objectivos é não esquecer que nem sempre talvez consiga ver todas as perspectivas de um dado assunto e, por isso mesmo, aberto a contraditório. Será sempre salutar o confronto de ideias, civilizado e respeitador. Pena que muitos fiquem sempre calados.
Claro que num blogue existem limitações. Por exemplo, mas de vez em quando não me coíbo, não é aconselhável escrever textos demasiado longos.  Não se podem fazer estudos. E por isso misturo com algumas provocações, com pequenas picardias, com muitas fotografias.

Os meus desabafos nada resolvem. Eu sei. Aliás, os blogues de boa qualidade creio que também pouco aquecem ou arrefecem os poderes instituídos, os actuais e todos os anteriores.
Porque existe muita falta de cultura, falta e educação, deficiências gritantes de formação, que leva a que, na minha opinião, tantos dos meus concidadãos esqueçam sucessivamente a banditagem política que nos desgraça após cada mandato vencido nas urnas. Com promessas que sabem não ir cumprir.
E assim continuamos, com a malandragem que nos tem desgraçado desde o 25 de Abril de 1974 (nem vale a pena falar dos mais para trás), dos muitos que por aí andam como comentadores ou nos programas de TV, ou nos telejornais (presidentes de câmara, sindicalistas eternos, escribas sempre do contra, candidatos a lideranças, messias, etc), para além das poses, da propaganda, da telegenia e de contarem com jornalistas que nunca os apertam com perguntas específicas.
Não se discute a sério, os problemas e as prioridades de Portugal, e aspectos concretos como, o nº de deputados, a lei eleitoral, a promiscuidade política e os negócios e a inerente corrupção, o número de  autarquias, como inverter o despovoamento, o papel das Forças Armadas, o mandato do Presidente da República (7 a 9 anos?), etc.
Os meus desabafos nada servirão mas, lá está, como dizia o ratinho, "qualquer bocadinho ajuda,......e mijou no mar".
Os comandados, os cidadãos comuns, têm muita culpa no cartório.
Isto dito, nada mais,..........pintassilgos não são pardais.
António Cabral (AC)

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Os órgãos de comunicação social, e particularmente os jornais.

Tenho dito e escrito, repetidamente, que uma sociedade nunca será equilibrada, decente, saudável, livre, sem OCS interventivos, que noticiem sem adjectivação, que tenham depois colunas de opinião, que investiguem.
Antes de 25 de Abril de 1974 havia censura, lápis azul.
No presente, não creio que exista lápis, materialmente. Mas não há censura? Seja de lápis azul, laranja, vermelho, azul, ou rosa? Cada vez tenho mais dúvidas.
E não me refiro ao recente caso do jornalista da RTP1 sobre o qual saltaram a pés juntos os puros e éticos da superioridade moral do PS. Os jornalistas não são casta à parte, são escrutináveis, são criticáveis. Mas certas reações desmascaram bem certos exaltados, certos esganiçados, certas esganiçadas.
É sabido que existem grupos dominando os OCS, com pouca transparência isto é, não é 100% dado a conhecer ao cidadão comum, quem de facto detém o quê, quem está por trás.
No que se refere aos jornais, vários desapareceram já.
Quando se olha para as tiragens, tempos houve de radiosos dias de SOL. Décadas atrás, o Expresso terá chegado a tiragens de 140000 exemplares, o DN um pouco abaixo (100 ou 110 mil) e o do Norte, o JN, teria tido tiragens talvez até superiores ao Expresso. Foi há 25 ou 30 anos?
E as exorbitâncias dos jornais ditos desportivos mas que, na realidade, quase só são sobre o futebol?
Os tempos mudaram.
Os estudiosos destas coisas avançam com justificações várias.
Todas certamente verdadeiras, embora a ponderação de cada um dos factores ou justificações seja porventura muito discutível.
Mas, com o passar dos tempos, com o desaparecimento de vários jornais, com o desprestigio de vários canais de televisão, estando a rádio em parte cativada também, e estando grupos económicos detentores de vários OCS, grupos que têm por trás muita gente ligada aos partidos e aos negócios e á promiscuidade que larva na nossa sociedade, o problema do emprego dos senhores jornalistas complicou-se.
Ao complicar-se, até porque a formação é capaz de em termos gerais não ser famosa, aumentou a superficialidade, a adjectivação de notícias, a auto-censura, a censura concreta de muitos factos e eventos, a subserviência, a má preparação, as caixas de ressonância, a gestão de agendas pessoais.
Pela minha parte, há muito que deixei de comprar o Expresso e o Público por sistema, coisa que fazia no passado. Ás vezes abro uma excepção. Raramente.
E não é por questão económica, pois essa despesa ainda posso suportar, mas a qualidade e tudo aquilo que acima apontei desgostaram-me bastante. Houve em tempos jornais de referência. Dizer isso, hoje, só por brincadeira ou tonteria.
Apercebo-me muito mais e melhor sobre o País, e o mundo, pela blogosfera navegando na Internet.
Quanto ás tiragens dos jornais, creio que números de 2014 indicavam, relativamente ao acima referido, quebras da ordem dos 50% para o Expresso, e muito superiores a 50% para DN, JN, Público.
O Correio da Manhã, no seu estilo próprio, creio que continua a aguentar-se. Mesmo os desportivos, penso que tiveram melhores dias.
Que panorama, portanto? MAU. A sociedade disso se ressente.
A esperança deve ser a última coisa a morrer. Aguardemos. Mas estamos numa fase muito má desta nossa democracia. Ou estou enganado?
AC
PS: já agora um aparte acerca da SIC; estou a exagerar ou aquilo já nem um tostão furado vale?

Escola pública, Escola privada

1. Repetindo-me, tento sempre nunca esquecer que comentar sem conhecer todas as vertentes de um dado assunto é sempre arriscado. Como estou numa sociedade em que, de todos os lados das várias barricadas que erguem, nunca contam as verdades todas, mais uma vez vou arriscar. Como se pode retirar do que se ouve e lê desde há várias semanas, uns ocultam partes das questões e dos antecedentes, outros disfarçam ou mesmo escondem vigarices, outros mentem mesmo. Com ideologia, sem ideologia, sem inocência nenhuma. E total ausência de vergonha.


2. Estabelece a CRP, no seu Art. 9º, (Tarefas fundamentais do Estado), na alínea f) - Assegurar o ensino e valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da língua portuguesa; Mais à frente, no Art. 43º, nos nºs:
1º. É garantida a liberdade de aprender e ensinar.
2º. O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas, ou religiosas.
3º. O ensino público não será confessional.
4º. É garantido o direito de criação de escolas particulares e cooperativas.
No Art. 74º, nº 2, alínea a) - Criar um sistema público e desenvolver o sistema geral de educação pré-escolar; alínea f) - inserir as escolas nas comunidades que servem….......
No Art. 75º nº 1 - O Estado criará uma rede de estabelecimentos públicos de ensino que cubra as necessidades de toda a população, e no nº 2 - O Estado reconhece e fiscaliza o ensino particular e cooperativo nos termos da lei.

3.  Penso que se deve recordar, ter presente, para ponderar sobre o assunto:
a. Como era a rede escolar antes do 25 de Abril de 1974? No mínimo, deficiente, e com largas camadas da população sem acesso ao ensino.
b. O que se atingiu até ao presente.
c. O que a demografia, ou seja, o decrescente número de crianças, alterou no nosso País; menos alunos, e as inevitáveis consequências: menos turmas, necessidade de menos professores, necessidade de reafectar recursos.
d. Que foram fechando escolas ano após ano, como fizeram vários ministros incluindo socialistas, e particularmente Maria de Lurdes Rodrigues, que parece não pensar exactamente como o seu antecessor Marçal Grilo.
e. Que existem colégios em determinadas zonas do centro e sobretudo Norte do País Continental que datam de antes de 25 de Abril. E outros surgiram depois.
f. Que existem colégios particulares ligados à Igreja Católica, mas outros não.
g. Que existem colégios que prosseguem o seu caminho naquilo que eu designaria pelo campo da decência.
h. Que parece existir negociatas escandalosas neste âmbito, como já foi desmascarado por exemplo na TVI acerca do grupo GPS e, de acordo com o que me recordo, envolvendo gentinha ligada a vários partidos, inclusive notáveis do PS.
i. Que foram construindo escolas públicas onde não as havia e só havia escolas privadas.
j. Que algumas privadas terão sido construídas por quem provavelmente tinha tido responsabilidades no Ministério da Educação ou por alguém ligado a essas pessoas. Descobriram um furo!!
k. Que existem escolas públicas com bons resultados, outras com fracos. Idem para as escolas privadas.
l. Que nos professores, a CGTP sempre teve um dos seus bastiões. Presumo que a influência deve ser muito menor em relação aos docentes que ensinam no privado, o que muito deve irritar a CGTP, e o que acumula com a irritação resultante de menor sindicalização e de menos professores no activo.
m. Apesar de calada no início deste “tumulto”, a Igreja Católica começa a posicionar-se.
n. Parece-me verdadeiro o argumento de que o contribuinte paga a escola pública e também a privada, pois existindo os tais contratos de associação, sai dinheiro do OE. Mas o inverso parece-me igualmente verdadeiro, pois quem tem os filhos na privada paga na mesma as escolas públicas através dos impostos.
o. O PM garantiu ontem na TV que os contratos serão mantidos. Não vi, mas parece que disse qualquer coisa como, por exemplo, se uma criança está no 7º ano, vai manter-se o contrato e ela acabará o 8º e o 9º! E então, não acaba nessa privada o 9º, 10º, 11º, 12º?
Pois é!!!!
p. Há os que sonham, muito, e por ideologia defendem a escola pública mas,.........entretanto, pagam escolas privadas aos filhos. Mas sonham! Tal como no passado, os governantes que gritavam aos ventos a favor da escola pública mas metiam os filhos nas escolas privadas!
q. Parece-me claro que, se não houvesse contratos de associação, as mensalidades nos privados seriam ainda mais elevadas e, nesse caso, só os abastados lá podiam colocar os filhos.
r. Há liberdade de escolha apenas entre escolas públicas? Não há, o sistema não permite.
s. Há liberdade de escolha apenas entre escolas privadas? Há.
t. Será de apoiar uma escola privada com longa história e enraizamento comunitário?
u. Que pensar das contas, dos custos por turma, que em cada lado da barricada se avançam para confundir o cidadão comum?
v. Que escolhas criteriosas como alguns defendem, para eleger a melhor escola, em locais onde comprovadamente não existem alunos suficientes para as infra-estruturas todas entretanto edificadas? 
x. Não foi erigido na escola pública um sistema que entre muitas outras coisas consagra os horários zero, e onde sindicalistas o são por anos e anos consecutivos, não dando se calhar aulas porque andam sempre em trabalho político?
y. O que permite a Concordata quanto a estabelecimentos de ensino?
w. A concorrência é salutar ou não?

4. As opiniões são para se respeitar, eu respeito as outras. Que concluir? Concluo que:
a. Em primeiro lugar que todos defendem o seu campo. BE, PCP, PEV, PS, dizendo defender a CRP (??) mas defendem sobretudo as suas posições sindicais e, parece-me, do que li em documentação relativa aos trabalhos da Constituinte, que agora estão a procurar levar à prática o que nessa altura pouco ou não conseguiram.  O BE então anda numa campanha demagógica radical.
Por exemplo, a CRP estabeleceu em 1976 apenas - que o Estado fiscaliza o ensino particular supletivo do ensino público. Ora actualmente o normativo é diferente (ver o parágrafo 2 supra).
E é conhecida a angústia do PCP e do BE quanto às alterações efectuadas depois de 1976.
b. É aliás interessante verificar posições de certos Constituintes, em que se degladiaram quanto ao termo supletivo, e em afirmações noutras discussões como  - o fim último da revolução, a construção de uma sociedade socialista ........em que a garantia dos direitos fundamentais deve ser assegurada da forma mais compatível com os interesses da sociedade.......não concordamos com a consagração de um direito fundamental à criação de escolas privadas.
c. Conhecendo alguma coisa dos portugueses, conhecendo muitos burocratas, tendo alguma noção do que tem sido o Ministério da Educação designadamente de 1991 para cá, não acredito que o Ministério tenha apurado com rigor/conheça o que custa, cada escola secundária do País, cada escola primária, cada faculdade. Até porque, à boa maneira de certos senhores, não contabilizam ou contabilizam mal certos parâmetros. 
Em todo o lado se tem de levar em conta: os salários dos professores, os dos restantes funcionários, a electricidade, a água consumida, as lâmpadas e sobressalentes mais diversos consumidos, o papel, os consumíveis das mais variadas máquinas, as horas extraordinárias mensais, o aluguer de viaturas, a manutenção dos mais diversos equipamentos e das instalações, a substituição de material escolar e de material desportivo, etc. Em síntese, tenho as maiores dúvidas sobre as contas relativas à escola pública, mostradas tão abaixo das contas/ custos das escolas privadas.
d. Ainda quanto a custos, creio andar perto da falácia esta coisa dos custos. O que quero dizer é que, se de há anos o ME estabeleceu um custo por turma de 20/22 alunos para atribuir o subsídio no âmbito do contrato, aliás ajustado ao longo do tempo, então não é de esperar que ao fechar hipoteticamente turmas/escolas privadas e passar os alunos para a pública, o custo na privada passa automaticamente para a pública, não há portanto poupança nenhuma? 
e. Creio que uma parte dos colégios, particularmente aqueles como os  que foram denunciados estarem numa rede/ grupo muito questionável, está a movimentar-se em todos os níveis, até porque tem imensas ligações, ao que parece, pelo menos aos partidos do antigo arco da governação.
f. Parece-me, por outro lado, que existem em várias partes do País Continental situações anacrónicas no que respeita à concentração de escolas em zonas de cidades e não só muito restritas. Como foi possível? Uma resposta pertinente será porque os interesses de construtores, certos interesses privados ligados ao ensino, a isso levaram.
Mas talvez não só. Pode ter havido quem laboriosamente teceu uma malha no passado e que agora está prestes a dar frutos: construir mesmo não havendo gente para lá meter. E por isso foram fechando escolas. Agora, toca de fechar privados. Será?
g. Por outro lado ainda, creio muito razoável que o governo comece a acabar com certas negociatas. Porém, acabar com essas negociatas, não devia significar fechar tudo o que for privado.
h. Qual vai ser o resultado disto? Não sei, não sou adivinho. 
Mas desde já acho curioso, no mínimo, este ataque cerrado a escolas privadas quando, aparentemente, existem cerca de 500 em todo o País e apenas 79, repito, 79, têm contratos de associação. Não é estranho tudo isto?
i. Bem, se calhar não é nada estranho, quando se lê atentamente certos constituintes que raivosamente se opuseram a que ficasse consagrado na CRP 1976 o direito efectivo de pessoas famílias e grupos quanto a ensino privado.
Ensino privado que, obviamente para mim, não pode nunca deixar de ser rigorosamente fiscalizado e proceder integralmente de acordo com as várias normas definidas pelo Ministério de Educação. Mas vale a pena continuar a construir escolas públicas em certas zonas, só porque a CRP estabelece o que estabelece? Tenho dúvidas que num País com as dificuldades do nosso isso deva prosseguir.
j. Conclusão final: mais uma geringonçada, ainda que se deva (já devia ter sido) corrigir as pouca vergonhas que estejam no terreno. Mas deixem-se de ataques à igreja católica e a privados que cumpram escrupulosamente com as normas que o Estado, constitucionalmente, tem o dever de impor. E ainda quanto aos contratos, andam por aí os do costume com a sua habitual superioridade intelectual a dizer que têm base ostensivamente ilegal. Ilegal? Se me disserem que prosseguem linha diferente do PCP, do BE, aí percebo o argumento. Se forem ilegais, rapidamente os tribunais o confirmarão. Mas parece que o ME não quer ir por aí, porque será?
AC