quarta-feira, 4 de maio de 2016

A Liberdade, A Democracia.

Dou muitas vezes comigo a meditar sobre a questão "Liberdade".
E não é de agora.
Pertenço ao grupo dos mais reservados, sempre assim fui.
Posso no rosto ter fisionomia de pateta, o que não é significado de que o seja.
A fisionomia de cada um terá explicação, nos genes herdados, e em mais alguma coisa, ou mais "Acima".
Procuro sempre respeitar as opiniões alheias mas, talvez defeito da idade, incomoda-me cada vez mais que me apareçam com superioridades, morais, éticas, políticas.
E sobretudo sem civismo, sem educação, sem decência, com arrogância.
Sobretudo quando me querem definir a sua democracia como a única, a pura, a verdadeira.
Esquecem que a democracia é exactamente o sistema especial na definição de Churchill.
Não há democracia apenas de uns certos senhores, sejam eles, Freitas do Amaral,  Paulo Portas, Mário Soares, Durão Barroso, Passos Coelho, António Guterres, Sócrates, Jerónimo de Sousa, Catarina Martins, Arménio Carlos, Vasco Lourenço, Otelo Saraiva de Carvalho, António Costa, Mário Nogueira, Proença de Carvalho, as individualidades que quiserem.
Há só uma democracia.
Com imensos defeitos, com imensos problemas, com inqualificáveis iniquidades, com insuportáveis desigualdades, e com ofensas diárias ao que a CRP estabelece no seu Artº  13º,  onde se consagra "O Princípio da Igualdade".
A liberdade impõe-me que observe as atitudes dos outros sejam governantes sejam governados, as pondere, com elas concorde ou discorde, mas não aceito que me calem e que não respeitem a minha opinião.
Discutível, certamente.
Mas que procuro sempre exprimir com serenidade, sem ofender, sem superioridade, pois aqui e ali posso não estar a ver devidamente esta ou aquela perspectiva.
E já por mais de uma vez fui bastante cáustico.
Não consigo eliminar todos os meus defeitos, mas creio que tenho minimizado alguns.
Procuro comportar-me com decência e coerência, valores muito arredados da vida nacional.
AC

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