A PROPÓSITO do ESTADO a QUE ISTO CHEGOU
Passada a fase inicial conturbada após o 25 de Abril, creio incontestável que o País está muito diferente, e em muitas áreas para bastante melhor.
Mas, se olharmos para a realidade actual de muitos concelhos fora das zonas centrais de Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, e mais uma ou outra cidade, encontramos ainda e outra vez dificuldades acrescidas, famílias exaustas, desagregação, despovoamento, miséria.
Mas, se olharmos para a realidade "justiça", por exemplo, observamos corporativismos exacerbados, trincheiras, pesporrências agudas, e uma ineficácia degradante. Observamos os intrujões a rirem-se na cara do cidadão comum, como se o cidadão comum não soubesse o preço das viagens aéreas, das estadias em hotéis no estrangeiro, ou quanto custam certas casas nas grandes cidades, nacionais e no estrangeiro. Como se o cidadão comum não soubesse o valor do dinheiro e como custa a ganhar.
Mas, se olharmos ainda para a realidade "justiça", observamos a banditagem que roubou o País sobretudo a partir de 1991, e que agora de nada se recorda, mesmo quando aí estão montanhas de indícios. Mas o sistema de justiça que foi montado sobretudo nas últimas 3 décadas e meia, e é tão louvado por muitos e sobretudo por Coimbra, é ineficaz a não ser para os humildes, porque assim e para isso o prepararam.
Portanto, na vida das pessoas, e face à realidade concreta da pouca vergonha que alastra como cancro, o estado a que, em muitos sectores, isto chegou, é, para mim, cada vez mais deplorável.
Exagerando, olhando para certos sectores, observando a desfaçatez e a leviandade de inúmeros, mentirosos, intrujões, ortodoxos, irresponsáveis, incluindo muitos titulares e ex-titulares de TODOS os órgãos de soberania, quase apetece perguntar olhando à escala primitiva dos tempos geológicos, em que fase afinal estamos: na era "Quaternária", na "Terciária", na "Secundária", na "Primária", ou já regredimos tanto que voltámos ao "Pré-Câmbrico"?
Quem souber que diga.
AC
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