"Polémicas que raiam o absurdo
Confiei os meus filhos ao ensino público e, quando entendi que era melhor para eles, matriculei-os nas escolas privadas que os rendimentos do meu trabalho permitiam pagar. Exerci o meu direito de escolha. Custa-me, assim, a compreender a polémica do momento, pois se a intenção do governo é limitar os financiamentos, ajustados nos contratos de cooperação, aos casos em que estes contribuem para suprir as insuficiências da rede pública de ensino, faz o governo muito bem. Faz bem porque não põe em causa a liberdade de escolha que a Constituição garante, como também cumpre o que a lei determina. E não ouço ninguém a reclamar pela alteração da lei no que respeita aos fundamentos dos contratos de associação. Existe, dizem, a ameaça de desemprego de professores de escolas privadas. Lamentável. Mas porque não existe desemprego virtuoso e desemprego mau, não é mais lamentável do que o desemprego dos professores das escolas públicas se forem colocados nessa situação por causa de redundâncias no sistema escolar ou de benefícios excessivos e inadequados concedidos às escolas privadas".
Salvo melhor opinião, eis uma opinião equilibrada, evidenciando decência, sem crispação, de um lado ou do outro das barricadas que por aí estão a ser montadas.
Assim se discutissem, se analisassem os assuntos no País.
Mas, por exemplo na Assembleia da República, cada vez mais se encontram desprezíveis exemplos de falta de educação, de ódio, tudo falsamente justificado com a linguagem e retórica parlamentares.
Um esgoto.
AC
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