sábado, 14 de maio de 2016

Porquê ter um blogue?

"Porque sim, porque quero dizer o que me apetecer, porque como aos jornais só chegam os do costume e só de vez em quando deixam passar umas cartas ao director, apetece-me ter um blogue!1 PRONTOS"!!!
É uma justificação possível!
Porque quero dizer o que me apetece, insultar, ofender, agredir, sem consequências! E insultar, depois, sempre sob anonimato, nas caixas de comentários dos outros.
Parece haver muitos em que assenta esta justificação!
Porque quero dar conta de aspectos ligados à cultura, falar de livros, de música, de filmes, de exposições, de autores, de realizadores, falar de tudo o que me apetecer!
É outra justificação possível!
Porque me apetece dizer sempre mal do governo, dos poderes instituídos, de todos os poderes que estiverem no poleiro, sempre, e por sistema! Discordar, sempre, porque sim!
É........de considerar, também, esta possibilidade!
Ah, é porque me apetece vir a ser conhecido, vir a ser apontado por outros blogues, sei lá, um dia nos OCS!
É também uma possibilidade!
Ah, porque o blogue é o meu porto de abrigo.
Outra possibilidade.

A justificação será diversa e, discorde-se de várias, discorde-se, como eu, da manutenção e aceitação do anonimato, seja nojento o nível da maioria dos comentários que se encontram na NET, ter um blogue está na vontade de cada um, tal como ingressar no Twitter, FaceBook, etc. Eu só tenho blogue. Iniciei-me nestas aventuras anos atrás, num blogue de um amigo, que muito respeito.
No meu blogue, e já no blogue do meu amigo, tentei sempre, porventura alguma vezes desajeitadamente, ter presente Miguel Torga - "Recomeça..........se puderes, sem angústia e sem pressa, e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcançares não descanses, de nenhum fruto queiras só metade." Até porque, como fui ensinado, e na profissão ainda mais alicercei o conceito, o valor, existe uma diferença abissal entre homens de corpo inteiro mas sobretudo com cérebro e coluna vertebral, e os pequenotes que pululam por aí, muitos dos quais bem entrincheirados na vida pública e nas instituições e empresas que o erário público suporta.
Infelizmente, são muitos destes que dominam os poderes todos, aliados de escritórios e "donozinhos disto e daquilo". Existem excepções, felizmente, mas são bastante menos que a maioria bafienta.

Não tenho paciência para pessoas mal-educadas. Como se vê nas caixas de comentários, ou os "grosseiros" na pastelaria - "um café", que depois olham para mim e outros, que dizem - "muito bom dia minha senhora, um café e um nata por favor".
No meu blogue e em outro onde também colaboro, procuro ser decente. Talvez não o consiga sempre. Mas tento. Ao tecer as minhas opiniões, sempre discutíveis, um dos meus objectivos é não esquecer que nem sempre talvez consiga ver todas as perspectivas de um dado assunto e, por isso mesmo, aberto a contraditório. Será sempre salutar o confronto de ideias, civilizado e respeitador. Pena que muitos fiquem sempre calados.
Claro que num blogue existem limitações. Por exemplo, mas de vez em quando não me coíbo, não é aconselhável escrever textos demasiado longos.  Não se podem fazer estudos. E por isso misturo com algumas provocações, com pequenas picardias, com muitas fotografias.

Os meus desabafos nada resolvem. Eu sei. Aliás, os blogues de boa qualidade creio que também pouco aquecem ou arrefecem os poderes instituídos, os actuais e todos os anteriores.
Porque existe muita falta de cultura, falta e educação, deficiências gritantes de formação, que leva a que, na minha opinião, tantos dos meus concidadãos esqueçam sucessivamente a banditagem política que nos desgraça após cada mandato vencido nas urnas. Com promessas que sabem não ir cumprir.
E assim continuamos, com a malandragem que nos tem desgraçado desde o 25 de Abril de 1974 (nem vale a pena falar dos mais para trás), dos muitos que por aí andam como comentadores ou nos programas de TV, ou nos telejornais (presidentes de câmara, sindicalistas eternos, escribas sempre do contra, candidatos a lideranças, messias, etc), para além das poses, da propaganda, da telegenia e de contarem com jornalistas que nunca os apertam com perguntas específicas.
Não se discute a sério, os problemas e as prioridades de Portugal, e aspectos concretos como, o nº de deputados, a lei eleitoral, a promiscuidade política e os negócios e a inerente corrupção, o número de  autarquias, como inverter o despovoamento, o papel das Forças Armadas, o mandato do Presidente da República (7 a 9 anos?), etc.
Os meus desabafos nada servirão mas, lá está, como dizia o ratinho, "qualquer bocadinho ajuda,......e mijou no mar".
Os comandados, os cidadãos comuns, têm muita culpa no cartório.
Isto dito, nada mais,..........pintassilgos não são pardais.
António Cabral (AC)

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