domingo, 16 de novembro de 2014

Cada vez acho mais piada aos nossos jornalistas de referência
A propósito da demissão do Dr Miguel Macedo, demissão / confirmação a que consegui assistir em directo porque fui chamado à pressa á sala, tenho estado a passar pelas mais variadas notícias e comentários via NET.
E acho por exemplo imensa piada a este tipo de frases - ....."afectou seriamente a credibilidade de uma polícia, de vários serviços do Estado e lançou a confusão nos serviços de informação. E é isso que tem de ser resolvido de uma forma célere".
Acho imensa piada a estes jornalistas. Claro que a situação agora vinda à tona afecta a credibilidade de muita coisa e muita gente. Mas, só agora é que essa credibilidade está afectada?
Tenham vergonha, e vão estudar, estudar as sucessivas alterações aos serviços de informação desde a sua criação, estudem as sucessivas nomeações para esses serviços. Vejam as ligações políticas e outras. Vejam nos sucessivos SIS, SIED, SIEDM, SEF etc a permanência de chefias intermédias e superiores, por exemplo.
E é isso que tem de ser resolvido de uma forma célere. De forma célere? Como assim, corrige-se o que está podre há décadas num abrir e fechar de olhos?
Em Portugal, na sequência do 25 de Abril, criou-se o mito de que, para lá das habituais PSP e GNR, se podia e devia viver sem polícias especializadas, sem instituições de segurança ao mais alto nível do Estado. Depois de um tristemente célebre assassinato salvo erro em 1987 ou 1989, começaram a pensar na segurança de altas individualidades e por aí fora. Mas sempre com jogos de cintura, com compromissos politiqueiros e de lojas, brincando com coisas muito sérias. Que deviam ser muito seriamente encaradas, como no reino Unido por exemplo, se o nosso País não se tivesse transformado numa triste ópera bufa.
O resultado está á vista.
A seguir, deve vir aí com ar de grande estadista o PM indicar que está tudo bem, é só substituir o ministro. Lembrando Agostinho da Silva e perdoem a linguagem menos limpa - e se se deixassem de merdas? E já se vai muito tarde, digo eu.
AC



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