O estado da justiça em Portugal
A justiça em Portugal melhorou certamente muito comparativamente a tempos atrás.
Há quem se insurja sobre diferentes aspectos, mas sobretudo sempre que se toca, ligeiramente que seja, na banditagem que vai esfacelando a sociedade portuguesa.
Pela minha parte, neste blogue e noutros tempos mais recuados, por mais de uma vez destilei a minha revolta pelo estado em que ainda estamos.
De uma coisa estou certo, a máquina da justiça é realmente muito lenta. Insuportável, e sempre com a maior desconsideração para com o cidadão comum.
Veja-se um simples aspecto administrativo, por mim vivido.
No início de Maio passado, estive num tribunal do interior de Portugal Continental, convocado por esse tribunal, porque uns meses antes um amigo indicou-me para testemunha num processo em que ele estava envolvido.
Logo na manhã em que cheguei ao tribunal, requeri na respectiva secretaria, ao abrigo do Artº 644º do CPP, que fosse ressarcido das despesas suportadas com a deslocação a que fora obrigado judicialmente.
Indiquei a quilometragem e as portagens.
Chegou hoje de manhã a carta do tribunal em que indicam o que me vão pagar.
Sete meses, repito, SETE MESES. Claro que se pode imaginar, podia ser pior.
Agora (é o que verbalmente me informaram) ainda deve passar pelo menos mais um mês até que o Instituto de Gestão Financeira e Infra-Estruturas da Justiça faça o pagamento definido. Pagam apenas a quilometragem. É o Estado português.
É o estado disto tudo, só bom para os donos disto tudo, das mais varridas cores, embora todos os dias me queiram convencer de que, donos disto tudo, só há de uma cor, ou de uma certa classe social. Os outros estão livres e são todos donos da mais pura ética republicana (que não se aplica na savana africana, claro)
Vão gozar com a tia, como dizia o outro!
Todos uns verdadeiros e genuínos ACPN, Autoridades Competentes de Porra Nenhuma!.
António Cabral
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