terça-feira, 27 de agosto de 2024

A  PROPÓSITO  das  REGRAS  na  UE
Se a memória não me atraiçoa, creio que no início da década de 80 do século passado houve uns sobressaltos nos EUA quando a Sony comprou várias coisas nos EUA. Este foi um dos vários casos.

Se a memória não me atraiçoa, nos anos 70 e 80 do século passado os EUA e os países Europeus económica e financeiramente mais fortes andaram a jogar forte e deslocalizar muitas empresas para a Indonésia, Malásia etc.

Se a memória não me atraiçoa, depois do acordo EUA - China - Vietname do Norte para o fim da guerra no Vietname do Sul, o sr Deng  muito inteligentemente iniciou uma industrialização forte da China. As transferências tecnológicas para a China e Ásia em geral começaram em força nessas épocas.

No presente, Taiwan/ Formosa é um colosso mundial por exemplo no que a microchips e semicondutores respeita. Creio que é aliás o maior colosso nestas matérias. Fundamentais para uma grande parte da produção industrial mundial.

É claro que o mundo não pára e hoje, no Ocidente, muitos perceberam (muito tarde andam agora a piar) que estão fortemente dependentes daquilo que fizeram há anos. 
Soma-se a isto, a China ser riquíssima nas famosas terras raras.

Soma-se a isto a tradicional burrice (opinião pessoal naturalmente) da esmagadora maioria dos Ocidentais que querem, carros eléctricos, electrodomésticos com A++++, telemóveis, computadores, colunas de som inteligentes, gás e água e electricidade basicamente de graça, televisores super-inteligentes, poder controlar tudo em casa através do telemóvel. ETC.

Mas ponham as minas e as indústrias poluidoras em África, na Ásia ou na América Central e do Sul, porque aqui no Ocidente, muitas proclamações sobre, a descriminação, racismo, ambiente, poluição, climáticas, de género, etc.

Aqui no Ocidente, civilizado, ética e moralmente superior, sempre muitas e constantes proclamações, é onde deve estar o turismo de qualidade, turismo para ricos mas também parcialmente de massas, a preocupação ambiental, o lazer inerente a semanas de trabalho de três no máximo 4 dias ou preferencialmente trabalhar sempre em casa das 1030 às 1300 e das 1500 às 1730 horas.

E uma farmácia, uma esquadra, um hospital, uma escola, uma creche um parte infantil e um gimnodesportivo polivalente a não mais que 100 metros da porta de casa. 
Atenção, casa a residência fiscal, pois há que ter outra junto da praia no Algarve ou na costa Alentejana, e outra nas Beiras ou Minho ou Trás-os-Montes..

De qualquer modo, há quem ande a pensar em diminuir dependências e trazer para dentro de casa a fabricação das tecnologias.

É o caso da Alemanha como vi noticiado. Concretamente em Dresden (a martirizada da II GG) onde se pretende erigir um grande complexo industrial de semicondutores. Importância óbvia para a indústria Alemã designadamente a indústria automóvel.

E é por demais evidente que a UE vai dar uma ajudinha que mais não seja fechando um olho dado que, em outros casos, já parece ter negado ajudas públicas de alguns Estados às suas indústrias e empresas. 

A velha temática dos pesos e medidas diferentes consoante a pujança do país em causa.

E creio que nós aqui em Portugal nos podemos queixar das diferenças nas decisões da UE. 
A UE tem muitas narrativas. 
Umas vezes o Estado pode ajudar outras não (os países fraquotes não podem, Alemanha e França já podem).
O costume, água benta para uns, ameaças de sanções para outros.

AC

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