quinta-feira, 22 de agosto de 2024

MODAS e SEMPRE o POLITICAMENTE CORRECTO

E sempre a HIPOCRISIA.

Estou a escrever isto depois de ler as gordas pela NET, e ter reparado que vários realçaram o entusiasmo que os "Obama" emprestaram ao "comício" americano em que Kamala Harris será nomeada.

Antes de prosseguir, afirmar que concordo inteiramente que até um boneco da Disney seria menos mau como presidente do que Trump. 

Mas, voltando ao dito "comício" que, provavelmente, entusiasmará muita gente da "esquerdalhada" aos "direitolas decentes" incluindo aqui na "Tugolândia", pela minha parte não tenho grandes ilusões.

Considero altamente improvável que com Kamala as coisas se alterem profundamente na política americana.
Nem internamente, mas sobretudo externamente.

Proclamações haverá muitas, muitas loas, sobre a Palestina, sobre a Ucrânia, sobre a UE, a fome no mundo, etc.
Mas as realidades prosseguirão, como até aqui sem grandes diferenças.

O entusiasmante (??) Barack Obama foi o presidente que, como prometera,  acabou com Guantanamo!

Ops, estão a sussurrar-me aqui ao ouvido que não, que não acabou com esse negócio!
Então, . . . . . foi o chéché do Biden . . . . 
Ops, dizem-me que também não, que afinal Guantanamo prossegue!

Este é só um dos muitos exemplos da "Make America Great Again", a mesma de sempre, só que não verbalizada pelo cor de cenoura nem pelas suas mãos, exactamente, as do execrável Trump.
Mas será prosseguida pelas mãos dos grandes defensores dos direitos humanos, na democracia, do Estado de direito, da liberdade, etc.

Os interesses senhor . . . . os interesses!

Biden é o maior, o mais decente, 50 anos de decência com negócios familiares discutíveis, como são todos os negócios aquele nível. 

Obama foi e é um homem decente.
O complexo militar industrial é que é o mesmo.
Os objectivos são os mesmos.

Ponham lá o Trump, o Biden outra vez, a Kamala, quem quiserem, e por isso ex-colaboradores de Trump dão agora uma mãozinha a Kamala.

Virem-se os olhos para o czar na Rússia.
Diferenças?
Várias.
Mas os interesses senhor, . . . . os interesses.

Neste lado, o Siberiano, temos uma democracia (????) muito musculada, temos o FSB, temos os Spetnaz, temos os lobos Chechenos, temos oligarquias, etc.

No lado oposto, temos CIA, FBI, NSA, covert operations, etc.

Temos diferenças de tom, temos democracia americana, indiscutível, mas também muita coisa por baixo da mesa.

Ah, podemos olhar para a China, para a Índia . . . .

Os interesses senhor, . . . . os interesses.

Não é bem venha o diabo e escolha mas, não gosto que me enganem.
E tenho sempre bem presente a lembrança da queda do muro de Berlim e para que lado correram logo que o muro foi abaixo.

Não tenho dúvidas, sei em que lado quero estar.
Mas também me chateia imenso que me tentem enganar, cá, no lado onde de longe prefiro estar.

Para terminar, e porque há muitos esquecidos, um pouco de história americana. Salientando sobretudo pedaços da vida e da intervenção de JFK desde 1960.

Na página da esquerda, depois de Eisenhower aprovar (17 Março) operações da CIA contra Cuba, encontro privado (Julho) organizado pela CIA juntando JFK (ainda não presidente) e cubanos exilados, falhanço da operação Baía dos Porcos (17 Abril 1961), a operação Mongoose coordenada pelo irmão Bob (Dez 1961).

Na página da direita sobretudo vários dos passos relativos à crise dos mísseis em Cuba, e as acções preparatórias de guerrilha com treinos na América Central tudo pago pela CIA e coordenado por Bob Kennedy.

Da história Russa, de algum modo com equivalência, é melhor nem olhar para esse horror.
Prefiro o lado onde também servem certos chás mas são menos envenenados. 
É menos mau!
Mas, repito, chateia-me muito que me tentem enganar!
AC

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