domingo, 25 de agosto de 2024

O  PERDÓCIO
Já não sei onde li esta expressão - perdócio - com que alguém classificou o jornal diário Público, órgão de comunicação social tão  apreciado por certos estratos nas bolhas citadinas.

OCS que, na minha opinião, e respeitando sempre a opinião de outrem, está a léguas do que era/foi para mim um bom jornal, fundado pelo saudoso Vicente Jorge Silva, quando diariamente o comprava. 

Escrevo a propósito disto:

"A Ucrânia volta a surpreender o mundo

A incursão ucraniana do início deste mês, por territórios onde os russos travaram algumas das mais intensas batalhas contra os nazis, tem um enorme peso histórico e surpreendeu inimigo e aliados". . . . 

As forças ucranianas estão em território russo e ameaçam a cidade de Kursk.
Há quem afirme que um dos objectivos seria a central nuclear russa naquela zona.
Simultaneamente, Moscovo tem sido também alvo de "drones".

Há quem afirme que tudo isto tem sido surpresa para os russos.
E é certamente uma humilhação.

Há quem afirme que se trata da parte Ucraniana de tentar obter parcelas de território russo para eventuais negociações tendo em vista a resolução do conflito por meios diplomáticos.
Não faço ideia e, confesso, estou um bocado a borrifar-me.

Os russos vão ou não vão travar esta ofensiva? 
Os ucranianos vão continuar a avançar, vai consolidando posições ou não?
Naturalmente mesmo para um leigo como eu e pensando apenas pela sua cabeça, o que está a suceder configura obviamente algo porventura inesperado, e com desfecho que não consigo imaginar.

Há quem afirme que esta incursão e progressão das forças Ucranianas dentro do espaço de Putin é um sucesso militar que, entre outras coisas, reforça o ânimo dos seus combatentes e dos aliados. É bem capaz haver nisto uma grande parte de veracidade, realidade.

Pensando pela minha cabeça parece-me evidente que esta aventura em terreno inimigo é um sucesso. Quanto tempo durará o sucesso?

O conflito em causa tem raiz histórica, de séculos, cultural e política e, é obviamente certo que dificilmente tem solução militar.
A diplomacia arranja solução?
Estamos perante um novo e decidido esforço Ocidental e nomeadamente da parte dos EUA, para tentar implodir a Federação Russa/ Rússia?

Há aqui um grande esforço em pessoal da parte Ucraniana.
Mas, parece-me, que por razões de rigor é preciso dizer que esta actual incursão Ucraniana não teria sido possível sem a geolocalização fornecida pelos EUA. E os serviços de informações dos EUA a funcionarem bem.
A mim que sou leigo parece-me evidente.

Como evidente me parece que da parte da Rússia isto demonstra falhas enormes e uma real fraqueza militar no estrito plano convencional.

Mais rigorosamente, creio que se devia dizer - um bom sucesso militar EUA/ Ucrânia.

O que se seguirá? Não faço a mínima ideia. 

Como não faço ideia como continuará a ocorrer o esforço Ocidental para a Ucrânia, e o esforço Irão e Coreia do Norte para a Rússia.
Quanto dinheiro continuará a escorrer para a Ucrânia e para os bolsos de certa gente?
Aumentarão os conflitos no Médio Oriente e em África para obrigar os EUA a pensar melhor o apoio à Ucrânia?

Tenham um bom Domingo. Saúde.
António Cabral (AC)

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