A porcaria que por aí vai, cá dentro e lá fora.
Escrevi isto em 11 de Março p.p., regressado a casa depois de retemperar o espírito e o físico, durante larga temporada, que os 66 anos e os amigos permitem para periodicamente fugir à envolvente nauseabunda.
Vai por aí muita porcaria. Fico pela que vou agora vasculhando cá dentro. De facto, como já vi escrito, e parece acertado, se qualquer manuscrito, manifesto, trapo, ou rolo de cozinha escrito por uns quantos e uma quantas, pode afectar os humores dos que contribuem para estabelecer os juros com que nos sugam, então isto cá dentro continua de facto uma mentirona. Aliás, sempre disse, e designadamente no final de 1991 junto à lareira de um cidadão que então presumia meu amigo e que estava gozando dos favores familiares por via uterina, o eucalipto estava a dar cabo de tudo. Como se foi vendo ao longo dos anos, com a prestimosa ajuda de filósofos de todas as outras cores e salafrários das mesmas todas as cores.
Se um espirro pelo nariz, ou um espirro "mais abaixo", vindo de personalidades como dizem alguns, todas de dentro do sistema ainda que se fazendo parecer diferentes, abana as estacas palafíticas em que continuamos assentes, estamos mal, corrijo, continuamos essencialmente na mesma. Em todos os aspectos.
Saída limpa, pouco limpa, cautelar, suja? Tenho a certeza absoluta que caminhar para a velhice vai ser cada vez mais penoso para mim e maioria dos meus concidadãos. Com excepção de uns quantos e umas quantas, que agora fazem parecer que nunca exerceram o poder, que nunca esfrangalharam equiparações salariais entre funcionários públicos e outros servidores do Estado, que nunca se borrifaram para o mar e para os fiscais das finanças (importantíssimos) e para as forças armadas e para as forças de segurança, que fingem nunca terem sido coléricos e ofensivos para colaboradores directos, que fingem nada ter sabido sobre as fundações e os casos tipo BPN, e um etc que é um nunca mais acabar.
Um nojo. Como pérola em cimo deste bolo podre, nada me espantou que perante as prescrições recentes os sindicalistas viessem agora com alguma timidez dizer pouco mais que a irmã do Solnado.
Tenham todos vergonha. Portugal é um País tão pequenino para se roubar tanto.
Boa sorte e boa noite.
AC
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