quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

NÃO, Sr Presidente MARCELO
Não, Sr Presidente da República, a questão no Portugal de hoje, já não é entre democracia e ditadura. Passaram mais de 50 anos, e creio que a democracia está sólida.
Não é. Naturalmente, é a minha opinião. 

Devemos continuar a "regá-la, naturalmente.
Respeito a sua e dos que, como o senhor, 50 anos passados continuam com a mesma conversa, enquanto se apoderaram do Estado e dele se servem para a vossa vidinha.

E quando afirmo o que acima afirmo, não me refiro só a alguns, refiro-me ao PCP que continua convencido que pode continuar a ser patrão dos sindicatos (que têm um papel muito importante a desempenhar) e usá-los a seu belo prazer, refiro-me às agremiações RADICAIS quer à extrema esquerda (com roupagens diversas a quererem parecer anjos) e à extrema direita populista, e todos eles radicais muito provavelmente por trás de vários movimentos inorgânicos.

Refiro-me, também, ao CDS, mas sobretudo ao PSD e ao PS que ao longo de décadas têm partilhado o Banco de Portugal, a CGD, a banca em geral, a indústria, as fundações, os tribunais (formalmente independentes) as associações ditas secretas, e um longo ETC.

A questão é que Guterres antes de ir tratar da vidinha como sempre programou, tratou de não fazer o que podia financeiramente ter feito e não fez, creio que para enorme desgosto e zanga do seu primeiro ministro das finanças, Sousa Franco.

A questão é que depois do pântano veio um farsante a gritar que estávamos de tanga, E ESTÁVAMOS, mas seguindo o exemplo do antecessor, tratou mas foi da vidinha.

A questão é que se lhe seguiu outra criatura que nem sabia o discurso de posse, e agora pensa concorrer às eleições presidenciais em 2026.

A questão é que se lhe seguiu um artista que obrigou Portugal, pela terceira vez, a ser financeiramente socorrido por instituições internacionais: bancarrota socialista!

A questão é que se lhe seguiu um homem que considero intelectualmente honesto, mas que não foi capaz ou não quis, tratar os portugueses com decência, e desatou a dizer e a fazer ou mandar fazer enormidades atrás de enormidades, a par do que tinha de ser feito face à falta de vergonha de Sócrates.

A questão é que se seguiram mais de oito anos de vigarice e retórica, com variadas poucas vergonhas, mas como era a esquerda no poder, mesmo estando tudo a rebentar pelas costuras, toca de agarrar os sindicatos, e etc. 

Agora, que Portugal estava o melhor dos mundos, em Março de 2024 Portugal implodiu. Extraordinário.

A questão sr Professor Marcelo, é que os portugueses estão cansados de tanta retórica, de tanta mentira, e de os problemas se arrastarem sem serem resolvidos.

A questão não é entre democracia e ditadura. Já passaram 50 anos.

A questão é que não tratam de nós, os cidadãos, e deixaram INFELIZMENTE surgir e ENGORDAR VENTURAS e QUEJANDOS.

Tivessem tratado do que em democracia e liberdade deviam ter tratado, não estaria eu e os cidadãos comuns com Venturas e outras coisas horríveis (para mim, naturalmente) à perna.

Esta é que é a questão. 
Deixe de tirar "selfies", de roubar batatas fritas, fazer de calceteiro, e outras parvoíces, e olhe séria e honestamente para os nossos problemas. Mas vai muito tarde.

António Cabral (AC)

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