domingo, 22 de dezembro de 2024

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS JANEIRO 2026

Vem isto a propósito do “trauliteiro”. 
Exactamente, Augusto Santos Silva.
Chamo-lhe isto por me recordar da soberba quando anos atrás de vez em quando se vangloriava do prazer que tinha em “bater/ malhar" nos adversários políticos.

Nunca apreciei esta criatura. 
Qualidades e defeitos tem, como todos nós.
Diminuiu mais a pouca consideração que tinha por ele quando, há bastante tempo, anunciou publicamente que queria voltar à academia, largar a política. Era então ministro de Costa.
Estava/ está no seu legítimo direito de continuar na política ou não.

Mas está no meu legítimo direito ter opinião sobre os meus concidadãos na política, no serviço à sociedade. 
Está no meu legítimo direito perceber se servem de facto a sociedade ou, se se servem dos cargos para que foram eleitos.

Basicamente, opinião pessoal naturalmente, "forçou" Costa a arranjar-lhe um melhor poleiro. Conseguiu, ficou na política, "malhando", e adiou a ida para a cátedra. 
Está lá agora, formalmente, e em breve dará aulas.

Entretanto escreveu um livro, e vai dando passos para que, presunção minha naturalmente, o PS o venha a considerar "o candidato" às eleições presidenciais de Janeiro de 2026.

Vem tudo isto a propósito do texto que fez publicar no Expresso.
Texto que, na minha opinião naturalmente, pretende ser mais um prego no caixão de putativos candidatos a essas eleições. 
E passadeira vermelha para ele, . . . . até Belém.

Legitimamente, a mim pareceu-me que com esse texto quer colocar basicamente fora da corrida quase todos os seus potenciais concorrentes. Não sei o que pensará de Joana Amaral Dias, que anunciou ir também à corrida.

Pessoalmente "achei o dito texto delicioso" (!!).
É mais uma criatura que vem com aquele ar doutoral e de superioridade moral pregar para a ignara multidão, para os burrinhos!

Diz o ex-presidente da AR que Portugal não precisa, por exemplo, de pulso duro. 
Palavra de honra que apetece ir rever certos tristes episódios na AR!

Ele, como PR, seria SEMPRE um facilitador, nunca um contrapoder.
Enquanto alguns heróis da banda desenhada tinham visão Raio X, Augusto veria tudo TRANSVERSALMENTE, veria tudo de uma forma tridimensional!

Ninguém, pelos vistos, ama a língua portuguesa como Augusto. 
Ninguém, pelos vistos, ama a cultura como Augusto.
Certamente conhece a famosa biblioteca em Coimbra, a "Cabra",  o museu de Idanha-a-Velha, o museu da Luz, o Convento de Orada, o mosteiro de Rendufe, o Farol de Santa Marta, os museus em Aveiro, as Fajãs da ilha de S.Jorge, a Vista Alegre em Ílhavo, todos os livros de Sofia, todos os livros de Torga, a história do entalado Martim Moniz, os vários livros de Oliveira Martins, todos os livros e textos de José Medeiros Ferreira, todos os livros e textos de Tolentino de Mendonça, a História do Cerco de Lisboa de Saramago, Por onde irá a História de Miguel Monjardino, etc.

E a dimensão dele, internacional, geopolítica, histórica, meu Deus, enorme! 
Sabe de cor e salteado toda a historia da OTAN /NATO desde a sua criação, conhece todos os livros de Noam Chomsky, Toda a verdade de Roger Garaudy, A Arte da Guerra de Sun Tzu etc.

Egocêntrico é que a criatura não é! 
É, alem disso e sem sombra de dúvidas, uma das mais clarividentes vozes do povo.

Augusto de certeza que conhece bem a sociedade portuguesa.
Conhece a geo­grafia, o território, já fez por duas vezes a N 2, por três vezes a N 222, mas ainda uma só vez a N 16. Calcorreou o Gerês, e Montesinho, e fez o caminho português de Santiago.

Augusto adora a nossa história, os nossos costumes, ama a nossa língua, ama a nossa cultura, vive e dorme com literatura, adora artes e adora observar o património edificado, e o património imaterial. 

Augusto sabe bem que não pode ser um executivo, mas a sua missão evangélica e magistratura de influência serão determinantes para acabar com esta distorção da função presidencial (estaria a referir-se a Marcelo?)

Augusto será sempre um defensor vigoroso da dialética política!
Enfim, Augusto, com as suas características, poderia ter como nos tempos da monarquia, vários cognomes.
Trauliteiro certamente.
Porventura também o de "perfeito".

Temos homem!
AC

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