domingo, 31 de agosto de 2025

DISSUASÃO

Se queres PAZ prepara-te para a GUERRA.

Esta frase mantém actualidade?  Ou não?

Na Europa dita Ocidental, na Europa da suprema democracia, na Europa exportadora de democracia, e que não faz (????) negócios com ditadores e autocratas seja na Ásia, África, Américas Central e do Sul, a pulsão guerreira há muito que acabou, está dormente, ou bem vivinha da costa?

Com o advento da CEE/ UE, nos países que a integram, estão finalmente consolidados todos os valores ocidentais, as condições das populações nesses países todos, estão igualitárias?

Em nenhum país da UE + Reino Unido, desapareceram as paixões guerreiras?
Na Alemanha? Na Polónia? Na Roménia? Na Hungria?
E quanto aos que estão fora da UE, por exemplo Turquia, Moldova?

Na própria Ucrânia, antes de FEV 2022, não existiam paixões guerreiras?

Pessoalmente, errado que eu possa estar, as paixões guerreiras estão bem vivas em muito lado e por exemplo, creio,
- na Rússia e em todos os países que integraram a URSS,
- Turquia,
- Ucrânia, 
- Alemanha.
- Reino Unido
- França
- EUA

Com esta retórica do rearmamento de Ursula, com as decisões recentes de Metz, com a crescente agressividade da Rússia enquanto PREPARA MEMORANDOS, viu cede ir ao Alaska, com o crescente envolvimento directo de vários países Europeus, com a guerra comercial instalada, sobretudo com o (disfarçado?) confronto EUA-China, para que mundo caminhamos?

Não tenho dúvidas de que o recurso ao armamento, o crescente  desenvolvimento de capacidades militares defendido numa perspectiva de assegurar a defesa de cada um, teoricamente tenderá a demover quem queira atacar outrem, assegurará a PAZ.
O contrário aguçará, muito provavelmente, certos apetites.

Caminhamos para o desastre. Oxalá me engane.
Se não houver guerra tanto melhor.

O meu problema quanto ao rearmamento é exactamente o mesmo quanto a tudo o resto.

A ausência de, realismo, de equilíbrio, de verdade, de racionalidade, de proporcionalidade, de acesso á saúde, de acesso à educação, de acesso à cultura, de acesso ao lazer, de cuidados a população idosa e muito jovem, levam ao desastre.

Enfim, sem a criação de sociedades equilibradas, com valores e sem extremismos, isso levará a desastres.

"Desastres" como, destruição de escolas no interior, desertificação,  despovoamento, desordenamento territorial, ausência de controlo dos mares sob nossa jurisdição, ausência de controlo de territórios e ambiente com inerentes e crescentes incêndios, ausência de sistema de justiça eficaz, ausência de forças armadas adequadas á realidade da envolvente externa e da nossa geografia, etc.

Caminhamos para o desastre, oxalá me engane.

António Cabral (AC)

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