sexta-feira, 29 de agosto de 2025

 ALDEIA  de  MONSANTO

Aqui mostro a capa e contracapa deste magnífico livro agora vindo à luz do dia, livro que em boa hora o meu prezado amigo Joaquim Fonseca e vizinho aqui na aldeia concebeu com a colaboração de várias pessoas mas designadamente da senhora sua mulher, Amélia Fonseca, uma das iniciais e grandes impulsionadoras nomeadamente das Adufeiras de Monsanto. 

Esta senhora como algumas e alguns mais (já poucos, . . . . a lei da vida. . . ) são um "poço" de sabedoria daqui, um poço sem fundo de património imaterial.

Em tempo foi-me pedido um testemunho sobre Monsanto para incluir no livro. Aqui reproduzo parte desse testemunho.

"Falar em poucas linhas sobre a aldeia de Monsanto, na Beira-Baixa, não é tarefa fácil.
Em primeiro lugar, e não se trata de falsa modéstia, para falar de Monsanto faltam-me conhecimentos, falta-me história, falta-me memória.

Em segundo lugar, sou suspeito, pois a aldeia de Monsanto diz-me muito e é, para mim e para a minha família directa, a nossa segunda casa.

Vim pela primeira vez a Monsanto em Novembro de 1969.
A minha mulher tem raízes em Monsanto. O avô materno aqui nasceu.
Sobretudo ele e o seu irmão e o filho deste foram os primeiros a introduzir-me neste extraordinário mundo, e orientaram-me para a descoberta da aldeia de Monsanto. 
. . . . . .
. . . . . .
Para falar de Monsanto é preciso falar das suas gentes, falar da quantidade de habitantes, naturais e residentes que existia na freguesia de Monsanto (Monsanto e os vários lugares à volta do Monte Santo, como Carroqueiro, Devesa, Adingeiro, Eugénia, Cidral, Lagar Martins, Relva, Torre, etc.) até ao início da década de 70 do século passado.
Mas também falar das gentes que foram partindo.

Para falar de Monsanto é preciso falar das pessoas, dos seus trajes, das lendas, das canções, das raízes populares, do património material e do património imaterial, falar do rancho folclórico, e das Adufeiras e do Rádio Clube de Monsanto.

Para falar de Monsanto é preciso falar do monte, dos penedos, da geologia única e imponente, do castelo lá no alto, dos caminhos ligando Monsanto e os lugares à sua volta, das ruas estreitas e das casas características havendo uma debaixo de um penedo enorme que lhe serve de telhado. 

Falar de Monsanto remete-nos para passado, história, memória, identidade, cultura, valores, etnografia, música, tradições, mas também presente e futuro.

Este livro trata de tudo isso. 
Livro de grande valor, trata de história, memórias incluindo religiosa, música tradicional e popular portuguesas, é um precioso instrumento para ajudar a promover e a defender a nossa identidade, os valores da Beira-Baixa, os valores culturais de Monsanto, as raízes ancestrais. 
É um excelente instrumento para Memória Futura".
. . . . . 
. . . . . 

António Cabral (AC)

Sem comentários:

Enviar um comentário