Num País com cada vez mais imparidades
Tinha prometido a mim mesmo umas semanas de sossego bloguista.
Mas,......mas dado o que para aí vai, a começar pelos deuses do TConstitucional, a continuar pelo que apregoa medidas justas, e a continuar em outras arengas e silêncios, escrevi ontem umas palavras.
Comecei a cumprir, iniciei a leitura da CRP, o que não fazia, creio, há talvez quase um ano. Mas desta vez para me "atirar" ao que penso podia ser melhorado. Um grande atrevimento de um apaixonado pelo direito constitucional, que não vê na actual Constituição impecilho especial da acção política governamental.
Por agora, e face ao que se vai passando, ocorre- me Camões e Agostinho da Silva.
" quem faz injúria vil e sem razão
Com forças e poder em que está posto,
Não vence; que a victória verdadeira,
É saber ter justiça, nua e inteira" ( canto X, LVIII)
Tal como o filósofo gostava, eu também.......
"Queria que os portugueses
Tivessem senso de humor
E não vissem como génio
Todo aquele que é doutor"
" sobretudo se é o próprio
Que se afirma como tal
Só porque sabendo ler
O que lê entende mal"
E como ele, eu também já......
" não corro como corria,
Nem salto como saltava,
Mas vejo mais do que via,
E sonho mais que sonhava"
Mas ainda está manhã, bem antes das nove, fiz uma boa caminhada.
Mas ainda não descobri como o meu País conseguirá sair deste filme.
Não é com Joaquim barbudo, Costa messiânico, Seguro titubeante, Passos lastimáveis, Jerónimo sem a pinta do índio, a inconseguida, Mário ou Marinho, Sócrates sem a categoria do grego, etc.
AC ( António Cabral)
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