quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Num País com cada vez mais imparidades
Logo à tarde, haverá mais um capítulo da presente telenovela. Vou tentar ver pela TV.
O que continuo a observar, só lamentavelmente confirma o que penso, e escrevi publicamente há vários anos. A esmagadora maioria dos políticos, gestores, advogados, etc, não me merecem grande respeito. Concretamente, à palavra desses concidadãos, não dou valor. Há excepções, naturalmente, mas não são muitas.
E não se deve nem é preciso ser mal educado, nem ofensivo. Pelo menos ao longo da vida tenho tentado ser assim.
Mas não me impede de dizer, e faço-o com tristeza: presidentes da república depois do general Ramalho Eanes, foram muito responsáveis pelo estado a que isto chegou. A esmagadora maioria dos titulares dos muitos outros órgãos de soberania, a advocacia designadamente os grandes escritórios, imensos gestores e banqueiros, vários médicos, vários sindicalistas, vários chefe militares, etc, etc, etc, etc.
É um rol desgraçado. Perguntarão? Não está a exagerar? Infelizmente, creio que não.
Porque não é ao meu nível, nem da esmagadora maioria dos cidadãos comuns que pagam IRS (eu continuo a guardar na garagem os documentos do antigo imposto complementar), que são criadas contas offshore, que se colocam bens em nome de sobrinhos, que se compram casas em Paris com hélio azoto e gases raros e não com dinheiro, que se recebem andares em troca de favores, que se colocam nas misericórdias os amiguinhos, que se colocam filhos a trabalhar em empresas só porque são filhos de quem são. É preciso fazer um desenho?
Um rectângulo à beira mar plantado, em que o Sol já não é o que era. E têm a lata, os actuais responsáveis a todos os níveis, que dizer que nada vai sobrar para mim e para os milhões como eu. Em surdina, justificam que dizem isto para não causar alarme, para eu não começar a dormir mal.
Algum dia chegará, em que esta malandragem se olha ao espelho, começa a corar, e, finalmente se interrogará: -" seremos nós os causadores do alarme e desgraças?"
AC (António Cabral)

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