Hoje, mais claramente ainda, falo de imparidades - criaturas. As tais “coisas” com aparência de ser humano, que nos azucrinam a vida há décadas, que aparentam um determinado valor, mas valem de facto pouco. Autênticas imparidades.
Como popularmente se refere - por cima são tudo rendas, por baixo nem fraldas há. Exactamente por isso, tanta porcaria nos cai em cima há décadas.
Acresce que, em Portugal, quer na acção política, quer na gestão das empresas públicas/ sector empresarial do estado, a prudência é valor que a gentinha que se tem governado nesses lugares sempre menosprezou, como mostra à saciedade o panorama político nacional. Chamem-lhe défices, buracos, derrapagens, engenharia financeira, o que quiserem.
Prudência, valor inestimável na vida individual, na acção política e na gestão da coisa pública devia ser, porventura, a virtude sagrada. Mas não, Portugal no seu melhor, sempre, e outra vez.
Depois, esses senhores (????) que por aí se pavoneiam, com ou sem cabelos, brancos e de outras cores, mentem cada vez mais e com todos os dentes. Basta comparar as declarações de todas as importantes (?????) criaturas públicas de todas as cores e responsabilidades, no espaço de um ou dois meses.
Ahh,……..os famosos dados supervenientes, ........que tudo alteram, ........e justificam as novas declarações, as novas irritações, as novas indignações, e as acções punitivas prescritas.
E tudo, mas tudo, a acontecer por acaso. E de um dia para o outro!
Reparando nas ligações, melhor dizendo, na nojenta promiscuidade entre a política e os negócios (ahh…isso não é só problema nacional….), reparando nos princípios (??????) com que vários se governaram até hoje (ex: prometo o que não tenho, dou o que não é meu, perdoo quem não me ofende), só o incauto se admira com o estado a que isto chegou, o crente de que as coisas caem do céu, e de que agora é que é, este é que é sério, e já disse o que vai fazer!!
É que, ao princípio atrás referido, falta acrescentar uma parte não explicitada em público, mas praticada à grande pela malandragem toda - ….e saco o mais que posso!!!
Seja qual for o tema da actualidade nesta asfixiante envolvente que se quiser escolher para meditação ou breve atrevido comentário, não tenho dúvida nenhuma que cada vez mais, não posso acreditar no que leio e ouço, pois corria o risco de julgar o que não vejo.
Andam por aí muitos atrevidotes a julgar agora acidamente. Mas eu, que vejo pouca televisão, quase não compro jornais, e faço “zappings" periódicos via internet, recordo muito bem as carinhas de políticos, comentadores e jornalistas de todas as espécies e cores, ao longo dos anos, sentadinhos em mesas redondas, conferências, convidados disto e daquilo, muitos almocinhos, para não dizer mais. Entre 1995 e 98, entre 2001 e 2006, testemunhei muita "cena", como diz a juventude.
Como dizia, quase não compro jornais, mas hoje, depois de almoço fui cumprir uma das minhas tarefas domésticas, e à lista do supermercado que recebi acrescentei a compra de jornais: um diário de Sábado, um espesso semanário, e um diário especial de ontem, que um amigo recomendou eu comprasse. É muito papel, e ainda só li as gordas e um ou outro artigo relacionado como o momento nacional: a banca, o BES.
E, de facto, não dizem tudo o que sabem, dizem o que suponho convirá a uns quantos na sombra (de palácios, gabinetes nacionais e estrangeiros), querem-nos fazer acreditar na bondade das acções. AGORA É QUE VAI SER, os portugueses vão ver a eficácia da justiça, dos reguladores de tudo e mais alguma coisa.
Creio bem que andam por aí à solta muitos Lucky Luke, a tirar rapidinho proveito de súbitas vantagens. E não digo isto por nada de especial, nem pela dúvida muito pertinente que li na parte final de um artigo de hoje, mas gostava de ser mosca e andar por aí em certas sedes de vários poderes. E por certos gabinetes, onde me palpita estão aflitos a reverificar e a vasculhar as papeladas todas - “ai minha nossa senhora”…..se isto vem a público.
Já dizia o António Aleixo, que convinha vir uma verdadezinha misturada com as mentiras. Estou convicto de que andam à procura de uma verdade.
E, claro, as crises não caem do céu, têm responsáveis. E, claro, à boa maneira portuguesa, neste Portugal do Rafael Bordalo Pinheiro (do cão, da galinha, do papagaio, e da porca), estão apressadamente na fase do salve-se quem puder, preparando o castigo exemplar de alguns após a procura desenfreada de culpados e, finalmente, preparando as condecorações e louvores até de não participantes no processo. ALELUIA!
De tudo isto, de todas as desgraças que se acumulam na vida do cidadão comum, têm ainda por cima a enorme lata de vir dizer que nada sobra para o contribuinte. Ai não que não sobra. Vai subir a dívida e o défice em OUT/ NOV/ DEZ, à conta do BES e dos outros todos, à conta das alterações de regras de cálculo de défice, de dívida, etc. Quando forem ver melhor (antes nunca viram, pois não??) lá vão os TUGAS levar com mais umas súbitas imparidades vindas de tudo quanto é sítio. Uma dividazinha no final do ano, para aí de.....150 ????? .................Não?
Ah…..já me esquecia, ....................o furor do momento deve vir a esmorecer um pouco,....... depois de se apontarem culpados,…..até porque............não vá ELE abrir a boca, ...........e então é que isto era risco sistémico………sistémico por essa promiscuidadezinha acima.
Tremiam as perninhas todas. Não convém nada, temos tão boa imagem lá fora.......
Ocorre-me, temos como é habitual, uma cambada de ACPN, ou seja, autoridades competentes de porra nenhuma.
AC (António Cabral)
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