terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A propósito da nossa CRP, da lei eleitoral, das eleições na Madeira, da Grécia.
Vou atrever-me a presumir, que a esmagadora maioria dos portugueses comigo concordará: o sistema eleitoral que temos, olhando à questão concreta dos custos sempre envolvidos mas, acima de tudo, as semanas imensas que decorrem entre o dia do acto eleitoral e o acto de posse de novo governo, creio que mostra bem à evidência o mau que somos, em organização, em burocracia, em nepotismo, e esbanjamento de recursos designadamente financeiros.
Não vou presumir, tenho a certeza, da afirmação supra discordarão os doutores do costume, os da ética republicana (a tal que nunca aplicaram na savana africana), os vários donos e “estragadores" disto tudo.
As consequências do que sucedeu nas recentes eleições gregas serão muitas e variadas. Não sou futurologista. Estou apreensivo, mas como sempre na vida haverá coisas boas e más. A questão será a proporção.
Mas uma coisa ficou uma vez mais evidente, é possível constituir rapidamente um governo após os resultados das eleições. Porquê então semanas e semanas como por cá? Obviamente que é para cozinhar os interesses do costume, travestidos que sejam com cores diferentes.
Uma coisa devo salientar, não comungo de um sistema eleitoral que dê como bónus, dezenas de assentos parlamentares virtuais ao partido que conseguir melhor votação.
Admito que se possa dizer - "ah, o Syrisa ponderou mal as alianças para obter maioria no parlamento”. Talvez, pessoalmente parece-me muito estranha a aliança feita. Para dizer o menos!
Porventura cozinharam, também, interesses discutíveis. Mas que foi rápido foi. 
AC

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