domingo, 1 de fevereiro de 2015

COMO EU VEJO ISTO TUDO.
Sem certezas quase nenhumas. Com imensa preocupação. Com enorme nojo dos vários donos disto tudo como, os escritórios legislativos disto tudo, os éticos republicanos, os que nunca se enganam, os convertidos ciclicamente a tudo o que é moda (??), os que se trazem aos ombros de si mesmos continuando a não perceber que só o cabelo branco e os óculos sem armação não chegam, os comentadores de tudo e mais alguma coisa, e por aí fora.
Seja os que estão no poleiro, cá e lá fora, seja os que se opõem a eles, a esmagadora maioria nada percebe de quase nada, menos ainda da história dos seus países e de estratégia e geo-política e geo-estratégia. E, uns e outros, creio que somam os dislates todos os dias.
Não sei se o senhor Rajoy se tem visto ao espelho dos que por aqui nos moem a vidinha, do BE ao CDS passando pelos que estão a encavalitar-se para ir ás urnas. Mas chamar tristes aos futuros opositores é capaz de não ser bom rumo. "We will see".
De uma coisa estou certo: todos morremos. Depois, há décadas que estou farto desta gentinha toda, sobretudo desde o fim da 1ª maioria absoluta de Cavaco Silva. E lá fora existe muita canalha como a cá de dentro, e não é por isso que me conformo. Com o mal dos outros posso bem.
Finalmente, e olhando aos sucessivos "doutores" e "engenheiros" que por causa dos meus concidadãos (no seu legitimo direito) nos caem em cima e estão sempre a pregar moral, ao ponto de gostarem de ver mais gente presa, lembro-me de um caso que não presenciei directamente, mas é real.
Tem a ver com os desertores, no tempo da guerra em África.  Respeitei quem decidiu fugir e não ir para África quando lhe competiria. Foram outros por eles! Pessoalmente sempre respeitei e respeito as opiniões e decisões alheias. Não significa que com elas concorde.
Houve um oficial de Marinha, que cumpriu uma comissão de serviço, em Angola, comandando um destacamento de fuzileiros especiais. Era um oficial, segundo me disseram, que manifestava amiúde a sua insatisfação pelo Portugal de então, pela política caseira. Era conhecida a sua postura. Mas foi para Angola. Acabou a comissão, pediu autorização ( era assim, então) para ir de férias para França (creio) e, claro, nunca mais voltou antes do 25ABR74.
Eu respeito sempre outrem. Mas merecem-me respeito profundo os homens como esse oficial de Marinha. Cumpriu o seu papel, e arrostou depois com o peso da deserção. Não andou apadrinhado por França, Bélgica, Suécia, Suiça e outras paragens.
O melhor é ficar pela fotografia, antes que me acusem de estar azedo. Bom Domingo para todos. Cuidado com o frio.
AC




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