segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Falando de pouca vergonhas.
Existe sempre na comunicação social portuguesa um conjunto muito vasto de temas que passam sempre entre os pingos da chuva. Verifica-se durante anos, um ensurdecedor silêncio, e lá longe, de vez em quando, uma pequena notícia, quase disfarçada, a medo.
É o caso com o SIRESP, por exemplo, o tristemente famoso Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal.
Não fui agora fazer nenhuma pesquisa quanto a legislação etc, mas ao mexer nos meus arquivos, a propósito de várias coisas desde, secretas, terrorismo, incêndios, etc, dei com uns apontamento/notas sobre este famoso SIRESP.
Não sei se está neste momento, a sério, algum jornalista a tentar pegar no tema, que terá para cima de 12 anos. Se os meus apontamentos não estão errados, a coisa (um sistema) começou a ser pensada muito antes de, em 2002, o governo de Durão Barroso ter formalmente pegado no assunto, pô-lo de certa maneira em marcha.
Creio que uma das peças importantes deste complexo e inacreditável processo é um despacho (nº 16205/2005/26JUL) do então ministro da administração interna, António Costa, e entre outros conhecidos nomes da nossa praça, lá aparece a SLN. Será por estes nomes de pessoa e sinistra instituição que vigora a boa imprensa?
Depois, ao longo dos anos, foram amontoando resoluções de conselhos de ministros (entre 2006 e 2010) sempre assinadas por José Sócrates Pinto de Sousa, e DL, criando unidade de missão, utilizadores, etc, até ao recente ministro da administração interna, Miguel Macedo, que exarou um despacho em 2013 quanto a utilizadores do SIRESP.
Bom, o que eu gostava de saber, e que os OCS investigassem a sério, é: quanto dinheiro já escorreu para os do costume? Qual o grau de operacionalidade do sistema? Que interoperabilidade existe no sistema (se existe?) entre GNR, PSP, Proteção Civil, Bombeiros, EMGFA?
Era só para saber o que têm feito ao meu dinheiro.
AC

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