Uma recorrente questão na política e sociedade portuguesas é nunca se esclarecer, com rigor, o que aconteceu, com "isto ou aquilo".
Por exemplo, no que respeita à substituição da antiga PGR Joana Marques Vidal.
Recentemente, o comentador Júdice que, é bom recordar, é um dos maiores "artistas" nacionais (recorde-se com quem esteve ligado nas fases iniciais da democracia, etc.) afirmou publicamente que tinha informações seguras de que Marcelo era o grande responsável pelo afastamento de Joana Marques Vidal.
Antes de continuar, recorde-se que Marcelo, Júdice e Santana Lopes já foram muito próximos, e aliados, e exímios na manipulação, tendo tido muita responsabilidade na ascensão de Cavaco Silva dentro do PSD.
Antes de continuar, recorde-se que Marcelo, Júdice e Santana Lopes já foram muito próximos, e aliados, e exímios na manipulação, tendo tido muita responsabilidade na ascensão de Cavaco Silva dentro do PSD.
Ora depois da proclamação de Júdice, Marcelo achou oportuno dizer -
«Sempre defendi que o PGR só deveria exercer um mandato, a última PGR, como a atual»
«Sempre defendi que o PGR só deveria exercer um mandato, a última PGR, como a atual»
O comum dos cidadãos, que na minha opinião significa a esmagadora maioria dos portugueses e que, como recorda sempre Costa estão-se borrifando para a maioria das coisas que acontecem no país, não terá reparado nas palavras de Júdice e nem sabe muito bem quem é/ era Joana Marques Vidal, como aliás nem sabe quem é a pastosa criatura que agora está no "Raton".
O que aconteceu na realidade? Não se sabe.
A afastada Joana nada diz/ disse/ dirá.
António Costa certamente não apreciava Joana. Pediu a Marcelo para a afastar? Nunca se saberá.
Marcelo, terá perguntado a Costa - ouça, não é melhor afastar a Joana e mantemos a narrativa de um só mandato? Nunca se saberá. E o que Marcelo acaba de elucidar vale ZERO,
Conclusão: tudo isto é um nojo.
As realidades parecem confirmar que foi muito conveniente para muita gente e muito malandro afastar Joana Marques Vidal.
Mas que tudo isto é um nojo parece haver poucas dúvidas.
Por estas e por muitas outras razões, a estes titulares de órgãos de soberania não tenho respeito algum.
António Cabral (AC)
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