É eloquente da tragédia em que se transformou Portugal.
Já foi um país a sério.
AC
Há um alargadíssimo consenso sobre o diagnóstico negativo relativo à gestão dos dois terços do país que não corresponde a áreas urbanas e agrícolas.
E há também um razoável consenso sobre a falta de resultados positivos das políticas públicas que pretendem dar resposta a esse problema.
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Há um alargadíssimo consenso sobre o diagnóstico negativo relativo à gestão dos dois terços do país que não corresponde a áreas urbanas e agrícolas.
E há também um razoável consenso sobre a falta de resultados positivos das políticas públicas que pretendem dar resposta a esse problema.
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O governo, o Estado e a sociedade reconhecem a falta de resultados do que tem sido feito.
Ora se criam estruturas de missão para o interior ou ministérios da coesão, ora se proibem ou limitam as actividades que se escolhe em cada momento como bode expiatório, ora se despeja dinheiro em soluções milagrosas.
Já foram os madeireiros e a compra de madeira queimada, já foi a actividade imobiliária, já se perseguiram os proprietários absentistas, ultimamente tem sido o eucalipto, enfim, vai variando a actividade, mas não a intervenção administrativa de condicionamento.
Do lado das soluções milagrosas, já foram as ZIFs, as redes de faixas de gestão de combustível, o financiamento de gabinetes florestais municipais, Planos de Ordenamento Florestal, enfim, o Céu é o limite para a invenção de novas soluções milagrosas para resolver de uma penada um problema complexo de economia que se agrava há décadas.
Uma das últimas soluções milagrosas assenta numa ideia que alguns consideram nova: transformar a paisagem que existe na paisagem que deveria existir, de acordo com as opiniões de pessoas que dão conselhos sobre o que os outros devem fazer melhor, pessoas que, por acaso, nunca fizeram, elas próprias, melhor
Resumindo, alguém achou muito inovador torrar milhões a tornar realidade utopias.
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Certo, certo é que desde 2018, logo depois do incêndio de Monchique, em que foi lançada esta utopia de transformação da paisagem, formalizando-se numa matriosca de estratégias, planos de ordenamento, planos de acção, etc., já se consumiram uns milhões, já se comprometeram para o futuro próximo mais outros milhões e prometeram-se para o futuro mais longínquo ainda mais milhões, mas no terreno, até agora, nada, nada, nada, nem mesmo na única área em que se conseguiu aprovar um plano: Monchique.
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A única transformação visível, até ao momento, é a transformação habitual, a transformação de dinheiro de todos os contribuintes em dinheiro de alguns prestadores de serviços, o principal dos quais, o Estado.
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Ora se criam estruturas de missão para o interior ou ministérios da coesão, ora se proibem ou limitam as actividades que se escolhe em cada momento como bode expiatório, ora se despeja dinheiro em soluções milagrosas.
Já foram os madeireiros e a compra de madeira queimada, já foi a actividade imobiliária, já se perseguiram os proprietários absentistas, ultimamente tem sido o eucalipto, enfim, vai variando a actividade, mas não a intervenção administrativa de condicionamento.
Do lado das soluções milagrosas, já foram as ZIFs, as redes de faixas de gestão de combustível, o financiamento de gabinetes florestais municipais, Planos de Ordenamento Florestal, enfim, o Céu é o limite para a invenção de novas soluções milagrosas para resolver de uma penada um problema complexo de economia que se agrava há décadas.
Uma das últimas soluções milagrosas assenta numa ideia que alguns consideram nova: transformar a paisagem que existe na paisagem que deveria existir, de acordo com as opiniões de pessoas que dão conselhos sobre o que os outros devem fazer melhor, pessoas que, por acaso, nunca fizeram, elas próprias, melhor
Resumindo, alguém achou muito inovador torrar milhões a tornar realidade utopias.
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Certo, certo é que desde 2018, logo depois do incêndio de Monchique, em que foi lançada esta utopia de transformação da paisagem, formalizando-se numa matriosca de estratégias, planos de ordenamento, planos de acção, etc., já se consumiram uns milhões, já se comprometeram para o futuro próximo mais outros milhões e prometeram-se para o futuro mais longínquo ainda mais milhões, mas no terreno, até agora, nada, nada, nada, nem mesmo na única área em que se conseguiu aprovar um plano: Monchique.
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A única transformação visível, até ao momento, é a transformação habitual, a transformação de dinheiro de todos os contribuintes em dinheiro de alguns prestadores de serviços, o principal dos quais, o Estado.
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Henrique Pereira dos Santos
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