Resumido: o costume
Ah, vem cá o Papa. . . .
Ah, vem cá o Rei. . . . .
Ah, vem cá . . . . . . . .
Ah, é NATAL . . . .
(diálogos do imaginário . . . .)
- Sr Presidente, agora vem cá o Papa e, como sempre aconteceu no nosso país que é esmagadoramente católico, não podíamos ou melhor, o sr Presidente não podia equacionar uns perdões, uns indultos?
- Sr Presidente, agora vem cá o Papa e, como sempre aconteceu no nosso país que é esmagadoramente católico, não podíamos ou melhor, o sr Presidente não podia equacionar uns perdões, uns indultos?
- Claro que sim, sr PM. É até um clara obrigação, minha, institucional, moral, católica, dos portugueses . . . .
- É que a ministra da justiça não pára de me telefonar sobre esta questão. Sabe, as prisões estão a abarrotar, precisamos de tirar de lá muita gente. Depois há aquela coisa dos guardas prisionais . . .
Era de aproveitar a ocasião . . . .
- Sr PM, os perdões os indultos, decido-os em função da justiça, da justiça católica, da justiça terrena, . . . .
- Certo, certo, sr Presidente, posso então trazer cá a ministra e com ela aquela montanha de processos . . . ah, sr presidente, um destes dias virá a Vexa para promulgação uma alteração legislativa para ver se passamos a poder ter cada vez mais casos com penas suspensas, para ver se só prendemos mesmo os malandros que roubem muitos quilos de cebolas, . . .
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Claro que nada disto, na realidade das coisas terrenas, na realidade deste governo, como no passado com todos os governos e presidentes, terá a ver com o caos nas prisões, com a superlotação das mesmas, etc.
Claro que nada disto, na realidade das coisas terrenas, na realidade deste governo, como no passado com todos os governos e presidentes, terá a ver com o caos nas prisões, com a superlotação das mesmas, etc.
Claro que nada disto interessa, importa é mostrar a bondade destas ditas elites. É Portugal, é o costume.
AC
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