ALEGRIAS e PROBLEMAS com AVES 

- Comprei uma gaiola para alimentar pássaros, pendurei-a num canto da minha varanda traseira e coloquei lá dentro muita alpista. 

Ficou catita!
- A pouco e pouco foram aparecendo pássaros, alguns a medo, pois eu estava normalmente sentado na outra ponta da varanda, e até apareceram alguns melros e rolas, e eu nunca deixei faltar as sementes para que os bichos se pudessem alimentar. 

- Ao fim de três ou quatro semanas, já havia dezenas de aves a esvoaçar na minha varanda deliciadas com o fluxo contínuo de comida livre, e facilmente acessível, que eu proporcionava. De dezenas, gradualmente passaram a bandos.
- A dada altura a passarada começou a construir ninhos no pátio, nos beirais, ao lado da churrasqueira, ou seja, por todo o lado. 

- Depois, a crescente e inevitável porcaria, porque sendo já tantos faziam as necessidades por toda a parte: cadeiras, mesa, chão da varanda, peitoril, enfim, em todo o lado, nada a salvo!
- Com o passar das semanas aconteceu algo inacreditável, algumas das aves particularmente os melros, tentaram bicar-me, apesar de ser eu, o benfeitor, o fornecedor da paparoca. 

- Com tantas aves a esvoaçar à volta e dentro da minha varanda e pátio de entrada do prédio, o chilrear aumentou, por vezes mesmo uma barulheira dos diabos.

- Quando raramente no alimentador na gaiola houve a momentos pouca alpista, o esvoaçar tornou-se frenético, a barulheira aumentou.

- Chegou ao ponto em que eu já não conseguia sentar-me na minha própria varanda. 

- Bem, decidi acabar com aquilo, desmontei o alimentador de pássaros e em três dias, acabaram por voar e desaparecer, foi remédio santo. 

- Limpei toda a porcaria, acabei com tudo, a calma voltou. 

- Passei a ter a varanda como dantes, limpa, calma, e eu a gozar os fins de tarde sossegado. Em paz.

AC