terça-feira, 6 de agosto de 2024

FRAGMENTOS do QUOTIDIANO 
BARULHEIRA, INDIGÊNCIA,  e CRÓNICA de PRAIA

Depois de quatro dias passados em residência particular (estadia pro bono) no centro de Vilamoura onde, como referi em postal anterior, não punha os pés há 11 anos, confirmo o que já tinha descrito nesse postal.

Gostei tanto que muito dificilmente lá voltarei "pro bono" e de certeza que lá não voltarei a pagar do meu bolso.

Sujidade por todo o lado. Mesmo em zonas de residências mais ordenadas se encontram garrafas e latas de bebidas alcoólicas no chão ou cima de muros, o que denota o "bom turismo" tão aplaudido por uns quantos. Construção sem parar, por todo o lado.

Preços caríssimos, um trânsito insuportável, estacionamento grátis descobri um junto ao McDonald, o resto a pagar e caríssimos.

Sair da praia cerca das 1930 horas ou um pouco mais e sobretudo caminhar pelos passadiços até à saída, implica levar com brutal agressão musical vomitada dos barracos chamados restaurantes/ apoios de praia (???).

Para muitos dos que lá estacionam aquilo é música. Enfim!

E a gentalha que lá se observa?

Dizer que se observa  um manifesto desregramento, incivilizado e sem qualquer  respeito pelos cidadãos outros que não frequentam "aquilo" e que são no mínimo muitas centenas ou milhares, é o mínimo que se pode dizer.

Naturalmente gostos não se discutem, naturalmente que há muitas modas, mas o que não me parece razoável é que os sons daquelas músicas (???) tenham que invadir tão sonoramente o areal onde estão centenas que querem sossego.

Naturalmente que para muitos poderá ser considerado natural, mas para mim e suspeito que para muitos mais, não é natural é mesmo uma falta de educação barrar aos magotes os passadiços de saída da praia, quase que se tendo de pedir desculpa aos bêbados de álcool e outras coisas e tatuados por querer passar para poder regressar a casa.

Barulheira infernal, um ambiente muito discutível.

A GNR monta operações a torto e direito. 
Não vi um único agente a passar pelos estacionamentos, pelas ruas, pelos bares.

Em quatro dias de Vilamoura e praia não vi um único agente da polícia marítima. 

Jogos de bola a torto e direito com a bola de vez em quando a vir mais perto da minha zona, e uma quase junto às minhas pernas altura em que - da próxima vez chuto-a para bem longe dentro de água - e lá saiu um grunhido tímido em jeito de desculpa.

No mar, tal como aconteceu nos dez dias de praia que recentemente passei mais para Leste e sossegado, nunca vi uma embarcação da polícia marítima ou do Instituto de Socorros a Náufragos ou patrulha da Marinha.
Apenas o radar da GNR junto da praia Verde, sempre a rodar, supondo-se (mas nunca fiando) a funcionar, bem operacional.

Indigência e boçalidade os consome, mas mostram-se contentes e  agradecidos.
Turismo, dizem, e lazer e descontração, dizem. Férias.
Enfim.
AC

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