terça-feira, 21 de outubro de 2025

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Falta  dinheirooooooooooo

O mais que falido Expresso escreveu em 19 de Setembro passado no primeiro caderno - "falta dinheiro para salvar animais marinhos encalhados".

Estou a falar disto, hoje, quando acaba de falecer Pinto Balsemão. 

O Expresso, tido como "a referência" podia ter escrito um pequeno texto confessando que lhe falta dinheiro a ele, EXPRESSO, não à família dos donos, que esses devem estar confortáveis. 

O Expresso, tido como "a referência", já podia ter escrito um pequeno texto confessando que, para ter continuado a ser "a referência", lhe faltou continuar a ter sempre presente alguns valores e as características que durante muitos anos o fizeram ser, de facto, uma muito respeitada referência no mundo da comunicação social nacional. 

Creio que se afastaram um bocado do lado liberal na economia e nos costumes, e da defesa de uma sociedade aberta e promotora de um jornalismo independente. 

Foram sem dúvida (família e jornal) importantes em Portugal, durante décadas, a influenciar a política, muitas vezes os governos. 
E, muito importante e decisivo, foi Pinto Balsemão.
Estou convencido de que os problemas de hoje no Expresso pouco se devem a Balsemão pai.

As desculpas para as dificuldades presentes apontam - a transição digital, a erosão do modelo de negócio tradicional e investimentos que agravaram o endividamento e destruíram valor para os acionistas da Impresa, como comprova a forte desvalorização das ações nas últimas duas décadas

Eu sublinho antes - "os investimentos" e, talvez a mania das grandezas já não adequadas ao presente, ao mundo contemporâneo.
Não sei se Marcelo lá deixou vírus terríveis 😎😎😎😎
Resultados à vista. 

Berlusconi ? Aguardemos

Mas ao final da noite deste 21 de Outubro, caiu uma muito triste notícia.

O homem que tentou por dentro do regime/ Estado Novo/ Marcelismo alterar coisas em Portugal, quando integrou a ala liberal, não o conseguiu mas nunca desistiu.

Fundou o Expresso, em 1973, cada número do jornal muito censurado.
Com Mário Soares executou porventura até hoje a mais importante revisão constitucional.

O Expresso foi, além do mais, um alfobre de formação jornalística.
Pena que o Expresso de hoje não seja o que já foi, é a minha opinião.

Descanse em paz Pinto Balsemão. 
Pessoalmente não o esqueço, não esqueço os seus contributos decisivos para o país onde vivo, onde gosto de viver, apesar de tantos problemas que assaltam a nossa sociedade.

No país em que, pelo que se vê, muitos jornalistas não tomaram nem tomam atenção ao que Pinto Balsemão ao longo dos anos foi dizendo, escrevendo, alertando, defendendo.
 
António Cabral (AC)

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