9 ANOS
Passaram. Parece ontem.
Fez nove anos que se apagou um período de 8 meses e 8 dias, entre diagnóstico e morte.
Um final de Agosto horrível, um choque brutal.
Sei bem quem esteve, e foram poucos, muito poucos, quem esteve a apoiar, algo atónitos.
Tenho nos ouvidos o som brutal das salvas.
Há que cuidar dos vivos.
Alguns vivos, dos mais directamente afectados, continuam a andar para a frente mas, há sempre um mas, vê-se que a dor do "murro no estômago" não está completamente passada.
Alguns dos vivos, que tinham a obrigação moral de lembrar, nem se lembram. É a vida contemporânea, que rejeito, liminarmente.
E não esqueço as ausências.
Foram-se 9. Ele deve estar a observar.
António Cabral (AC)
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