segunda-feira, 1 de agosto de 2022

A   MÁSCARA

Creio que já contei mas, à cautela, repito. 
No passado 19 de Maio cedi isto é, acedi ir almoçar com rapaziada da mesma profissão. Almoço mensal a que, por várias razões que não apenas Covid, há muito eu não comparecia.
Éramos sete. Foi na antiga fábrica da pólvora, Barcarena.
Magnífico almoço, excelente convívio, restaurante simpático. Com self-service.

Quando me levantei para ir encher um pratinho com entradas, levei a máscara no rosto. 
Desde 19 de Março de 2020, nunca cedi nas regras.
À mesa, a conversa foi animando, a galhofa e o prazer do convívio idem.
Só depois da minha burrice (não fui o único), me dei conta dela. Burrice? Sim! 
A seguir ás entradas e a conversa animada, tinha ido buscar paparoca .... sem máscara. Bom, continuou o almoço e não repeti a asneira.

CLARO, ao fim de mais de dois anos de cumprimento rigoroso das regras …. apanhei COVID.
Sintomas? ZERO. 
Sei que tive pois, poucos dias depois, aparecei com o nariz LIGEIRAMENTE húmido, coisa quase insignificante, e disse para a minha mulher - tenho a impressão que apanhei Sol a mais e está a parecer-me que daqui a pouco estou a fungar
"Olha, à cautela vai à casa de banho e faz o teste rápido"
Fiquei então a conhecer os tristemente famosos dois riscos vermelhos.
Ah, dos sete ao almoço, quatro foram presenteados com Covid.

Toda esta lenga-lenga para falar da máscara que, com a excepção da burrice acima referida, continuo a utilizar e MUITO.
Mas os tempos actuais, à boa maneira TUGA, não estão para pessoas como eu. 
"Que disparate, já não devias andar de máscara"
"Mas no elevador do hotel é apertado e nunca se sabe se estará alguém infectado" Normalmente uso as escadas mas carregado com coisas..."
"Sabes perfeitamente que os casos são já residuais, e esse disparate de não quereres abraços e beijos, francamente...

Casmurro como sou não cedo, bem bastou uma burrice. 
Quem me garante que uma nova infecção será tão benigna como a de Maio?
E olham-me com ar reprovador quando lembro à família e amigos e conhecidos - "lembram-se como há cerca de 20 anos nos riamos por vermos na aldeia turistas japoneses TODOS com máscaras no rosto?

Esta boa gente teima em não perceber: a pandemia Covid 19 não acabou. NÃO ACABOU.
Provavelmente, 8 milhões ou mais de portugueses tiveram contacto com o bicho. A vacinação foi geral, foi dada em três doses, e não deve haver ninguém dos que deviam ser vacinados que o não tenham sido.
Mas existem variantes e variantes do bicho.

Nem assim sou poupado a críticas de familiares e amigos e na família restrita até a coisa não anda muito bem, pois insistem nas beijocadas com toda e qualquer gente enquanto eu insisto - não quero beijos nem abraços e não se aproximem de mim!

Máscara, SEMPRE, ao entrar em restaurantes, lojas, todos os locais com gente, etc. Não desarmo.
Aguardemos pelo Outono e veremos como vão correr as coisas. 
Uma coisa é certa, MÁSCARA!
Estou a marimbar-me para olhares e trombas da família, amigos, etc.
AC

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