As BOLHAS
Já deverá ter acabado neste final de Domingo de mudança de hora a 5ª edição dos Encontros de Cascais.
Uma iniciativa anual do Expresso com o apoio da AON, Deloitte e Câmara de Cascais, e que decorrem normalmente na Cidadela de Cascais.  

É o 5º ano destes encontros, à porta fechada, para o qual são convidados um número restrito de participantes, alguns tidos por outros como "famosos". 

Estes encontros são igualmente fechados à comunicação social, embora nele participem vários ligados à comunicação social, e será sempre sobretudo através desses que se acaba por saber cá fora muito do que lá dentro se passou, discutiu, foi dito. De muito importante!

Diz-se que os participantes estão "amarrados" às regras da "Chatham House" ou seja, nada do que lá dentro se passar pode ser cá fora identificado com autores. POIS!

Este ano, aparentemente, os temas colocadas aos participantes são pelo menos os seguintes: guerras, demografia, reforma da justiça, crise internacional, inteligência artificial. Certamente que de muito mais falarão, e de certeza como aguentar as complicações financeiras de alguns.

Presumo que deverão ficar fora da agenda:

- ponderar a brutal dívida do promotor desta "bolha", dívida que dizem andará neste momento nos 150 milhões de Euros, . . . coisa pouca,

- e a eventual candidatura de Gouveia e Melo a inquilino em Belém.

Parece que entre os vários oradores convidados estão nomes como os de, Francisco Seixas da Costa, António Vitorino, Maria João Valente Rosa, Henrique Gouveia e Melo, Raquel Vaz Pinto, Rui Pinto Duarte, André Martins, Pedro Domingos e Gonçalo de Almeida Ribeiro.

Nas quatro anteriores edições terão ponderado, entre muitos outros temas, coisas como, liberdade de imprensa, redes sociais, democracia directa, populismo, reservas de gás, globalização, fiscalidade, desinformação. 

Vamos aguardar, com ansiedade e esperança, pelas conclusões deste 5º encontro deste restrito clube, e apreciar ainda os benefícios concretos que certamente advirão para a sociedade portuguesa e certamente se sentirão, 

- no atenuar das desigualdades socais, 

- no problema da habitação, 

- no, finalmente, acelerar de processos judicias como o do BES e suas inúmeras ramificações, 

- na diminuição da dívida externa, 

- no aparecimento de mais voluntários para as forças armadas, 

- na rápida abertura de todas as urgências hospitalares, 

- na finalização do cadastro territorial, 

- na, finalmente, independência dos orgãos de comunicação social, 

- na, finalmente, efectiva acção de todos as entidades reguladoras no país.

António Cabral

Ps: 

- Bolha - vesícula à superfície da pele; glóbulo formado pelo ar nos líquidos em ebulição; mania; 

- Bolhão - grande bolha; borbotão de água ou outro líquido

E temos na nossa vida, bolhas por causa de queimaduras no corpo, bolhas de sabão, bolhas especulativas de toda a ordem, bolhas financeiras, etc.

Ah, e temos certas bolhas, os círculozinhos fechados muito restritos, os Portugais das elites, bolhas em que há décadas vivem uns quantos dos quais alguns continuam a ser aguentados por amigos na banca e que promovem encontros sociais e culturais para . . . . para . . . . para . . . . para . . . .