sábado, 28 de outubro de 2023

PALAVRAS e BOAS INTENÇÕES

Em mais um dos diários discursos, intervenções, comentários, respostas a jornalistas, explicações a jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa deixou ao "povo" mais uns alertas.
Mas enviou recados, não nominais.

Disse - "há um preço a pagar quando se cria alarme social". Acrescentou - "mina-se a confiança"- "duvido de que isso reforce a autoridade".

Na sua recente conversa perante a audiência de economistas Marcelo trouxe à colação aspectos como, confiança, autoridade, emoção, razão, sistemas políticos, liderança, democracia, política e partidos políticos, luta político-partidária, ciclos políticos, realidades, alternativas políticas, estabilidade política, imprevisibilidade, decisões políticas. Falou do aeroporto.

Recordou ainda que, muitas vezes e isso está mais presente nos dias de hoje, a emoção começa a triunfar sobre a razão.

Tudo lido e ponderado, parece-me evidente que Marcelo misturou sem nenhuma especificar, situações do plano internacional - porventura a dar uma pequena alfinetada a Guterres ao mesmo tempo que publicamente tinha elogiado muito as recentes declarações do SG da ONU - com as do plano interno.

Nunca se saberá para quem era o recado /os recados.

Porventura para,
- Costa olhando por exemplo às recentes declarações/ confissões de quase arrependimento, 
- Pizarro, sobre o que vem dizendo acerca dos médicos.

Mas, pergunto eu simples cidadão comum, em vez de, 
- raramente estar em Belém,
- passar o tempo com altos patrocínios, 
- aberturas disto e daquilo, 
- encerramentos disto e daquilo, 
- voos de Falcon, 
- visitas de Estado,

e já que é tido por bom constitucionalista, porque não recorre com frequência à CRP e designadamente à alínea d) do Art. 133º, e dirige mensagens à Assembleia da República em tempo útil, em vez de passarinhar pelo país a vomitar "vacuidades" e a constantemente promulgar legislação com inúmeras chamadas de discordância?

Não lhe ocorre que talvez ganhasse em autoridade e nos merecesse confiança?

Nesta Sexta-Feira que findou Marcelo Rebelo de Sousa devolveu ao governo a legislação que Costa, Galamba e quejandos inventaram para a privatização da TAP.

Sendo um leigo na matéria, depois do que li no sítio da Presidência, confesso que fiquei positivamente surpreendido com a decisão do PR pois, mesmo para leigos, está por demais evidente que o governo anda a brincar com tudo isto, anda a chuchar com os cidadãos.
Aguardemos pelos próximos capítulos. 
António Cabral

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