sexta-feira, 25 de abril de 2025

LEI, labregos, ignaros, incompetentes
Faleceu o Papa Francisco.
Os rituais e normas inerentes ao Estado do Vaticano estão em marcha.
O funeral está marcado para a manhã de 26 de Abril próximo.
E lá irão a Roma e ao Vaticano bem antes da alvorada para chegarem antes das 0900 horas, o beato-mor e o séquito habitual de pirosos, incluindo vários dos que se colocam sempre em bicos de pés.
Se mais aviões Falcon houvesse . . . . .

Quanto a fé, deve respeitar-se o que cada um professa.
Mas convinha não misturar responsabilidades de cargos institucionais que são definidos pela CRP, com a crença e fé de cada um.
Como estipula o Art. 41º da CRP - a liberdade de consciência, de religião e de culto é inviolável.

Em Portugal, uma grande maioria dos portugueses é católica e na maioria dos casos são baptizados.
Contudo, por normativo constitucional, o Estado português é laico (nº 4 do Art. 41º), pois as igrejas e as comunidades religiosas estão separadas do Estado.

O Decreto governamental do luto nacional e já publicado em Diário da República, não impõe ou fixa, ele próprio, quaisquer medidas específicas ou restrições concretas às atividades quaisquer que sejam, de entidades e pessoas públicas ou privadas. O Decreto limitou-se a determinar o luto de três dias e fixou esses dias.

Não existe legislação alguma que obrigue ao cancelamento ou adiamento de festividades e cerimónias, sejam quais forem. 
Mas é natural, é habitual, que exista quem, público ou privado, decida suspender ou aligeirar determinados eventos. 
Por exclusiva iniciativa, por assim entender o respeito ao luto decretado.
Outra coisa é a colocação da bandeira nacional onde ela é habitualmente hasteada. Há regras para isso.

Mas a imbecilidade grassa também neste governo como grassava nos anteriores.
A triste figura designada por Leitão Amaro, por eventual interpretação tosca da decisão do Conselho de Ministros, veio vomitar uma enormidade para depois meter os pés pelas mãos, e assim dar gozo a toda a oposição e ao tagarela-mor. 
Assim dar oportunidade para os "amanhãs que cantam" e os "anti-fasssistas" berrarem a plenos pulmões.

Como diria o diácono Remédios - não abia nexexidade de ser tão bronco!

Com estas incompetentes criaturas, sempre com poses majestáticas e patéticas de Estado, cada cavadela três minhocas.

Como se verifica, não perceberam que lhes bastava fixar o luto nacional e reconfirmar instruções para o hastear da Bandeira Nacional.

Como não passam de uns labregos chicos espertos, de incompetentes e ignaros, marcaram o luto para 24, 25 e 26 de Abril.
A lei diz que o governo propõe mas é requerida a assinatura do Presidente da República.
Esta criatura assinou, maquiavélico e lacrau como é, agora comporta-se publicamente como parecendo discordante das datas definidas, com as quais concordou.

Se os PM e ministros fossem inteligentes mas sobretudo decentes, teriam proposto o luto para 26 de Abril e mais um ou dois dias. Poupavam-se a tanta berraria.

Adicionalmente e isso é que é importante, o 25 de Abril de 1974 seria festejada e recordado como deve ser, em paz e sossego e com a inerente dignidade, e sem haver esta parvoeira pegada que se verifica deste Belém a S. Bento, passando ainda pelas sedes partidárias e por certa associação, além das sedes dos pés de microfone.

Para terminar, que já estou a gastar demasiado latim com isto, olhando ao historial dos lutos nacionais, chego à conclusão de que as vítimas do massacre de Santa Crus em Timor-Leste valiam muito menos do que, por exemplo, Sadat, Machel, Hirohito ou Amália, pois estas figuras tiveram direito a três dias de luto enquanto aquelas vítimas tiveram um dia.

É Portugal, mais uma vez em todo o seu esplendor.
António Cabral

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