Concordo inteiramente.
“Há uma diferença entre o tempo das estatísticas macro e a forma e o momento em que cada português e a sua família o sente na sua casa”.
Comecemos pelo famoso frango: um come o frango enquanto o outro assiste; a estatística refere que já há quem coma frango; cada tuga está já a comer meio frango.
No caso da idosa viúva a caminho dos 89 que, muito surda e com escassa visão ainda se mexe bem e puxa o carrinho das compras de três rodas que lhe comprei (o sobe escadas), e a quem eu felizmente ainda consigo dar algum amparo, os seus fabulosos quase 363 euros de pensão permitem comprar de vez em quando 1/2 frango. Claro que não dá para sucessivas viagens de avião entre ilhas e Continente, refeições pagas com cartão de crédito dourado ou platina, etc.
Mas não tem que pagar taxas moderadoras. Sortuda!
É sempre muito bem atendida (ínteiramente verdade) naquela unidade que eu, na conversa familiar continuo e continuarei a chamar centro de saúde, sabendo que tem outro nome, que sei qual é.
Mas o pior é que para consultas com alguma urgência, que não uma emergência muito grave, a demora numa especialidade pode vir a ser comunicada estar marcada mas sem data concreta, meses portanto. Tenho a sorte de poder ter tratado das coisas de outra maneira. Ou estaria inválida a esta hora.
Mas se for uma emergência, como aconteceu várias vezes com o outro idoso já falecido, e que contribuiu para eu andar neste mundo, aí deve ser dito de forma cristalina, e sei bem do que falo: o aparecimento da ambulância do INEM (que me lembre nunca demorou mais que 15 minutos), o cuidado e extremo carinho do pessoal da ambulância, o tratamento que ele recebeu em vários hospitais, foi tudo MUITÍSSIMO BOM. Para que fique registado. Também estava isento de taxas moderadoras. Claro que não há milagres. Fará em Julho 3 anos que faleceu.
A estatística no meu desgraçado País vai melhorando, mas.........! Só é pena o INE não publicar os índices semestrais da pouca vergonha, da canalhice e da corrupção.
AC
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