terça-feira, 24 de julho de 2018

HOMENS de PALAVRA
O que é um homem de palavra?
O que é detentor de valores, interiorizados, bem alicerçados. Que, na vida quotidiana, as suas postura e acções confirmam plenamente a concretização das suas palavras.
Valores como por exemplo honestidade (intelectual e material), ser digno de confiança. 
Valores, estes e outros, muito importantes, indicadores claros de carácter.
Naquela coisa a que vulgarmente se chama "as elites" dirigentes (na política e em outros sectores da sociedade) e onde abunda a cartilagem no lugar onde os decentes têm coluna vertebral (vértebras ósseas), e valores como os supra referidos e muitos outros escasseiam.
Lembrei-me disto, de novo, a propósito do que vou vendo por aí.
A mentira dos números, de todos os lados, a sua manipulação sem indicação de bases de partida, o anúncio em catadupa do que uns e outros vão fazer sem nunca dizerem nem sequer vagamente - ZERO - como o vão fazer, que etapas, etc.
O branqueamento do passado. 
A gritaria e falta de educação do costume.
Como me refiro acima à falta de educação, há uma narrativa sempre em voga que defende que na política e nos jogos parlamentares há muita gritaria, vozearia, etc, que nada tem de falta de educação. 
É muito engraçado, dizem que é mesmo assim.
Pela minha parte continuo a duvidar das pessoas que são educadas numa ocasião e noutras nem tanto (não vou usar o termo ordinárias).
Mas da minha experiência de vida, lembro-me sempre do ano de 1996, 8 de Julho, em frente à igreja nos Jerónimos. Competia-me ser o primeiro na linha de recepção protocolar. 
E estendi a mão a retribuir o cumprimento dos escassos dos altos dignitários que me estenderam a mão. 
Sei bem os que o não fizeram. 
A sua conduta política posterior confirmou sempre o que observei nessa manhã de Julho. 
Sobranceria, pesporrência, falta de educação, falta de cortesia.
Sei também de um senhor (????) que uma vez em visita oficial ao Porto/ Douro, não cumprimentou aquele que na altura era o "dono da casa" que ia ser visitada. 
Não era precisa a sua conduta posterior (pessoal e política), desgraçada, para avaliar o carácter de criatura tão reles.
Comovo-me pouco com as palavras de certos senhores na actualidade, e que se acham os donos do País e que, provavelmente, na intimidade aplicam aos concidadãos as frases atribuídas ao Rei D.Carlos. 
E recordo, anos atrás, entre outras coisas, como sobretudo um senhor (????) tratou o seu antecessor, esse sim um Senhor.
Homens de palavra? Precisávamos de imensos.
AC

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