(lido num dos últimos Expresso, acompanhado de foto do inefável Cravinho)
Os dados são relevantes: num universo de 107 autarcas, 77% consideram que é urgente avançar “a curto prazo” com a regionalização. Mais: 84 em cada 100 autarcas querem eleger, de forma direta, os órgãos regionais.
De acordo com um inquérito do ISCTE, revelado esta terça-feira pelo “Jornal de Notícias” e pela TSF e que pode consultar na íntegra aqui, a ambição é transversal e não depende da zona do país, do nível de desenvolvimento da região ou da cor partidária.
Pelo menos dois terços dos autarcas que responderam de forma válida a este inquérito reclamam para os municípios, ou para as CIM (Comunidades Intermunicipais), a generalidade das competências ligadas ao sector da educação. Uma fatia significativa dos inquiridos (perto de metade) defende igualmente que as políticas sociais, como a luta contra a pobreza, a saúde, a habitação social ou a gestão do património cultural, devem passar para a alçada das autarquias.
Ainda assim, a grande maioria dos autarcas (95%) defende que é preciso um maior investimento para tornar possível a prossecução destas competências, num momento em que a falta de recursos financeiros é já um problema para os responsáveis políticos locais: as autarquias queixam-se de não terem dinheiro para cumprir as responsabilidades que lhes são inerentes em áreas como a Educação (81%), a Política Social (78%), a Gestão de Pessoal da Saúde e Ensino (75%) e a Proteção Civil Municipal (73%).
Este inquérito foi realizado pelo Instituto de Políticas Públicas e Sociais do ISCTE.
Posso ter lido mal, lido à pressa, mas quase jurava que não vi indicado que são 308 as autarquias.
É que 107 nem metade é de 308. Detalhes.
Lentamente, fica-me a sensação de que estão a construir a rede para mais tachos.
Isto caminha para o fundo, a grande velocidade.
AC
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