segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

A  PROPÓSITO  de  POPULISMOS
Muito se fala no presente em populismos, em populistas.

Não há muito tempo, por exemplo, Marcelo Rebelo de Sousa não queria comentar a organização da AR, mas não parou de falar à volta de questões da AR. Tentou maliciosamente condicionar outros poderes? 
E isso roça ou não o populismo? 
O homem não se contém, fala de tudo. Bem, quase tudo, evita coisas do dia a dia, como as questões envolvendo as acções das forças de segurança em certas zonas das cidades e vilas. 
Mas, "malgré tout", continua a não se conter.
Curiosamente, e espero não estar enganado, também sobre o futebol que nos desgraça enquanto sociedade é que ele quase não fala.
Bom, mas no Jornal Económico de 24 de Janeiro passado, pela pena de Filipe Alves, escreveu-se um conjunto de coisas sobre populistas e também sobre Marcelo, curiosamente, o título do artigo é - A porta que Marcelo abriu.
Como por mais de uma vez aqui escrevi votei em Marcelo porque me convenceu o discurso de candidatura e a campanha. E se estou em profundo desacordo com o seu excessivo taticismo e excessivo meter-se em muito onde não é chamado, o seu desempenho como PR continua a ser na minha opinião bastante positivo.
Considero que se pode desancar mesmo aqueles de quem se gosta, sempre que isso nos parece justo face ao que fazem.
Filipe Alves recorda e bem, por exemplo, os 20 anos de homilias televisivas de Marcelo, que convenceram a populaça, ou a ânsia caricatural de Marcelo aparecer em todo o lado, e de falar sobre quase tudo e querer-se adorado pelos cidadãos. 
Marcelo namora os católicos, para desgraças alheias recomenda em privado rezar muito e ir à missa.
Inegavelmente, e na minha opinião fez bem em aproximar os portugueses da Presidência da República, mas como bem refere Filipe Alves, lançou-se num populismo desenfreado e gerou em muitos a opinião de que qualquer um ou uma pode ser Presidente ou "Presidenta". O que, na minha opinião naturalmente, não pode ser, sob pena de um dia termos um ou uma "Bokassa" a concorrer.
Sim, liberdade sempre, mas também convém manter bom senso e sentido das realidades e proporções.
Aguardemos pelos próximos capítulos, até para ver o que vai acontecer até Outubro próximo quanto a candidatos à Presidência da República.
AC 

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