domingo, 19 de janeiro de 2020

ORGANIZAÇõES, INSTITUIÇõES,  ESTADO
A pesadíssima máquina do Estado tem tentáculos por todo o lado.
A esmagadora maioria dos concidadãos nem sonha o que por aí existe muito em particular na grande Lisboa, mas também Porto e outras cidades.
Uma das coisas boas em andar por Lisboa a pé, de Nikon na mão, é também observar as chapas (na maioria douradas e com letra preta) a identificar organizações e instituições dentro do estafermo monstruoso que é o POLVO Estado.
Ele é secretarias, direções disto e daquilo, repartições, fundações (sim fundações, que vivem muito também à conta de outrem que não apenas de proventos próprios, aliás muitas se calhar com escassos proventos próprios), gabinetes, é um fartote........e nós a pagar.
Quando a vida proporcionou conhecer certas "personalidades", incluindo conhecidos mais próximos e até alguns amigos, percebe-se então bem melhor as transições, de uma instituição para governo, de governo de volta para essa instituição, de gabinete para ali ou acolá, de câmara municipal para uma misericórdia (não julguem que me estou a referir ao Santana, no interior do País este caso acontece), de autarquia para chefe de gabinete, ou mesmo de chefe de gabinete para governo e, sobretudo, se alguém  desconfiar que alguém aquecia lençóis, e sim, não é invulgar haver este transitar, este saltitar.
Podemos imaginar trajectos vários: um sempre possível é, chefe de gabinete saltar para governo e depois por exemplo saltar para uma instituição muito conhecida.
Quando a vida casualmente proporciona melhor conhecer alguns detalhes de certas organizações, então melhor fica evidente a piroseira e ausência de categoria e qualidade que grassa pela maioria desses "sítios", e melhor se fica com a noção/ certeza de uma razão forte explicativa do porquê - PS e PSD nunca farão a reforma deste estilhaçado Portugal. 
Porque é com eles e com elas, e através deles e delas, de pirosos e de pirosas, de amigalhaços e de amigalhaças, nacionais e até alguns estrangeiros em certas organizações, que se alimentam/ vivem por exemplo,  certos salões, galerias, locais de gastronomia, certos locais de encontro, "vernissages", lojas, certos círculos fechados onde vão almoçar certos vaidosos que disso dão notícia periódica.
Isto para não falar de ajustes directos pelo País fora, ou de eventuais liberalidades, possam elas ser, andares, garagens, cheques, refeições, bilhetes para espectáculos, viagens, pagamentos de obras de arte muito acima do real valor, o que se quiser imaginar. 
Sempre tudo feito legalmente, naturalmente, na observância rigorosa de normas vigentes, obviamente, pois legislação laboriosamente urdida há décadas bem protege, além de que, quem tem o dever de investigar, está sempre muito mas muito apertado de meios. Bom, ás vezes também quase parece não querem saber!
Investiga-se pouco e, depois, as coisas arrastam-se e arrastam-se.
Se for em tribunais administrativos, então as demoras são muitas vezes escandalosas, são estratosféricas.
Mas cambalachos, nos combustíveis, na banca, em leilões, em ajustes directos, etc, NAH, ......nunca houve, nem nunca há.
É assim a nossa vida nacional. 
Portugal é pequenino, mas é um torrãozinho de açúcar, como dizia o Queiroziano brigadeiro.
AC

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