sábado, 10 de dezembro de 2022

ESTAVA E CONTINUO ATRAPALHADO

E o EXPRESSO só me põe cada vez mais aflito.

Já antes referi que o dinheiro não é muito, e que me faltam ainda comprar umas prendinhas para o Natal.

Já tinha explicado que o EXPRESSO não me ajuda nada com as sugestões de prendas de Natal, e designadamente para pessoas que estimo independentemente de condição social mais humilde, como por exemplo a senhora que ajuda cá em casa (Louçã dixit), ou a senhora que semanalmente limpa a escada.

Pois comprado o último número do Expresso fui logo à procura das sugestões e são efectivamente imensas. Mas estou cada vez mais atrapalhado sem saber o que fazer.
Já antes referi ter posto de parte o cadeirão Clarky (589€), a máquina para massa e ravioli (119,99€), o candeeiro Design Lab (149€), o aspirador V15 Detect Dyson (749€), o projector da Samsung (799,99€), o Drone Magic 3 (1959€). 
E confessei as minhas dúvidas :se eu oferecesse uma dessas coisas não correria o risco de olharem de lado para mim?

Pois com as sugestões do último Expresso, aflito continuo.
Logo na página 5 do suplemento especial Natal me encantaram os anéis Gucci e os colares Van Cleef, mas temo que a cor da tez delas não se coadune. E corro o risco de acharem piroseira! 

Na página 8 e na 9 mais Van Cleef, mais Gucci, mais Radiant, uma perdição, mas deixa-me tenso! 
As bicicletas da página 14 têm aspecto giro, mas devem ser de fraca qualidade pois certamente por vergonha não têm indicação de preço! Depois, há várias páginas com sugestões no campo dos produtos de beleza, mas temo que se lhes oferecesse algo daí pensassem que as considero feiocas a precisar de retoques!

Sinto-me apreensivo sem saber o que fazer. Só estou descansado quando a um presente.

Mantenho a intenção de enviar para Belém um microfone com gravador atrelado, e um fatinho de treinador de futebol da Adidas, porque continuo sem encontrar nas lojas da especialidade nenhuma fita larga e bem forte, daquelas depois difíceis de arrancar, como a que os meliantes nos filmes colocam na boca das vítimas!

António Cabral

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