quarta-feira, 7 de dezembro de 2022





MAR, OCEANO … 


Mar, Oceano Atlântico, peixinhos, pescadores, e outras coisas.

Tal como relatado há tempos ao Expresso,
Tiago Pitta e Cunha refere "que Portugal não tem recursos pesqueiros abundantes mas sim uma enorme variedade de peixe e de grande qualidade. E explica que estamos numa zona de fronteira entre ecossistemas marinhos do Atlântico Norte e do Atlântico Sul, à porta do Mediterrâneo. O ecossistema marinho ibérico é muito variado, há muitos rios a desaguar ao longo da costa que transportam nutrientes e organismos, há áreas de natalidade e repovoamento e há canhões submarinos, como o da Nazaré, que vêm direitos à costa com vida marinha além da água gelada.

Refere ainda 
que Portugal capturou, em 2021, 140.562 toneladas de peixe, o valor mais alto desde 2014, mas menos de metade do registo dos anos 60 do século passado

Lembra também que Portugal é um dos grandes assassinos (palavras minhas) de tubarão e quanto à sardinha, 
principal recurso pesqueiro nacional e velha glória da indústria exportadora lusa depois de enlatada, o tombo também é gigante, de 63 mil toneladas para 26,6 mil em pouco mais de meio séculoLembrado ainda o fenómeno nacional com o bacalhau. 

Lembrado também o caso da sardinha, em que as  capturas têm aumentado, mas manifestado o receio da sua possível e gradual migração para Norte em consequência das alterações climáticas. 
Tubarão na costa ou não, a realidade é que se bem ponderado o sector das pescas mesmo nas áreas que no presente se mantêm promissoras, só ignorantes e irresponsáveis não adivinham que podem a médio prazo soprar ventos de mudança, para pior.

Tudo isto lembrado mas desta vez não falada a questão pendente na ONU desde 2009 do nosso pedido de extensão da plataforma Continental.
Vão ainda só 13 anos.
Estou em crer que muitos mais se passarão.
Algum dia nos será concedida a extensão da plataforma Continental?
Não é realista nem razoável pensar que se irá deixar de prosseguir com a exploração dos oceanos. E se muitos dos recursos identificados nas profundezas ainda não estão ao alcance da tecnologia actual, muitos outros já estão.

Não me parece que facilmente os países (bem conhecidos) que há décadas andam dentro das nossas ZEE em investigação científica deixem de mão beijada a jurisdição sobre tudo isso na mão do "Portugalete alegrete".

Inverter de repente a situação nacional decorrente de más decisões políticas e estratégicas de há pelo menos 30 anos?
Um "Hub Azul"?

Aguardemos.
António Cabral (AC)



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