Esta telenovela das despesas previstas com o altar-palco e em que, creio, curiosamente o montante de tudo o resto não parece estar a levantar idêntica celeuma, é mais uma daquelas cenas que de repente aparece nos noticiários de jornais, revistas, rádio e TV e faz quase esquecer todas as outras cenas e agruras e escândalos.
O que quero salientar é que de Abril porventura a coisa maior é o viver em Liberdade, vivermos em Liberdade. E podermos falar.
Opinião minha, naturalmente, dos ideais de Abril decorre que valores e princípios norteariam a vida em Democracia.
E, ainda opinião minha, a vida em Democracia devia ser governada pelo voto de cada um de nós, devia decorrer de modo a pugnar-se pela gradual diminuição das desigualdades, lutar contra as injustiças, lutar por melhorar sempre o bem-estar de todos nós. Desenvolver-mo-nos.
A vida em Democracia devia ser governada pelos eleitos pelo voto, ser governada com justiça e decência, ser governada pelos que são eleitos para servirem a sociedade. O que se vê, em crescendo, é vários servirem-se dos cargos legítima e temporariamente por si ocupados.
A vida em Democracia devia ser governada pela decência, e para qualquer processo de decência os fatores não podem ser alterados:
1º- a ética deve comandar a política,
2º- a política deve comandar o direito,
3º- e o direito deve comandar a economia.
E daqui decorre, também, que a vida em Democracia obriga a que da parte dos poderes instituídos haja obviamente decência, que as contas certas que tanto alguns bramam seja uma realidade em tudo o que se relaciona com o OE, com as contas do Estado, seja dos órgãos de soberania, seja de instituições e entidades públicas, seja na multiplicidade de coisas inventadas muitas vezes sabe-se lá para quê como, fundações, institutos, observatórios.
Pode chamar-se a isto honestidade política, rigor, honestidade intelectual, transparência.
A pergunta: como estamos?
AC
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