terça-feira, 17 de janeiro de 2023

AGONIA na EUROPA ? 

Não sei bem explicar, mas tenho a sensação de que a agonia na Europa cresce.

Até 1914, os impérios Britânico, Francês, Alemão, Austro-Hungaro vigiavam-se, divertiam-se a vigiarem-se, a "mamar" em África e na Ásia. A Rússia grande ainda não mexia muito, tinha levado tareia do Japão.

Depois, por conflitos menores face a outras questões no Continente Europeu e fora dele, desataram à pancada. Com o resultado que se sabe. 

Durante uns anos parecia terem feito um pequeno intervalo, parecia sobrevir o juízo, até que o louco cabo Alemão se começou a erguer. Antes, tropas francesas e outras entraram pelo Ruhr dentro para fazer cumprir o tratado que aos olhos dos Alemães foi das coisas mais ofensivas.

O cabo Alemão fez das suas, à vista de muitos europeus tidos por importantes e descambou tudo na guerra 39-45, com os resultados que se sabem.

Depois, como é sabido, os impérios desapareceram, Estado unidos e URSS passaram a mandar. URSS até 1989/ 1991.

Desde 45, não só mas nomeadamente a Alemanha, vários trataram de enriquecer à conta de nada gastar com defesa e questões militares sempre na sombra do escudo americano. Estado social, a Europa do carvão e do aço, a Europa da reconstrução com "bidonvilles" e etc.  

A Europa da CEE, a Europa da UE. Pelo caminho vários sobressaltos como o desfazer da Jugoslávia, mas a Alemanha a tornar-se o motor e a grande potência económica da Europa. A mamar petróleo e gás Russos, a vender material de guerra a gregos e turcos, a exportar carros e outras coisas para o seu antigo império, para a Rússia e para a China.

A CEE e a sucessora UE a engordarem com mais adesões. Mercado único. Mas uns a engordar e outros como Portugal a deixar-se convencer ser rico!

No presente, muitos desculpam-se com a COVID, com a inflação e com o Putin que invadiu a Ucrânia. Como se antes nada se tivesse passado na Ucrânia com os Estados Unidos a instalarem os seus homens ou a Rússia a comer a Crimeia e a colocar esbirros no Donbass.

Muitos desculpam-se com estas e outras coisas. É o caso dos políticos nacionais, que se desculpam com isto e mais alguma coisa.

Sobram por cá a incompetência, o caciquismo, a corrupção, a impotência e as bazófias que nada impressionam lá fora. 

Quem tem experiência internacional, sabe bem como é usual lá fora rirem-se nas costas dos bimbos que se passeiam de Falcon, que se passeiam por Bruxelas ou Estrasburgo, ou Davos como o inarrável Centeno.

Por cá continuam a insistir no mais do mesmo e sempre para pior, e fingem não ver nem pântano, nem bolor, nem estagnação, nem falhas na competitividade, nem o resultado de décadas trágicas por exemplo no sistema de ensino, ou SNS, ou agricultura, ou desornamento territorial, ou sistema de justiça, ou Forças Armadas, ou poder autárquico, ou floresta, ou inação para fazer face às inevitáveis secas que hão-de chegar com mais frequência.

Um desastre anunciado, em que vivem felizes e contentes os patéticos que se passeiam para Davos, futebóis, tomadas de posse no estrangeiro, conferências, anúncios sempre com - o maior investimento jamais havido!

O pedido lancinante do Zélinho Ucraniano para carros de combate Leopard parece-me contrastar com a realidade da existência de centenas desses bichos na Alemanha, Finlândia e outros países, enquanto se anuncia uma entrega à Ucrânia de 12 a 14 daqui a uns meses, 

Será isto um indicador de agonia Europeia? 

Aviões AWAC de vigilância, que são americanos disponibilizados à Europa via NATO, ao que se sabe foram estacionados três na Roménia. Será isto indicador de agonia Europeia?

O que se passa em Portugal com este governo, com este presidente que aceitou enlear-se no papel das 36 perguntas, com esta Assembleia da República, será isto indicador de agonia Portuguesa?

Aguardemos.

AC

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