segunda-feira, 24 de abril de 2023

REGIME,  CURTO INTERVALO,  REGIME
O comentador-mor do reino diz que às vezes há más notícias mas que ele não quer más notícias. Que os parlamentares afastem más notícias.
O palrador quer que lhe garantam estabilidade. 
Por ele assim continuará, não para que o país prossiga mas para que ele tenha sossego até ao fim do seu segundo mandato.

Em 1974, o regime Estado Novo que Marcelo (o outro) não quis ou não o deixaram mudar, estava moribundo, podre, exangue. 
A guerra em África (Angola, Moçambique, Guiné) estava sem solução, os militares sobretudo dos quadros permanentes e principalmente os do Exército estavam fartos de repetir comissões de serviço em teatro de guerra.
Aconteceu a queda do regime, basicamente porque os militares fartaram-se de andar na guerra. E com toda a razão.

Deu-se o regresso da liberdade, parou a guerra colonial, bem ou mal tratou-se de abrir caminho para o surgimento de novos países em África, Portugal passou a ter apenas o Continente, as ilhas nos Açores e na Madeira e vários ilhéus. 
Os portugueses passaram a viver num regime de liberdade. FELIZMENTE.

Surgiu depois logo a seguir ao 25 de Arbil de 1974 um curto intervalo, completamente louco, particularmente a partir do início de 1975 mas, FELIZMENTE, lá se conseguiu eleger uma Constituinte e elaborar uma Constituição. E aprová-la. E eleger um Presidente da República por votação de todos os portugueses. E começou uma vida nova.

Creio que se pode portanto dizer que em 74 o regime estava moribundo e aconteceu o que tinha que acontecer. 

E hoje?
Como está o regime? A liberdade formal mantém-se, a liberdade prática/ real nas nossas vidas em quase tudo se mantém.

Hoje o regime parece feder. O que irá/ poderá acontecer?
O comentador-mor do reino não se cala, diariamente fala de tudo e mais alguma coisa, e não pára de falar na sua bomba atómica Constitucional. Também Belém fede!
Voltarei ao assunto.
AC

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