SOBERANIA, COOPERAÇÃO, CPLP.
É tido por constitucionalista.
Entre muitas outras coisas, é sabido há muito que se esquece muito, por exemplo, do que é, prudência, rigor, contenção, noção das realidades, sentido de Estado.
Mas no meio da sua verborreia doentia parece esquecer-se também do significado da palavra - Soberania.
Quem não se dá ao respeito não merece muito respeito independentemente do seu estatuto formal.
"Mas vou querer saber" vem exactamente na mesma linha de passar numa feira e - meter a mão no prato de alguém.
O meu neto de 6 anos não passa de uma alegre e feliz criança pelo que não o vou maçar,
Quanto à nossa cooperação chamada de "técnico-militar", haverá certamente quem possa elucidar com verdade o que tem sido feito.
Ah, a terminar, apreciei ver escrito nos OCS a evocação "do espírito de comunidade dentro da CPLP”
Qualquer jovem a iniciar-se no 1º ano da licenciatura em Direito e depois de umas quantas aulas por exemplo de Ciência Política e de Direito Constitucional fica a saber o que é Soberania.
"Mas vou querer saber" vem exactamente na mesma linha de passar numa feira e - meter a mão no prato de alguém.
Não se pode deixar de considerar tudo isto muito Lamentável.
Como se pode facilmente compreender a comunicação social nacional (OCS) quer saber mais detalhes.
Quer saber mais sobre as posições de São Tomé e Príncipe (STP) na cena internacional.
Quer saber o que se poderá estar a passar com os restantes países Africanos que foram colónias de Portugal.
Quer saber o que poderá a Rússia andar a fazer por aquelas bandas. Quer saber a posição oficial do governo português e, por isso, andará a bater à porta do MNE e de Paulo Rangel. Aparentemente sem grande sucesso, para lá do gritinho - ai que chegam os Russos.
Como se Rússia, EUA, França, China, Brasil, Alemanha, Espanha e tantos outros, não andassem há muito com os olhos e as mãos em África.
TODOS com as melhores intenções, TODOS com espírito fraterno.
Provavelmente, os OCS vão continuar atrás de Marcelo nas suas passeatas diárias, para ver se ouvem mais vacuidades.
Provavelmente, os OCS vão tentar ouvir mais especialistas (????), pois já terão ouvido alguns; a avaliar pelos relatos já conhecidos até agora obtiveram frutuosos resultados!
O meu neto de 6 anos obviamente que não saberá que a Rússia anda há muito interessada em África, apenas "especialistas" o conseguem descortinar.
O meu neto de 6 anos obviamente que não saberá que a Rússia anda há muito interessada em África, apenas "especialistas" o conseguem descortinar.
O meu neto de 6 anos obviamente não saberá que STP, Angola, Moçambique, Guiné Bissau e Cabo verde, mantêm dificuldades várias, por exemplo, no que se refere às suas águas territoriais e às suas ZEE, significando isto que, passadas todas estas décadas de independência, as questões inerentes à fiscalização, vigilância, controlo dos seus recursos piscatórios e outros constituem algumas das muitas persistentes fragilidades desses países.
Obviamente que o meu neto de 6 anos desconhece que Portugal mal e porcamente controla as águas territoriais e as ZEE e, se lhe for explicado o que são as nossas imensas fragilidades, limitações e mesmo incapacidades, e incompetências a vários níveis e designadamente nos órgãos de soberania, até o meu neto de 6 anos perceberá que não conseguimos ajudar esses países nesses campos.
Naturalmente, esses países olham para quem potencialmente o poderá fazer.
O meu neto de 6 anos não passa de uma alegre e feliz criança pelo que não o vou maçar,
- com a enormidade (opinião pessoal, naturalmente) em que Portugal colaborou com a entrada da Guiné Equatorial para a CPLP,
- com o óbvio que é, tal como faz há muito tempo os EUA, a Rússia tentar colocar aviões e navios em determinadas zonas de África,
- se a reaproximação da Rússia (porque nunca esteve afastada) às nossas ex-colónias, fragiliza, coloca doente, ou mata a CPLP,
- com a grande e real (opinião pessoal, naturalmente) indiferença do Brasil face à CPLP,
- com o muito maior interesse das nossas ex-colónias em relações bilaterais com o Brasil (e vice versa) do que com a patética CPLP a qual, da nossa parte, muito pouco tem tido para lá de grandes recepções, grandiloquentes discursos, passeatas de Falcon, e aceitação de negócios pouco claros que eles façam por cá,
- com o que são interesses e geopolítica, coisas que ex e actuais titulares de órgãos de soberania persistiram e persistem em não perceber que, os discursos valem pouco ou nada, conta sobretudo o que de concreto se materializa na vida real.
E o meu neto de 6 anos não vai perceber se eu não lhe explicar, porque rirei tanto com as próximas vacuidades a virem de Belém, S. Bento ou das Necessidades.
Sobretudo se vierem as habituais lamúrias patéticas que, presumo mas admito estar enganado, não terão acompanhamento internacional.
Quanto à nossa cooperação chamada de "técnico-militar", haverá certamente quem possa elucidar com verdade o que tem sido feito.
Pelo pouco que sei disso, prefiro ficar calado para não horrorizar ninguém.
Deixo uma pequena sugestão: quem tiver vontade que investigue o que de concreto foi feito por Portugal no âmbito da, hidrografia, oceanografia, fiscalização da pesca, sinalização e ajudas à navegação, e investigue depois para poder comparar, o que fizeram outros países de concreto nesses âmbitos.
Ah, a terminar, apreciei ver escrito nos OCS a evocação "do espírito de comunidade dentro da CPLP”
António Cabral (AC)
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